Bẹ́ẹ̀ni, mo jé Òkun: Meninas entre o céu e o mar - Relatos sobre a décima edição do "Dia das Meninas" no Museu de Astronomia e Ciências Afins
Autoria: Alejandra Irina Eismann; Patrícia Figueiró Spinelli; Juliana Alves Sorrilha Monteiro; Giselle Faria Rodrigues Deveza de Andrade; Giovanna Souza da Silva
Em uma ação coordenada entre educadoras museais, pesquisadoras do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) e professoras das Escolas Municipais Uruguai e Canadá, foi realizada a décima edição do evento “Dia das Meninas no MAST” em 09 março de 2024. As escolas e o Museu, instituições da cidade do Rio de Janeiro localizadas geograficamente próximas, uniram esforços para promover um evento de educação museal, que sabe o que é a tecnologia do trabalho colaborativo.
O evento é uma das iniciativas do programa intitulado “Meninas no MAST”, o qual visa contribuir para que mais meninas se identifiquem com o Museu e queiram fazer parte dele. Elas também são incentivadas a continuar com os seus estudos em instituições de ensino superior, com especial enfoque nas áreas das exatas, engenharias, tecnologias e, obviamente, astronomia, dada a segregação social que se observa na base dessas carreiras profissionais (Spinelli et al., 2022). As ações de longa duração do programa são dedicadas a pequenos grupos de meninas estudantes de escolas públicas já parceiras, enquanto que as ações de caráter pontual, como o evento "Dia das Meninas no MAST", são orientadas aos visitantes do MAST, ou seja, estão abertas a todos os públicos (Spinelli et al., 2019).
Foi então, no marco da terceira edição de longa duração do programa, que o evento “Dia das Meninas no MAST - Meninas e Mulheres entre o céu e o mar” foi realizado. É relevante destacar que esta terceira edição teve início no ano de 2022 e teve como foco principal a implementação e manutenção de clubes de ciências para meninas nas escolas parceiras, através do trabalho conjunto entre as escolas e o museu.
A maioria das meninas clubistas participantes do nosso programa são residentes das favelas da Mangueira, Tuiuti e São Carlos, reconhecidas pelas suas contribuições não só ao samba, mas à cultura carioca em geral. Ainda embora, essas culturas, com os seus saberes, trejeitos, ciências e histórias, enfrentam o racismo estrutural, tendo sido historicamente desprezadas e até rejeitadas em diversos espaços sociais (Rufino 2019), inclusive em museus. Assim, as ações do programa foram construídas para e com nossas meninas, com o objetivo de que elas se vejam representadas e pertencentes a estes espaços, não de forma assimilada a uma história universal, mas de forma dialógica e horizontal entre histórias e culturas com origens diversas. Ainda com este intuito, essas meninas, clubistas das escolas e participantes do nosso programa, foram as protagonistas da décima edição do evento "Dia das Meninas no MAST", já que muito sabidas de seus conhecimentos em astronomia que eram praticados desde 2022, tinham total intimidade com o espaço museal e com os assuntos para realizar mediação dos temas com o público presente desse Museu.
O evento foi realizado em torno de temáticas que envolvem astronomia e oceanos, afinal de contas, esta relação não é muito óbvia, mas é cheia de inquietudes: não é verdade que os oceanos podem ter sua origem fora do planeta? Existem oceanos extraterrestres também? Há estrelas no céu e também no mar! O que elas têm em comum?
A motivação pela escolha do tema foi a Olimpíada do Oceano O2 2023, na qual o programa "Meninas no MAST" concorreu com as pesquisas realizadas pelas participantes dos clubes na categoria socioambiental, tendo recebido três prêmios: menção honrosa pela transversalidade da abordagem ao tema; primeiro lugar na categoria regional, e o mais prestigioso de todos: primeiro lugar na categoria nacional, dentre mais de 27.000 projetos inscritos nesta modalidade. No contexto de aquecimento global e de poluição oceânica decorrentes do sistema capitalista hegemônico, essa Olimpíada se alinha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovendo a conscientização para a preservação da vida oceânica e o uso sustentável dos seus recursos1. O aumento da temperatura, resultante da emissão excessiva de gases de efeito estufa, põe em risco os ecossistemas marinhos, vitais para a produção de oxigênio e a manutenção da vida no planeta nos próximos anos (IPCC, 2023) e gera impactos desiguais em diferentes grupos sociais. Mas este risco, gerado pela concentração de riqueza e poder em poucas mãos (Salim, 2024), pode ser revertido.
Assim, o evento que transcorreu na tarde de um sábado, foi inaugurado oficialmente pelo clube de ciências das meninas da Escola Municipal Uruguai, que trouxeram à discussão temas como: fake-news sobre terraplanismo e o conhecimento histórico sobre o formato da Terra pela circumnavegação; lenda nigeriana sobre a relação entre o Sol, a Lua e o oceano; a história de Iemanjá; impactos da acidificação dos oceanos nos ecossistemas marinhos, e problemáticas ambientais da baía de Guanabara. Constatamos muito nervosismo da parte delas na hora de se apresentar, mas também muita criatividade. Ao fim da apresentação, uma das meninas tomou posse do microfone e foi assertiva em compartilhar os desafios de ser menina negra na sociedade, letrando racialmente ao público do evento.
O dia prosseguiu com a apresentação das meninas da Escola Municipal Canadá, que trouxeram à cena uma representação sobre uma hipotética origem do oceano no planeta Terra e sua interação com a força da gravidade gerada pelo Sol e pela Lua. Assim, coordenada pela professora líder do clube, uma roda enorme se formou no jardim do Museu, entre as meninas e o público. Ao som da famosa canção “MarinheirA Só" de Caetano Veloso, que recebeu adaptação para celebrar as mulheres do mar, o público dançou puxado pela força desses astros. Pescadores do povo Tupinambá já sabiam há séculos como as fases da lua influenciam na maré, e nesta roda, aprendemos o porquê. Durante o ensaio para o evento realizado na Escola Municipal Canadá na semana anterior, as meninas nos contam um pouco mais sobre isso, veja os bastidores!
Nestes ensaios de apresentação para o evento, quando perguntamos às clubistas o que gostariam de fazer, algumas das meninas queriam se fantasiar das cientistas que conheciam e contar a história delas para o público. Dessa forma, tivemos uma Hipátia de Alexandria negra, representada por uma clubista que sempre demonstrou interesse pelas histórias de cientistas e de intelectuais mulheres. Seu figurino foi elaborado em parceria com a companhia de dança Afro Babalakina, que há tempos trabalha com fortalecimento da cultura afro-brasileira na cidade. Na programação, também estava incluída a participação de uma educadora do MAST, que se apresentou como Hipátia, também uma mulher negra. Juntas, clubista e educadora propuseram uma desconstrução dos imaginários sobre a ciência, interagindo com o público. Hipátia é reconhecida como uma das primeiras matemáticas e astrônomas da história a desvendar os mistérios do céu. Ela nasceu no Egito e geralmente é representada como uma mulher branca, embora sua origem racial não seja comprovada.
Outra clubista topou representar Iemanjá, para abrir a apresentação do clube de ciências de sua escola com a frase em Iorubá “Bẹ́ẹ̀ni, mo jé Okun”, que pode ser traduzido como “Sim, eu sou oceano” (Beniste, 2021). A roupa dela também recebeu atenção especial e contou com a dedicação da professora, pesquisadora do MAST e de sua mãe, que buscaram os itens do figurino com antecedência no mercado da cidade.
Mas, as discussões sobre as marés não pararam por aí. Uma historiadora e educadora museal realizou uma visita mediada ao Previsor de Marés, um instrumento do acervo do Museu, que era usado antigamente para medir o nível do mar, muito interessante pela sua complexidade tecnológica.
A tarde prosseguiu com uma roda de conversa em clima informal, com mulheres que se dedicam ao estudo e trabalho com o céu e o mar e com a preservação da vida marinha. Por exemplo, o público pode conversar diretamente com a primeira mulher a praticar Windsurf no Estado do Rio de Janeiro, Brigitta Elisabeth Fischer Mattoso Maia Forte, que junto com a sua filha Christina Elisabeth Fischer Mattoso Maia Forte, campeã panamericana deste esporte falaram sobre ele, bem como sobre o projeto ambiental Windnit que desenvolvem em Camboinhas, região oceânica Niterói. Já a convidada Juliana Poncioni Mota, engenheira de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, contou sobre outro projeto educativo, o Projeto nas Marés, dedicado também à promoção da preservação ambiental. Erika Prado, surfista e apresentadora de um canal de televisão, falou sobre a prática do surf e a luta por visibilidade das surfistas negras.
Continuando com o estudo dos oceanos, a roda teve a participação de Natasha Santón, oceanógrafa, pesquisadora e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, contando-nos sobre o seu trabalho de pesquisa. Marcela Concha Obando e Thalisia Cunha, pesquisadoras da Universidade Federal Fluminense, trouxeram um pouco dos seus sonhos em formato de biocosméticos que desenvolvem aproveitando as propriedades naturais das algas marinhas. O público também teve oportunidade de conversar com Paola Ferreira Lima da Cunha, astrofísica e estudante de pós-graduação do Observatório do Valongo, que se dedica a buscar vida em outros planetas, com quem aprendemos que planetas com oceanos poderiam também ser vivos, como o nosso.
Finalmente, tivemos a cooperação de Bianca Barbosa, reconhecida ecochef de cozinha que trabalha com frutos do mar, com comida sustentável e tradicional. Ela nos fez refletir sobre a responsabilidade no aquecimento global do modo colonial de habitar a terra e a monocultura da vida, frente a diversidade de possibilidades existentes (Shiva 2014; Ferdinand 2022).
Cabe destacar que esta roda de conversas, que se realizou em edições anteriores do evento, sempre gera um grande impacto positivo nos/as visitantes do Museu, tanto em crianças como adultos/as, por causa da sua dinâmica descontraída e personalizada. Nossa estratégia foi distribuir as convidadas em mesas com cadeiras pelo jardim e conceder tempo de 8 minutos para que elas pudessem interagir com pequenos grupos de visitantes. Passado este tempo, os grupos trocavam de mesa, passando a interagir com outras convidadas. Se a conversa fosse difícil de engrenar, a convidada dispunha de cartões com perguntas para o público escolher. Percebemos que 8 minutos é pouco tempo, já que as pessoas nunca querem deixar de conversar com as convidadas sobre diversos assuntos associados às suas profissões.
Em seguida, tivemos uma cerimônia no auditório do MAST, momento solene, para uma homenagem às nossas meninas pelos esforços e conquistas na Olimpíada dos Oceanos O2. O auditório lotado contou com a presença das famílias, do vice-diretor e da coordenadora de educação em Ciências. A potência das meninas foi destaque nas falas desta cerimônia.
Em meio a programação do evento, ao longo de toda a tarde, contamos com a participação de outros educadores e educadoras museais, que apresentaram uma coleção didática emprestada pelo Museu Nacional com animais marinhos, e realizaram a observação do sol com telescópio e oficinas sobre o quadrante náutico e navegação pelas estrelas. Observamos aqui a potencialidade que apresenta a educação museal, ao possibilitar a interação entre profissionais de áreas diversas na construção de uma experiência educativa. Também destacamos que é a cooperação afinada e disponibilidade desta enorme equipe para o evento, que contou com mais de 200 participantes, que faz tudo dar certo.
Gostaríamos de encerrar destacando alguns pontos dos bastidores, que são os momentos que ficam na memória de nossas meninas, nossas clubistas e cientistas mirins. O transporte para levá-las de suas casas ao MAST foi um ônibus, providenciado pelo Museu. Nele, vieram não somente as meninas clubistas, mas também seus familiares e amigos/es/as. Muitas deles/as não conheciam o MAST, e então, puderam saber que as portas estão abertas e que o Museu também lhes pertence. O retorno neste ônibus foi de muita alegria e interação.
Como relatado ao longo deste texto, em todas as atividades da programação, foi feito um esforço para obter uma representatividade entre mulheres de diferentes raças/etnias, e para trazer histórias de diferentes culturas. O qual é importante para que as nossas meninas, que ao mesmo tempo em que foram protagonistas de suas atividades também foram participantes de outras partes do evento, se sentissem representadas pelo Museu, e nas diferentes profissões apresentadas na roda de conversa.
Assim, com as famílias e amigos/as/es presentes, com Hipátias e Iemanjá, pesquisadoras, esportistas, chef de cozinha, educadoras museais e professoras de escolas, além do público visitante, o evento apresentou o conhecimento de meninas e mulheres e cobrou ações de responsabilidade com o oceano, com nosso planeta. A presença feminina no MAST, e principalmente das nossas premiadas e pequenas cientistas no Museu, com certeza, gerou pequenas grandes revoluções e muitas emoções. Esperamos que este pequeno ato possibilite de uma forma singela manter a esperança por justiça social, ambiental e epistêmica acessa.
Figura 1: Imagens do “X Dia das Meninas no MAST - Meninas e Mulheres entre o Céu e o Mar”, onde se observam diferentes momentos do dia: mesas com a roda de conversa com mulheres; apresentações das meninas clubistas e roda ao som da cantiga adaptada “Marinheira Eu Sou” no pátio do MAST; e visita ao previsor de marés dentro do prédio. Fotos de Charles Silva.
Nota:
1 - O termo recurso natural é uma das visões sobre a natureza e imposição de um sistema pelos organismos internacionais como o Banco Mundial que atuam na instrumentalização das ODS. Segundo diferentes autores, cada palavra tem a sua significância e sentido, e o recurso natural não é a mesma coisa que natureza, pois assim o entende o capital, mas não os diferentes povos do mundo, nesse sentido, o termo desenvolvimento sustentável também é problematizado (ESCOBAR, 2015; dos SANTOS e PEREIRA 2023).
Referências:
BENISTE, José. Dicionário português yorubá. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2021. ISBN 978-65-5838-053-5
DOS SANTOS, Antônio Bispo; PEREIRA, Santídio. A terra dá, a terra quer. Ubu Editora, 2023.
ESCOBAR, Arturo. La invención del desarrollo. Editorial Universidad del Cauca, 2014.
FERDINAND, Malcom. Uma ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho. Ubu Editora, 2022.
IPCC, 2023: Summary for Policymakers. In: Climate Change 2023: Synthesis Report. Contribution of Working Groups I, II and III to the Sixth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change [Core Writing Team, H. Lee and J. Romero (eds.)]. IPCC, Geneva, Switzerland, pp. 1-34, doi: 10.59327/IPCC/AR6-9789291691647.001
RUFINO, Luiz. Pedagogia das encruzilhadas. Mórula editorial, 2019.
SALIM, Leila. Bancos investiram quase 7 tri de dólares em fósseis desde o Acordo de Paris. Observatório do Clima. 2024. Disponível em: https://www.oc.eco.br/bancos-investiram-quase-7-tri-de-dolares-em-fosseis-desde-acordo-de-paris/ Acesso em: 6 de junho de 2024.
SHIVA, 2014. Monocultura da mente. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Jol6obrtCpg. Acesso em 6 de junho de 2024.
SPINELLI, Patrícia Figueiró; BENÍTEZ HERRERA, Sandra; GERMANO, Ana Paula. Towards Gender Equality: Girls' Day at the Museum of Astronomy and Related Sciences. Communicating Astronomy with the Public Journal, n. 25, 2019.
SPINELLI, Patrícia Figueiró; MATOS, Cláudia Sá Rego; da SILVA, Taysa Basalo; do NASCIMENTO, Josina Oliveira; SANTOS, Simone Daflon. Astromeninas em ação: experiências acadêmicas e culturais de jovens no Museu de Astronomia e Ciências Afins. In: DAHMOUCHE, Mônica, Exatas É Com Elas: Tecendo Redes No Estado Do Rio De Janeiro. Fundação Cecierj, p. 35- 58, 2022. Disponível em: https://www.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/elas-nas-exatas-tecendo-rede/-
Sobre a autoria:
Alejandra Irina Eismann é formada em Biotecnología (Universidad Nacional de San Martín, Argentina/ 2012), Mestre em Ciências no programa de Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (TPQB, UFRJ/ 2013) e Doutora em Biologia Marinha e Ambientes Costeiros, no programa de Pós-graduação com esse nome, na Universidade Federal Fluminense (PBMAC, UFF/ 2019). Trabalha com educação em ciências e educação ambiental, e desde 2021 integra o grupo Geasur. Atualmente é pesquisadora do Programa de Capacitação Institucional (PCI)/CNPq MAST, com dedicação exclusiva ao projeto da Coordenação de Educação “Meninas no MAST”.
Patrícia Figueiró Spinelli é graduada em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS, 2004), mestre em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS, 2007) e doutora em Astrofísica pela Ludwig-Maximilians-Universität e International Max Planck Research School on Astrophysics (LMU, IMPRS, 2011). Atualmente é pesquisadora titular do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST, desde 2013), coordenadora adjunta externa do curso de Pós-graduação Lato Sensu em Divulgação e Popularização da Ciência (ESPDPC, desde 2014) e professora do Mestrado em Divulgação da Ciência, da Tecnologia e da Saúde (PPGDCST, desde 2016), ambos da Fiocruz/MAST/Jardim Botânico/Casa da Ciência/CECIERJ. É também a coordenadora brasileira do Portuguese Language Expertise Centre of Astronomy for Development da União Internacional de Astronomia (PLOAD-IAU desde 2015). Integra a Rede Primeira Infância em Museus, coletivo que reúne instituições museais e de ensino (PIMu, desde 2022) e a Rede Mulheres em STEM-Rio de Janeiro (MSTEM-RJ, desde 2020).
Juliana Alves Sorrilha Monteiro é professora nas redes municipal e estadual do Rio de Janeiro, atua com Educação Física no ensino fundamental e no ensino médio. Ao longo de uma década já atuou em todos os níveis de escolaridade, da educação básica, ensino superior a formação de professores. Com mestrado em atividade física e saúde (UFRJ) sua arte de professorar busca combater práticas competitivas no cotidiano escolar baseando-se na Pedagogia da Cooperação como ferramenta transformadora de valores humanos vigentes nas práticas culturais legitimadas pelo pensamento moderno. Dona de si com uma personalidade forte é criativa, comunicativa, amiga, elétrica, conectada à natureza e palhaça. Há dois anos é líder do clube de Ciências Meninas da Astronomia e bolsista FAPERJ pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins.
Giselle Faria Rodrigues Deveza de Andrade é bióloga formada pela Universidade Santa Úrsula no ano 2000. É pós-graduada em Gestão dos Impactos Ambientais e em Orientação Educacional. Atua como professora de ciências e biologia na rede pública de ensino desde 2010. Atualmente é Orientadora Educacional (rede Estadual) e professora (rede Municipal). Desde 2022 é bolsista da FAPERJ no Clube de Ciências Suave na Nave, vinculado ao Projeto “Meninas no Mast”, sendo a professora líder do clube. Atua como professora coordenadora do Projeto sócio-ambiental “Vem pro mar”, na Associação de Windsurf de Niterói, desde 2023 de forma voluntária.
Giovana Souza da Silva é formada em Pedagogia pela (Universidade Estácio de Sá, 2019). Trabalha com educação museal na perspectiva antirracista desde 2020 no Museu de Astronomia e Ciências Afins- MAST. Atualmente é Coordenadora das Residências Terapêuticas, subordinada à Secretaria de Saúde de São João de Meriti-RJ.
Como citar este artigo:
EISMANN, Alejandra Irina; SPINELLI, Patrícia Figueiró; MONTEIRO, Juliana Alves Sorrilha; ANDRADE, Giselle Faria Rodrigues Deveza de; SILVA, Giovanna Souza da Silva. Bẹ́ẹ̀ni, mo jé Òkun: Meninas entre o céu e o mar - Relatos sobre a décima edição do "Dia das Meninas" no Museu de Astronomia e Ciências Afins. Notícias, Revista Docência e Cibercultura, junho de 2024, online. ISSN: 2594-9004. Disponível em: < >. Acesso em: DD mês. AAAA.
Editores/as Seção Notícias:
Frieda Maria Marti, Felipe Carvalho, Edméa Santos, Marcos Vinícius Dias de Menezes e Mariano Pimentel