Transcendendo margens e quebrando barreiras: (trans)vivências redefinindo (r)existências que empoderam

2024-01-02

Autoria: Josy Maria Alves de Souza e Matheus Nogueira Schwartzmann

A inclusão de vozes marginalizadas como de sujeites transvestigêneres[1] tem sido essencial em pesquisas acadêmicas e discursos que se pretendem inclusivos. Nossas vozes têm o potencial de iluminar realidades muitas vezes ignoradas ou mal interpretadas por narrativas hegemônicas. Nesse diapasão, nossas experiências como pessoas trans (trans experiências) fornecem um contexto valioso para compreender a dinâmica de poder e da diversidade humana. Em vista disso, este texto tem o propósito de reforçar a autoetnografia e a autobiografia como fontes de conhecimento. Para isso, buscamos demonstrar como essas abordagens metodológicas podem funcionar como ferramentas valiosas para expressar e analisar as experiências também de pessoas trans e contribuir na desconstrução de concepções hegemônicas sobre identidades de gênero.

Nossa intenção ao centrar as nossas considerações nessas abordagens metodológicas não é apenas referendar as nossas vozes e as nossas experiências como fontes de conhecimento, mas também reforçar que nossas narrativas podem contribuir para uma compreensão inclusiva dos fenômenos sociais e culturais. Para isso utilizamos, ainda que brevemente, a metodologia bibliográfica para sustentar as considerações trazidas, colhendo um breve panorama epistemológico que sustenta pesquisas auto etnográficas e autobiográficas como fontes de conhecimento empírico e, portanto, subjetivo.

Autoetnografia

Com foco nas experiências humanas como elas são, a fenomenologia da percepção, de Maurice Merleau-Ponty (1908-1961), levanta a possibilidade de pôr em relação ‘a consciência e o corpo’ através da consciência, enquanto subjetividade, e da percepção como momento originário em relação a outras manifestações de vida consciente. Para isso, a fenomenologia merleau-pontyana acredita que os fenômenos físicos são captados pelas sensações e emoções corporais; portanto, o conceito de corpo se torna fundamental no pensamento fenomenológico, uma vez que, de acordo com Iraquitan de Oliveira Caminha (2019, ps. 86, 101), "a percepção se faz invariavelmente por meio de um campo perceptivo sempre presente e atual, que é vivido intensamente pelo corpo atado ao mundo". Portanto, experiências vividas são "experiência que tem o corpo como origem e lugar de acesso ao mundo" (Denise Assis Fleury Curado et. al., 2015, p. 18) e seu movimento “ocorre no próprio desenvolvimento do corpo e no percurso da vida" (Curado et al., 2015, p. 20).

Nesse sentido, a experiência, conforme Merleau-Ponty (2020, p. 210), implica na compreensão de uma subjetividade que se faz pelo e com o corpo, pois o corpo "é um nó de significações vivas" e "é a possibilidade e o meio de transformar coisas em ideias (sentido) e "ideias em coisas [...] e o papel do corpo é assegurar essa metamorfose" (Merleau-Ponty, 2020, p. 227). As experiências variam devido a fatores individuais, culturais, sociais, geográficos, religiosos e suas espiritualidades e podem se constituir em experiências coletivas de formas de vida. Considerando essas proposições, apontamos para a autoetnografia como método de pesquisa que valoriza as experiências e as percepções.

Como método de pesquisa em que o corpo fala, Ronald J. Pelias (2013, p. 388) sintetiza assim a autoetnografia: "escrevendo sobre mim eu falo a partir do corpo [...] como o lugar onde a história é gerada internamente [...]. Eu sou meu corpo falando". Como uma metodologia, Catherine Russell (1999, p. 276) aponta a autoetnografia como "um veículo e uma estratégia para desafiar formas impostas de identidade e explorar possibilidades discursivas de subjetividades não autorizadas". Na mesma direção, Silvio Matheus Alves Santos (2017) afirma que ela se trata de uma resposta direta às ideias canônicas de pesquisa e de uma forma de romper com os moldes tradicionais e, com isso, introduzir um novo paradigma que valoriza a experiência individual e a subjetividade no contexto cultural mais amplo​​, posicionando-se tanto com processo quanto como produto.

De mesmo modo, Daniela Gianna Claudia Beccaccia Versiani (2005) enfatiza a importância da subjetividade na construção do conhecimento. Nela o etnógrafo e o sujeito de estudo se fundem, permitindo que o foco recaia sobre a cultura à qual pertencem. Esse entrelaçamento entre o pessoal e o cultural transforma a autoetnografia em uma narrativa poderosa que atua como método de pesquisa e meio de expressão​​.

Carolyn Ellis e Tony Adams (2014) defendem as mesmas visões e argumentam que a autoetnografia é também um meio de conectar o autobiográfico e o pessoal com o cultural, o social e o político. Considerando isso, a importância da autoetnografia como método de pesquisa se revela como estratégia para valorizar histórias orais e de vida e compreender as experiências sociais e culturais, de forma a proporcionar uma visão rica dos fenômenos sociais e a permitir a desconstrução de narrativas dominantes.

Autobiografia e autobiografias trans

As autobiografias representam uma jornada introspectiva em que indivíduos narram suas próprias histórias contextualizando suas experiências no tecido mais amplo da sociedade. Essa forma de expressão serve de ponte entre o pessoal e o coletivo, o íntimo e o universal.

Como uma preciosa fonte histórica, a autobiografia se desenvolveu a partir da valorização da história oral, que, segundo Paul Thompson (1992. p. 337) "devolve a história às pessoas em suas próprias palavras. E ao lhes dar um passado, ajuda-as também a caminhar para um futuro construído por elas mesmas" e busca ouvir, registrar e incluir vozes excluídas pela história oficial e "que não possuem formas suficientemente fortes para enfrentamento das injustiças sociais" (Ana Lúcia Guedes-Pinto, 2002, p. 95).

Sobre a intersecção da autobiografia com os estudos de gênero, Sidonei Smith e Julia Watson ressaltam a importância desse gênero na exploração de temas como gênero, identidade e representação. As autoras introduzem a ideia de uma "política da memória" em autobiografias, em que a memória atua como um gênero essencial para categorizar obras autobiográficas com base em seu processo de escrita. Ainda segundo as autoras, "as autobiografias são marcadas por uma linguagem densa que faz emergir reviravoltas históricas e culturas híbridas" (Smith; Watson, 2010 – tradução de Juliana Sales, 2013), e a memória é usada tanto em escritas acadêmicas quanto populares, trazendo "para primeiro plano mudanças históricas e cruzando formações culturais" (Smith; Watson, 2010, p. 4 - tradução de Sales, 2013).

Smith e Watson observam ainda que muitas escritoras pós-coloniais optam por narrativas ficcionais baseadas em experiências pessoais para desafiar as opressões do patriarcado e se tornarem menos vulneráveis à exotização e ao constrangimento em suas próprias culturas (Smith e Watson, 2010, apud Leila Assumpção Harris, 2014). Nesse sentido, as autobiografias e os estudos feministas oferecem uma jornada que une experiências pessoais e coletivas que são valiosas para questões sociais amplas como as de raça, classe social, gênero e territorialidade, muitas vezes ignoradas ou mal interpretadas pela cultura dominante.

Lilia Moritz Schwarcz (2019, p. 137) ensina que as experiências e expressões individuais são também coletivas, pois, “pautadas por uma experiência de grupos, pela busca pela inclusão social, pela denúncia da exclusão e da discriminação, pela luta por promoção da igualdade da efetiva liberdade” e denotam a possibilidade de compreensão e generalização da fala de um sujeito como expressão não apenas do singular, mas também do coletivo, para que uma memória possa ressoar na história. Com isso, essas expressões se assemelham a “escrevivência”, que, conforme Conceição Evaristo (2008), não é a escrita de si, porque essa se esgota no próprio sujeito, e a escrevivência carrega a vivência da coletividade, constituindo-se a escrita de um corpo, de uma condição. No caso de nossas narrativas trans, elas oferecem histórias variadas que transitam por nossas jornadas pessoais de autodescoberta e por lutas por direitos de sermos protagonistas das nossas próprias histórias e realidades, atribuindo, assim, sentidos as nossas vivências.

A discussão de nossas experiências e nossas pautas como pessoas trans, pontua York (2020b, p. 151), é fundamental nos espaços de conhecimento, visto que:

1) os corpos trans e suas experiências, impõem uma desnaturalização das normas de gênero, tão necessária em nossa sociedade; 2) a discussão trans, traz para ciência e seus espaços o questionamento de hierarquizações historicamente constituídas. Quem pode falar e quem é ouvido? 3) é necessário que a ciência se comprometa com a afirmação e garantia dos direitos de todos os segmentos sociais, com a voz e suas experiências, rompendo assim as estruturas de subalternização

É nesse sentido que os estudos de trans têm avançado na consolidação de uma epistemologia trans. York e Bruna Benevides (2020), pesquisadoras trans, observam que os primeiros estudos sobre nós, pessoas trans, se concentravam em aspectos mais superficiais, como a dinâmica corporal e a nossa vida cotidiana fora de contextos de inclusão social. Luiza Ferreira Lima (2022) complementa que os estudos trans mais recentes se dividem entre focar em detalhes da vida, como a transição de gênero e a relação com o nosso corpo, e dar prioridade a reflexões mais amplas sobre condições de desigualdade que nos afetam.

No campo acadêmico, as autobiografias trans oferecem uma visão poderosa das nossas (trans)vivências, pois elas não apenas exemplificam a intersecção da autoetnografia com narrativas pessoas sobre identidade de gênero, mas também iluminam experiências frequentemente marginalizadas e incompreendidas. São vozes a desafiar as normas convencionais e a enriquecer o entendimento sobre identidade, gênero e resistência​​. Nesse sentido, Juno Nedel (2020), pesquisador trans, aborda a questão da justiça epistêmica argumentando que o monopólio das nossas narrativas trans por pessoas cisgênero constitui uma injustiça epistêmica, pois obstrui o nosso lugar de pessoas trans como agentes de nossas próprias histórias.

Nesse diapasão contra os silenciamentos de identidades desviantes, Megg Rayara Gomes de Oliveira (2023, p. 157), pesquisadora travesti, dispõe que o silêncio "atua para estabelecer o homem branco cisgênero heterossexual como norma de humanidade"; ele funciona  como "estratégia para negar a existência plena de travestis e mulheres transexuais, negras e brancas, no espaço acadêmico" (Oliveira, 2023, p. 157)  e funciona como instrumento hegemônico para negar valores e promover o epistemicídio de saberes não hegemônicos, o que, no caso de valores da nossa comunidade trans, trata-se de uma licença para o seu trans-epistemicídio que, como processo de colonização, tece York (2018, 2020), invisibiliza ou recusa a produção, a história e as vivências de pessoas trans para/na produção de conhecimento.

Essa discussão é relevante em face da tendência de desconsiderações de nossa epistemologia trans em ambientes acadêmicos​​ e do necessário enfrentamento ao trans-epistemicídio. Nesse sentido, Fran Demétrio, pesquisadora trans, e Hilan Nissior Bensusan (2019) discutem a desvalorização e desqualificação do conhecimento produzido por grupos marginalizados, como a nossa comunidade trans, apontando que essas exclusões estão diretamente ligadas a preconceitos e críticas negativas:  estereótipos sociais que desvalorizam e desqualificam o conhecimento produzido por alguns grupos. Viviane Vergueiro (2015), pesquisadora trans, acrescenta a isso a importância de contextualizar a diversidade corporal e as identidades de gênero no seu devido contexto histórico e destaca a necessidade de repensar como nossas identidades são afetadas por sistemas de educação que reforçam normas cisgênero.

Nesse sentido, as autobiografias de pessoas trans podem desempenhar papel crucial na desconstrução de narrativas tradicionais sobre identidades de gênero, promovendo uma compreensão mais detalhada das estruturas sociais e abrindo caminho para uma maior aceitação das nossas experiências trans pela sociedade e nos meios acadêmicos. Para além disso, são fundamentais para compreender as identidades de gênero e os processos inscritos na transição de gênero. Isso possibilita ampliar a compreensão de processos identitários em pesquisas acadêmicas e coloca também as nossas vozes trans no cerne dos estudos sobre identidades e cultura.

Assim, apontamos o questionamento ‘por que a autoetnografia também se faz necessária como método que dá voz os corpos transgressores?’ e apontamos como proposição responsiva que a autoetnografia, como uma abordagem qualitativa que combina elementos autobiográficos e análise cultural, emerge como um meio vital para compreender também as vivências trans de maneira crítica e inclusiva.

Se essas são intenções de um conhecimento que se pretende inclusivo, deve-se pensar em proposições responsivas como: se o que pesquisamos é social, se o que pesquisamos é relação social, não é possível a negação de que quem pesquisa é também parte do processo; e se o que pesquisamos é sobre nós, se o que pesquisamos é sobre nossos corpos, se o que pesquisamos é sobre nosso grupo de pertencimento, se o que pesquisamos é o que diz a nossa voz, se o que pesquisamos é sobre a nossa voz, a autoetnografia e a autobiografia nos servem o seu caráter eminentemente transformador para, conforme preceitua Deborah Reed-Danahay (1997, p. 3), nos dar essa voz; para "dar voz para quem fala"; para dizer em "favor de quem se fala"; para dizer em favor "de quem fala por si" e porque se o que produzido reflete as experiências de corpos desviantes ao mesmo tempo em que é também produzido por esses corpos, esse produto pode fornecer singularidades de uma jornada de experiências pessoais que transitam pelo campo do autoconhecimento, da resiliência, da transgressão e da libertação de nossos corpos transgressores.

            

[1]   ‘Transvestigêneres’ é termo criado pelas ativistas Indianarae Siqueira e Erika Hilton e aglutina os sentidos de travesti, transexual e pessoas transgêneros (Neon Cunha; Sara Wagner York, 2020, p. 14)*. Sobre sua criação, Indianarae expõe em entrevista à Dandara Felícia Silva Oliveira: “Mas é que eu criei, mas que é nosso na realidade, um termo que é do movimento. É criado pelo movimento, vamos dizer assim. Já que eu sou o movimento, já que o movimento também se sente... é inspirado em mim e através de Jovanna. Então o termo é nosso. Que não tenha dono. Esse termo eu doo, é a primeira vez que eu falo isso. Esse termo eu doo e entrego para o movimento, que seja usado pelo movimento que ele não tenha dono, ou dones. Que ele não tenha dones” (Siqueira, 2021, n. p.). Neste trabalho, considero o seu uso pela expressão “pessoas trans” em que  o termo "trans" é utilizado para denominar grupos diversificados de pessoas cujas identidades de gênero diferem em graus e expressões diversas do sexo em que foram designadas ao nascer.

* Nota da autora: Por defender uma escrita não sexista e decolonialista, a primeira vez que eu proceder a citação de um/a/e autor/a/e, transcrevo seu nome completo como forma de dar visibilidade a pesquisadoras.

 

Referências bibliográficas

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Sobre a autoria:

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Josy Maria Alves de Souza é Travesti, Professora da rede pública de ensino em Porto Velho, Rondônia, Mestra em Letras pela Universidade Federal de Rondônia e doutoranda em Linguística e Língua Portuguesa na FCLAr/UNESP.

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Matheus Nogueira Schwartzmann é doutor em Linguística e Língua Portuguesa, docente do Programa de Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara - FCLAr/UNESP.

Como citar este artigo: 

SOUZA, Josy Maria Alves de; SCHWARTZMANN, Matheus Nogueira Schwartzmann. Transcendendo margens e quebrando barreiras: (trans)vivências redefinindo (r)existências que empoderam. Notícias, Revista Docência e Cibercultura, janeiro de 2024, online. ISSN: 2594-9004. Disponível em: < >. Acesso em: DD mês. AAAA.

Editores/as Seção Notícias:

Sara Wagner York, Felipe CarvalhoEdméa SantosMarcos Vinícius Dias de Menezes e Mariano Pimentel