Esgotamento existencial de pessoas trans: o medo de corpos limítrofes

2024-01-16

Autoria: Eldra La Fonte Albuquerque de Carvalho.

As pessoas trans sempre fizeram parte dos espaços de poder. Na realidade, as regras de gênero como conhecemos hoje, isto é, um conjunto de regras definidoras e limitadoras na condição do ser em todos os espaços de sua existência, é um produto da modernidade intensificado a partir do século XVII (PRECIADO, 2020). Isto significa que, antes disso, havia minimamente uma flexibilidade com relação aos aparatos físico-biológico-sexuais que propiciava certos momentos em que questões de gênero não sobrepujavam outras condições de existência, como classe social ou honra.

Com a ode ao progresso científico e às ideias iluministas, o corpo hegemônico intensificou o processo de segregação a partir de ideais ditos “universais”, que separaram os doentes dos sãos, movimento em que a repressão religiosa se tornou justificada por preceitos pseudo-científicos. A partir daí, homossexuais, travestis, bissexuais e outras pessoas afeto e gênero-dissidentes começaram a ser vistas como aberrações genéticas passíveis de correção, e o comportamento heterossexual visto como “natural” – não só correto, como saudável e funcional.

Com o advento do século XX, a eclosão das lutas identitárias mostrou que mais do que a mera equiparação a um corpo hegemônico, o que se procurava era o reconhecimento de diversidades humanas que tem exigências sociais que nem sempre são as mesmas do homem-cis-hetero-branco. Davis (2016) argumenta que a partir da luta antiescravagista – que posteriormente se desenvolveu na luta antirracista –, outras pautas, dentre elas a luta das pessoas trans, travestis e não-binárias, aprenderam a se entender enquanto movimento. O problema é que uma grande parte dessas pautas passaram por reconhecimentos institucionais que colocaram uma parte aceitável e outra indesejada entre os seus membros, criando novas catracalizações, códigos e expectativas sobre os grupos que emergiram no discurso público da sociedade, o que se mostrou verdade também com nossa comunidade.

Como pessoa trans, o objetivo deste trabalho foi não só registrar minha experiência como parte da comunidade em meio a este processo de reconhecimento mas, para além, relacionar minhas impressões à impressão de um gama ampla de pessoas que se sentem, ao mesmo tempo, parte e aquém de um processo de “aceitação”. Foi por este motivo que essa pesquisa se desenvolveu como uma autoetnografia baseada em um diário de campo de registro contínuo no período entre dezembro de 2022 e abril de 2023. Além disso, procurando entender especificamente como a limitação da condição de pessoa trans gera o esgotamento existencial, foram determinados espaços onde minha vivência ocorria de forma frequente: ambientes acadêmicos, de atendimento e corporativos, dando especial atenção para a importância da expressão através do uso do discurso em primeira pessoa e da linguagem coloquial, bem como tomando cuidado para alterar e proteger a identidade daqueles que contribuíram para a construção do assunto pesquisado.

Através da análise das interações de comunicação interpessoal nos espaços citados, o que se pôde observar foi uma realidade absolutamente violenta contra pessoas trans. Com a persistência de um discurso muito centrado no campo das mudanças corporais, a delimitação discursiva de pessoas trans ainda sofre uma expectativa de fachada com a qual nós não necessariamente queremos nos conformar. Neste processo, a pessoa cisgênero passa por uma quebra de expectativa que a leva ao campo do constrangimento inconsciente, uma resposta vista como aceitável frente à um corpo inadequado às expectativas do espaço em que nos colocamos politicamente (GOFFMAN, 1956).

Tais respostas de constrangimento não desencadearam violências abertas e odiosas, como ocorre com a transfobia. Do contrário, o que se observou de forma sistemática é que as pessoas cis em posições de poder tinham um medo muito mais inconsciente, sofisticado e difícil de ser identificado e combatido.

Desde que não somos mais tão vocais no sentido verbal sobre nossa luta no ambiente de trabalho, as pessoas parecem querer encaixar cada um no seu gênero de nascença. Com pessoas, leia-se: outros funcionários, especialmente os brancos, cis ou simplesmente abonados. Começamos a ser mais tratades no masculino, eu e Esmeralda. Às vezes é até inconsciente, o que explica a necessidade de termos de estar a todo momento relembrando nossa existência: não é chatice, é necessidade de respeito. (Diário de Campo, 28/02/2023).

O trecho destacado acima trata de uma questão central: a colonização discursiva do que seria uma pessoa trans como aquela que necessariamente realiza hormonização, troca de nome e pronomes e cirurgia de afirmação de gênero. Àquelus que escapam destes casos, como a referida colega de trabalho Esmeralda (pessoa gênero fluído que prefere pelos pronomes femininos) e eu (pessoa agênero que prefere pelos pronomes neutros), tornam-se incompreendides que a partir do silêncio são secretamente readequades à uma lógica binaristas. Dessa forma, apesar de se haver uma aceitação da “pessoa trans” na sociedade contemporânea, o que se revela é que essa inclusão é permeada de pressupostos sociais para que alguém possa ser viste como, de fato, parte deste vocábulo.

Nesse sentido, a delimitação de um corpo trans não só é uma estratégia de identificação como também uma maneira de assegurar os aliados e os inimigos em busca de uma celeridade cordial mitificada dentro das lutas sociais brasileiras (CHAUÍ, 2000). Ampliando nessa explicação, a pessoa trans disposta a abdicar de algumas de suas reivindicações por meio do diálogo com aqueles que ocupam posições de poder sofre uma inclusão marginalizadora; na prática, permanece fora do jogo de poder, mas no discurso aparece como uma das forças a serem levadas em conta (isso, é claro, sem colocar-nos em posição de participar dessas discussões).

Assim como Davis argumenta do oportunismo das classes hegemônicas com relação ao sufrágio feminino e negro no século XIX dos Estados Unidos (2016), é fato que a emergência de um corpo incompreendido mas que pode produzir se torna um potencial de capital que é percebido com bons olhos pelo sistema econômico, enquanto limita-se à essa esfera produtiva. O motivo disso é que o corpo produtor é destituído de suas identidades: “essa pessoa trabalha tão bem quanto as outras”. Isso não significa que a igualdade de direitos coloca-se como uma horizontalização do prestígio social.

Além do discurso científico hegemônico em declínio e do discurso social de um caminho do “bom transsexual” (PRECIADO, 2020), há uma narrativa em construção conjunta que procura dar forma a uma nova maneira social de reconhecimento que engloba o respeito ao incompreendido. Os denominados corpos limítrofes são todos aqueles que existem afastadamente das respostas epistemologicamente e, geralmente, dicotomicamente estabelecidas pela norma social. No caso de pessoas trans, isso é naturalmente incorporado pela comunidade uma vez que nem mesmo mulheres e homens trans bináries desejam se adequar às regras sociais criadas para diferenciar pessoas do sexo feminino e masculino: na grande maioria, pessoas trans procuram criar novos códigos sociais cada vez mais receptivos e inclusivos em relação à experiência de gênero. Nesse sentido, estamos construindo novas respostas epistemológicas para o sistema de diferenciação sexual que foi ratificado pela ciência e, em especial, pela psiquiatria e pela psicanálise (FOUCAULT, 1999), r que se mostra insuficiente para dar respostas em relação à nossa existência.

Mas nossa sociedade tem tão enraizada que as diferenças sexuais são “naturais” e “absolutas” que a emergência do corpo trans passa pela docilização de seu potencial epistemologicamente transformador. Particularmente no Brasil, isto passa pelo discurso de que, apesar de corpos contra-hegemônicos, as pessoas trans possuem os mesmos desejos de pessoas cis pelo progresso técnico-científico-social, e de igual maneira não tem a capacidade psicológica ou técnica para tratar sobre aquilo que nós mesmes desejamos. E é dessa forma que, seja em ambientes corporativos, acadêmicos ou de atendimento, foram determinados certos protocolos criados pela classe dominante para atuar sobre nossos corpos, sem nos dar a chance de opinar sobre eles, o que gera uma insatisfação que pode passar despercebida.

Todas essas formas de dominação não visam, necessariamente, a destruição dos corpos trans, travesti e não-binários, mas sim a sua limitação discursiva para a compreensão por pessoas cis, bem como através da docilização política privilegiar pessoas que já se encaixam nos padrões desejados pelos hegemônicos, segregando e enfraquecendo a luta social. Foi dessa forma que concluiu-se que essa maneira repressiva se encaixa em um tipo distinto de violência, denominado limitrofobia: o medo de corpos limítrofes.

Como corpos que escapam da margem masculina ou feminina (seja em sua expressão não-binária, de mulher trans, travesti ou homem trans), as existências gênero-dissidentes margeiam o curso do limite; nesse sentido, existimos conforme a adjetivação da palavra “limítrofe”, não do seu uso como substantivo. De acordo com o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de autoria de Geraldo Antônio da Cunha (2019), a origem destas palavras vem do francês limitrophe, que por sua vez tem origem no latim tardio limi(to)trophus, traduzido como “aquele ou aquilo que mantém os limites”. No Brasil, a adjetivação derivada do francês coloca "limítrofe" como “algo ou alguém que existe no curso da margem” – isto é, não está nem de um lado nem de outro, mas precisamente na margem. Porém, isso não significa que o limite se torna uma terceira fronteira; do contrário, se torna um curso vazio de respostas nos postulados dos polos de masculinidade e feminilidade socialmente construídos, o que nos empurra para o campo da incompreensão e, da falta de entendimento e da possibilidade de queda do entendimento do mundo como até então foi estruturado, o medo, de onde vêm o sufixo -fobia, que tem origem do grego -phobo, derivado de phóbos, traduzido literalmente como “medo” (CUNHA, 2019).

 O corpo trans delimitado por pressupostos cis, empurrado para as margens do sistema econômico, vive em um tempo histórico pelo reconhecimento do potencial comercial das minorias identitárias, o que favoreceu para que este mesmo corpo comece a se inserir, também de maneira marginal, no sistema produtivo social. Seja através das cotas, das ações de diversidade ou de ações reparatórias, é fato que trans, travestis e pessoas não-binárias começaram a ser notadas em espaços de poder, e sua necessidade de delimitação se tornou mais forte do que nunca: quem será protegide? quem sofre? quem será “beneficiade”? E a partir dessa delimitação discursiva, os corpos notadamente insurgentes, seja por exemplos como Crystal LaBeija, Sylvia Rivera ou Madame Satã, se viram agora tentades à inclusão por uma cordialidade superficial, que não questiona as estruturas de opressão efetiva contra gênero-dissidentes.

Nesse sentido, a limitrofobia vai além da procura pela readequação de corpos trans às duas margens da diferença sexual: ela influencia o comportamento para que a pessoa hegemônica nem perceba que conversa com alguém que faz parte de um grupo com problemas sociais diferentes dos seus.

Sobre o comportamento do Granito [um funcionário de cargo alto na empresa onde aconteceram as incursões], parece que é uma relação que estabelece ponte com as dificuldades de se sentir confortável por parte da nossa comunidade, que já sente bastante receio em conversar com pessoas de sua tipificação social. Mas, para além disso, sua falta de visão ampla com relação à forma como a sociedade nos trata parece um grande problema; não basta existir e conversar conosco; assim como quando se conversa com ume gestante, é necessário entender nossas dores e compreender que temos sensibilidades diferentes para questões como um tom de voz que demonstra estranhamento, ou então para um sermão que pode alimentar inseguranças em relação a possibilidade nossa de existência no ambiente do escritório, especialmente quando se consideram as provações que são passadas em via pública e que esse tom, ou então uma testa franzida, braços cruzados, são todos sinais de afastamento (...). (Diário de Campo, 14/02/2023).

Assim como apresentado no relato acima, se torna um grande desafio expor atitudes não-intencionais que causam o esgotamento de pessoas trans, por mais que sejam violências sofridas de fato por nossa comunidade. Faz-se necessário dizer que aqueles que cometem essas agressões muitas vezes não percebem que estão cometendo-as, pois acreditam que a nossa inclusão epistemológica significa o despertar do nosso senso de pertencimento à sociedade em geral. Porém, a realidade é que muitas vezes nossa existência acaba sendo simplificada para a compreensão e a sensibilização cis.

Deste modo, a limitrofobia acaba sendo uma das provas materiais que explicam o esgotamento existencial de pessoas trans. Jogadas ao relento no decorrer da história, uma série de cortesias e promessas são feitas por uma sociedade que procura nos incluir sem tentar nos compreender de fato, o que gera um estresse psíquico em gênero-dissidentes que não entendem sua insatisfação com relação ao modo como são tratades pelas instituições de poder que tanto desejam nos acolher. Em resumo, nos esgotamos para demonstrar gratidão por uma inclusão que, no fim das contas, cria novos padrões, regras e condutas com a qual trans, travestis e não-bináries devem conformar-se para continuar tendo sua sustentação física. A partir disso, o próprio ato de viver, interagir e existir nos espaços necessários para a sustentabilidade dos nossos corpos se torna um fardo (quase) impossível de carregar.

 

Referências

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Sobre autoria:

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Eldra La Fonte Albuquerque de Carvalho (elu/ela/ele), também conhecide como Requeijona Bohannon Yamaguchi Diamond, tem 21 anos, é agênere, drag, escritore, panssexual e xintoísta. Natural de Santo André (SP), se formou em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Sua tese de conclusão de curso tratou do tema "Esgotamento existencial de pessoas trans: o medo de corpos limítrofes" e seus assuntos de interesse incluem o estudo de tribos urbanas, epistemologia, comunicação interpessoal e estudos de gênero.  Além da sua pesquisa, atua como coordenadore do projeto social Arquivo Trans e militante pelo movimento RUA Juventude Anticapitalista e pelo PSOL. No passado, coordenou a Frente LGBTQ+ Casperiana e trabalhou com assessoria de imprensa, além de ter formação adicional em Jornalismo Geek e Jornalismo de Games e E-Sports.

Como citar este artigo: 

CARVALHO, Eldra La Fonte Albuquerque de. Esgotamento existencial de pessoas trans: o medo de corpos limítrofes. Notícias, Revista Docência e Cibercultura, janeiro de 2024, online. ISSN: 2594-9004. Disponível em: < >. Acesso em: DD mês. AAAA.

Editores/as Seção Notícias:

Sara Wagner York, Felipe CarvalhoEdméa SantosMarcos Vinícius Dias de Menezes e Mariano Pimentel