CINEMA DOCUMENTÁRIO: NEM TUDO É VERDADE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/redoc.2023.69969

Palavras-chave:

Cinema. Cinema-documentário. Representação. Linguagem cinematográfica. Efeito de realidade

Resumo

O cinema, no formato que conhecemos nos dias de hoje, teve suas primeiras exibições no final do século XIX, e pode-se perceber que o registro das imagens em movimento a partir da realidade conferem aos primeiros filmes um caráter documentário. A verossimilhança entre as imagens registradas e a realidade coloca em questão a “reprodução” e a “representação” dessa realidade. Este artigo traz algumas indagações sobre esse “efeito de realidade” que atravessa o cinema documentário, buscando situar este gênero de cinema no bojo da linguagem cinematográfica como um todo. Ao final traz uma reflexão sobre um dos filmes do documentarista Eduardo Coutinho (1933-2014) exemplificando a pretensão de afirmar que no cinema documentário nem tudo é verdade.

Biografia do Autor

Júlio César dos Santos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - Programa de Pós-Graduação em Educação

Graduado em Comunicação Social (UFG), Especialista em Educação Continuada e a Distância (UnB), Mestre em Tecnologia (UTFPR), Doutor em Arte e Cultura Visual (UFG). Professor/orientador no PPGE/IFG. Membro do Kadjót - Grupo insterinstitucional de estudos e pesquisas sobre as relações entre as tecnologias e a educação.

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Publicado

2023-07-05

Como Citar

DOS SANTOS, Júlio César. CINEMA DOCUMENTÁRIO: NEM TUDO É VERDADE. Revista Docência e Cibercultura, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 01–25, 2023. DOI: 10.12957/redoc.2023.69969. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/re-doc/article/view/69969. Acesso em: 26 jul. 2024.