EAD, palavra proibida. Educação online, pouca gente sabe o que é. Ensino remoto, o que temos para hoje. Mas qual é mesmo a diferença? #livesdejunho...
Autoria: Edméa Santos
De volta ao passado, primeira parada 2007... Num curso de Pedagogia a Distância também pode ter Educação Online...
Optamos neste texto pela narrativa autobiográfica e pelo lugar de fala de alguém que não separa a docência das práticas de pesquisa e investigação acadêmicas. Quando falamos (nós) incluímos aqui o GPDOC – grupo de pesquisa formação na cibercultura e nossas redes sociotécnicas mais intensas. Quando falo (eu), quero marcar minha itinerância pessoal na qual assumo total implicação de autoria e autorização, que passo bem longe de um “ego inflado”, ou mesmo “auto-promoção” como alguns leem narrativas autorias de quem assume “lugares de fala”. Convido todos, todas e todes a uma viagem pelo tempo...Tempos de pesquisa e formação na cibercultura por nós vivenciados e praticados. (Santos, 2005, 2014, 2019).
Esta primeira parada é apenas uma imagem de pensamento para disparar uma história que queremos contar. A nossa experiência com os temas propostos aqui é mais longa... Educação online, para mim, é tema, campo e dispositivo da pesquisa há mais de 20 anos. Há exatamente 13 anos, ingressei na Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Meu concurso público foi para a disciplina Informática na Educação do curso de Pedagogia a Distância, alocado na EDU/UERJ. Disciplina que coordeno com muito prazer e orgulho até a presente data. Em 2018, exonerei-me da UERJ e ingressei como professora-titular livre na UFRRJ. Como a UFRRJ faz parte do consórcio Cederj, continuo na UERJ atuando na disciplina como professora-coordenadora. Essa disciplina é campo de pesquisa-formação na cibercultura para mim e meu coletivo GPDOC/UERJ/UFRRJ. Afinal, pesquisamos no exercício docente em nossos contextos de sala de aula.
A cada ano, um novo desenho didático e muitas invenções se materializam em atos digitais de currículo. Desde a nossa entrada no sistema, praticamos a disciplina na modalidade de educação online, mesmo sendo a disciplina parte integrante de um curso de EAD na modalidade semipresencial, uma vez que contamos com atividades geograficamente dispersas – mediadas pelo ambiente virtual de aprendizagem – e atividades presenciais nos polos presenciais espalhados pelo estado do Rio de Janeiro.
“EAD” era palavra proibida na Faculdade de Educação. Os motivos eram vários. Os cursos de Graduação a Distância legitimados pelo Cederj, consórcio que reúne universidades públicas, eram vistos como menores. Afinal, tratava-se um projeto que nasceu dentro de um governo bastante problemático. Lembram-se de um tal “Garotinho”? Pois bem... O curso de Pedagogia a Distância da UERJ era gestado pelo extinto Departamento de EAD. Departamento malvisto e malquisto por grande parte da comunidade acadêmica da Faculdade de Educação.
As histórias são muitas e quem “chega novo” à universidade não deve tomar para si as histórias que não são suas e que são exclusivas de vivências alheias, vivências estas marcadas por disputas de poder e narrativas diversas. Melhor chegar, observar e navegar pela complexidade, investindo na sua autoria, fazendo boas redes e conexões com pares implicados em projetos que valham a pena. Importante entender os jogos de poder e navegar com prudência e ética nessa rede.
Muitos alunos do curso de Pedagogia presencial não reconheciam os colegas da Pedagogia a distância. Alguns professores que atuavam no curso a distância, muitas vezes eram ridicularizados e muitos deles omitiam que atuavam no projeto. Já experiente no campo da educação e cibercultura, atuando com educação online como um fenômeno da cibercultura, arregacei as mangas – como boa trabalhadora que sou – e “mergulhei com todos os sentidos” (Alves, 2008 ) na criação online de minha disciplina. Acionei a tutoria que trabalhava nos polos presenciais e a inseri em processos formativos continuados para o exercício da docência online, projeto que acredito e pelo qual milito desde sempre.
Descartei o material didático impresso, já desatualizado para a época; excluí a tutoria presencial e arquitetei um desenho didático interativo no ambiente virtual de aprendizagem. Desenhamos as unidades curriculares com atividades síncronas e assíncronas de comunicação. Atividades assíncronas diversas foram criadas em fóruns de discussão (discussão de textos científicos, estudos de caso, debates mediados por audiovisuais, fóruns sociais, construção de midiateca interativa, oficinas), wikis (produções colaborativas de textos e projetos em grupos).
Atividades assíncronas são aquelas que contam com a dispersão geográfica e a partilha de tempos de comunicação variados. Um interlocutor deixa uma mensagem e esta pode ser comentada e cocriada por todos e todas em tempos (cronos) e existências variados. Docentes online foram orientados a fazer mediações que não se limitassem a “repostas e tira-dúvidas de conteúdos” apenas. Importante incentivar os debates e a comunicação todos-todos em sala de aula.
Atividades síncronas também aconteciam e ainda acontecem; elas forjam vínculos afetivos incríveis, provocam sentimentos de pertença, permitem disparar conversas e fechar ciclos de debates. Mas não são tão encorajadas por nós, principalmente pela diferença técnica de acesso às condições de conexão, mas também por condicionarem a interação a um tempo (cronos) ao vivo, o tempo real. O modelo síncrono não democratiza tanto a participação de todos, e a flexibilidade do tempo é um dos fundantes da comunicação assíncrona. Há 13 anos não contávamos com a pluralidade de ofertas de plataformas de webconferência disponíveis hoje. Além de a Web ser ainda aquela chamada de 1.0, usávamos como interface síncrona os conhecidos chats ou salas de bate-papo. Os chats “chá mate com biscoito globo” faziam o maior sucesso...
Sempre gosto de começar a falar de desenho didático pelo viés da comunicação docentes/alunos/alunos. É a comunicação todos-todos que garante a sala de aula online. Sem a presença dos alunos e docentes em processos de comunicação interativa, habitando a sala de aula cotidianamente, não temos educação online. A plataforma digital só se transforma num ambiente virtual de aprendizagem (AVA) com as pessoas produzindo o currículo online cotidianamente, juntas, criando e disputando sentidos, produzindo conteúdos e processos de subjetivação em rede.
Mas, para dispararmos as conversações online, forjando a sala de aula online e o AVA propriamente ditos, precisamos dos conteúdos e suas disposições arquitetados em linguagens multimodais e hipertextuais. Conteúdos base, roteiros com múltiplas trilhas para aprendizagens, sequências didáticas, midiatecas digitalizadas, acesso a recursos educacionais abertos, entre outras fontes fartamente disponíveis no ciberespaço. Forma é conteúdo.
Se para nós educação online é fenômeno da cibercultura, devemos investir na linguagem hipermídia. Postar apenas textos em pdf, apresentações de slides lineares, videoaulas e ou pirotecnias descontextualizadas é subutilização do digital em rede e instrucionismo curricular. Precisamos engendrar uma teia complexa de conexões e acionar os estudantes a adentrarem os conteúdos, produzindo colaborativamente conhecimentos nas interfaces de comunicação síncronas e assíncronas. Só assim, teremos educação online.
Você, leitor, deve se perguntar: “Ok, Edméa Santos. Estou entendendo o que é educação online. Mas como sua disciplina é educação online num curso em EAD?” Pois bem, como dizem os portugueses... A liberdade de cátedra existe na universidade. Cada docente e instituição tem sua autonomia pedagógica. Nós praticamos educação online por entendermos que o “professor-tutor” deve ser um “docente online”, deve mediar situações de aprendizagem, arquitetar novos percursos de discussões e não apenas tirar dúvidas e ou administrar a burocracia da agenda do sistema, a exemplo de: administrar agenda de provas, testes e atividades. Para tanto, investimos em pesquisa-formação na cibercultura (Santos, 2019).
Nossa equipe docente é convidada a ser epistemologicamente curiosa. Pesquisamos a nossa prática docente, criando e acionando dispositivos. A plataforma não deve ser apenas um repositório de conteúdos para trabalho individual e solitário, próprio do autoestudo. O autoestudo é importante. Afinal, só Edméa Santos aprende por Edméa Santos. Mas acreditamos que Edméa Santos poderá aprender mais e melhor quando dialogar em rede e cocriar com outros docentes e estudantes com horizontalidade acadêmica e pessoal.
No mesmo curso de Pedagogia a Distância, há também EAD massiva. Ainda que se utilize uma única plataforma digital e se sigamos as mesmas orientações e diretrizes gerais. Há desenhos didáticos mais instrucionais, em que docentes orientam estudos, leituras, tiram dúvidas de conteúdos e administram a agenda do sistema. Cada aluno faz suas tarefas, prestando conta das atividades quase sempre individualizadas. Isso é EAD. Alunos aprendem e se formam. Mas preferimos investir em mais comunicação na cibercultura e, para tanto, insistimos no ONLINE. Sendo assim, não é a materialidade do digital em rede que garante a educação online. O que a garante é o currículo que forjamos na mediação interativa e hipertextual da comunicação e da produção do conhecimento em rede.
De volta ao passado, segunda parada... 2009
Num clássico curso de Pedagogia Presencial também pode haver Ensino Remoto...
Quando fazemos um concurso público para professor, a porta de entrada é uma disciplina ou área de conhecimento específica. Essas coisas todas são alocadas institucionalmente em um departamento específico. Mas a vida na universidade é bem maior que esses protocolos iniciais. Muitas vezes mudamos ou transitamos de área, de departamento. Transitamos, retornamos, assumimos cargos, funções, fazemos outros concursos, progredimos na carreira. Fazemos ensino, pesquisa e extensão. Atuamos em diferentes cursos de graduação e pós-graduação, colaboramos com redes variadas. Assim, busquei também atuar com disciplinas no curso de Pedagogia Presencial. Os campos em que atuo são: Informática na Educação, Tecnologia na Educação, Didática, Currículo, minhas áreas de formação inicial.
A primeira surpresa interessante foi descobrir que o departamento que alocava minhas atividades no presencial já praticara o “parecer dos 20% para EAD”. Essa era a expressão conhecida da primeira versão do parecer que legitimava que 20% de qualquer curso de graduação autorizado e reconhecido pelo MEC fosse praticado a distância utilizando-se mediações tecnológicas diversas (de impressos ao digital em rede). Que boa surpresa! Afinal, vi ali uma oportunidade de praticar minha educação online, também no curso de Pedagogia presencial. Mas antes de propor um dispositivo, procurei saber quem eram os professores que ministravam disciplinas a distância, de preferência online. Quem eram os docentes? Quais eram os professores? Como praticavam esses currículos? Que plataformas usavam e como usavam?
Sem muitas delongas, descobri que duas importantes professoras faziam “educação online” e procurei saber como elas faziam e cheguei a seus projetos. Estão me acompanhando nessa viagem? Vamos lá então. Descobri que as professoras não usavam uma plataforma de educação online, própria para arquitetar um AVA. Até ai, sem problemas, porque podemos fazer educação online com páginas, sites, blogs, redes sociais e, mais recentemente, com aplicativos para celular (apps). Lembro que antes de os AVAs serem democratizados, eu criava AVA combinando páginas Web com listas de discussão... (Okada e Santos, 2000).
Mas estamos falando agora de 2009. Já tínhamos algumas plataformas disponíveis. As professoras usavam plataformas de blogs. Interfaces que praticamente forjaram a Web 2.0. Os blogs eram – e ainda são – interfaces bastante amigáveis e em potência interativas. Permitem que postemos conteúdos em múltiplas linguagens e que dialoguemos com os interlocutores, isso já garante em potência educação online. Como disse: “em potência”, ou seja, que pode, mas não necessariamente vai se materializar... As professoras desenhavam aulas inteligentes, com bastante criatividade no blog. Trabalhavam com imagens, fotografias e diferentes linguagens desenhadas. Postavam textos variados (científicos, jornalísticos, artísticos e literários), criavam roteiros de estudos para os alunos e propunham atividades instigantes. Até então, quase tudo certo com a arquitetura do conteúdo da disciplina.
Onde estava o problema do meu ponto de vista especializado, como pesquisadora do campo da educação na cibercultura? As atividades eram desenhadas para autoestudo, e as professoras não dialogavam com os alunos online no blog. Não havia canais de comunicação com atividades colaborativas online. A interação assíncrona entre docentes e alunos não existia. Não fazia parte do desenho didático. O blog era usado como “pagina web”. Não era habitado para ser ambiente virtual de aprendizagem, como já descrevemos aqui.
Será que essa experiência das colegas era de EAD, mesmo usando a internet, e não tinha nada de educação online? Em princípio, sim. Mas logo descobri que elas se encontravam com os alunos semanalmente com hora marcada. Essa agenda era exatamente no dia e horário agendado, em sintonia com a grade de horário da disciplina do curso presencial. Os alunos usavam o conteúdo do blog como “repositório” e roteiro de estudos para acessar o material das disciplinas e realizar as tarefas individualmente e, uma ou duas vezes por semana, se encontravam remotamente com suas professoras em salas de bate-papo ou na área de comentários dos blogs. Esta comunicação era síncrona. Como o blog tinha a área de comentários aberta, alguns alunos conversam lá, mas não havia mediação docente online durante a semana. Alunos dialogavam entre si e consigo mesmos.
Quando questionei as professoras sobre essa opção, notei que elas não conheciam o conceito e as dinâmicas de comunicação assíncrona e plataformas mais especificas para educação online. Sugeri maior presença delas com seus alunos online. Apresentei o conceito de fóruns, wikis, glossários e a noção de plataformas, AVA e de desenho didático online interativo. Elas não se interessaram muito e, na época, afirmaram coisas como “não queremos trabalhar com outras coisas”, “não queremos trabalhar mais do que já trabalhamos”, “nossa obrigação é com o cumprimento semanal da carga horária no dia e hora marcados”. Avançamos na materialidade de apresentação dos conteúdos. Polifonias foram mais garantidas com o blog. Nem precisa dizer que o uso do blog só para acessar conteúdo digital já era bem melhor que deixar a pasta física com os textos na xerox da faculdade. Mas a comunicação com alunos, que nem sempre era interativa, estava apenas centrada num dia e hora da semana. Hoje temos clareza de que essa prática é o chamamos atualmente de “ensino remoto”.
De volta ao presente, parada na pandemia da covid-19...
Em tempos de pandemia da covid-19, estamos diante de experiências muito parecidas com as experiências de minhas colegas datadas em 2009. A diferença é que, agora, todo currículo vem sendo praticado remotamente com mediações audiovisuais das modernas plataformas de webconferência. Muitas delas equipadas com outras interfaces que permitem projetar conteúdos, anotar digitalmente nos materiais, dialogar com chats acoplados numa mesma plataforma. Assim, os professores encontram seus alunos no dia e hora da agenda presencial, só que agora com mediação digital. O ciberespaço é subtilizado como lugar de encontro, cabendo ao recurso assíncrono apenas o acesso a conteúdos e material de estudo da disciplina. Alguns docentes abrem discos virtuais nas nuvens, outros postam em plataformas diversas. Mas ninguém conversa com ninguém fora da hora marcada. Aqui temos o que atualmente em tempos de pandemia da covid-19 chamamos de “ensino remoto”.
Ensino remoto não é EAD e muito menos Educação Online. A tecnologia avançou, a rede tem melhores conexões. Mas a postura comunicacional é restrita aos dia e hora marcados. Isso tudo, multiplicado por 7, 8, 9 ou 10 unidades curriculares e ou disciplinas, tem entediado alunos e desgastado docentes. Exaustão e traumas estão sendo instituídos. O ensino remoto tem deixado suas marcas... para o bem e para o mal. Para o bem porque, em muitos casos, permite encontros afetuosos e boas dinâmicas curriculares emergem em alguns espaços, rotinas de estudo e encontros com a turma são garantidos no contexto da pandemia. Para o mal porque repetem modelos massivos e subutilizam os potencias da cibercultura na educação, causando tédio, desânimo e muita exaustão física e mental de professores e alunos. Adoecimentos físicos e mentais já são relatados em rede. Além de causar traumas e reatividade a qualquer educação mediada por tecnologias. Para o nosso campo de estudos e atuação, a reatividade que essa dinâmica vem causando compromete sobremaneira a inovação responsável no campo da educação na cibercultura.
Entretanto, há uma ignorância enorme – no sentido de ignorar o fenômeno – em torno dos potenciais pedagógicos, comunicacionais e democráticos da Educação Online como fenômeno da cibercultura. “EAD” é palavra proibida, “coisa de neoliberal e de capitalista”. Reconhecemos que o mercado é perverso e que, em nome do lucro, cria currículos massivos, baratos e que reforçam a precarização do trabalho docente. Militamos contra isso, inclusive no contexto da universidade pública, uma vez que também não concordamos com as condições de trabalho e politicas de formação da tutoria praticada pelos consórcios e agências públicas.
Além disso tudo, “EAD” é palavra que sai da boca do desgoverno atual, mais precisamente da boca do ex-pseudoministro da educação, que declarava literalmente que o “Brasil não precisa de sociólogos, filósofos, antropólogos. O Brasil precisa de médicos e engenheiros”. Com esta crise e tragédia política, que desvaloriza as ciências humanas e os professores, fica difícil explicar que EAD pode ser de qualidade e que podemos investir diretamente em educação ONLINE, seja nos cursos presenciais, seja nos cursos a distância, inclusive forjando projetos de inclusão digital para alunos e professores. Estes últimos, na maior parte dos casos, até têm acesso aos meios digitais, mas precisam investir em formação cibercultural e políticas de formação institucionalizadas, até para que possam compreender pela formação experiencial, vivenciar em suas práticas o que tencionamos aqui.
As universidades privadas vêm praticando o ensino remoto e as universidades públicas vão arrumando nomes variados para falar de seus projetos educacionais para a exclusividade do período pandêmico. Colegas mais “resistentes” e atentos ao desgoverno refutam qualquer projeto mediado por tecnologias digitais. Colocam todas as possibilidades na mesma horizontalidade e “combatem” inclusive tentativas de projetos bem-intencionados.
Da nossa parte, resistimos em rede e com autoria coletiva. Os diálogos com pares, associações científicas, grupos de pesquisa, sindicatos e coletivos interdisciplinares estão intensos. Já partilhamos o artigo que contou a nossa experiência com as #livesdemaio (Santos, 2020). Com as lives de maio priorizamos a conversa mediada diretamente pelos dilemas e curiosidades dos nossos anfitriões. Produzimos conteúdos autorizados que circulam em rede e podem ser utilizados como artefatos curriculares em outros contextos.
Lembram do nosso relato sobre a nossa disciplina online de Informática na educação? Ela continua muito bem obrigada. Agora mais ubíqua que nunca. Sua versão 2020 tem um desenho didático interativo que articula AVA, Web 2.0 e APP (Almeida, Santos, Carvalho, 2018). Seus focos atuais são o combate a notícias falsas, fake news, e a mobilização de multiletramentos críticos na cibercultura (Almeida e Santos, 2020). O ONLINE dentro de um projeto de EAD. Por mais ONLINE na EAD e na sala de aula presencial também!
Concluo convidando à formação em rede #livesdejunho, para formar e nos formar com fundamentos e dispositivos de educação online
As #livesdejunho receberam um caráter diferenciado da nossa parte. Aceitei alguns convites para palestras e conferências temáticas em que privilegiei temas específicos de Educação Online. Falamos sobre avaliação formativa na educação online, dispositivos e interfaces para avaliar a aprendizagem online, desenho didático interativo, saberes para a docência online, comunicação síncrona e assíncrona na didática online, entre outros. Queremos colaborar com o debate sério, competente e autorizado. Para tanto, vejamos as nossas lives de junho. Elas são um convite a mais conversações e aprendizagens:
- Live/conferência: “Dispositivos e interfaces para avaliação formativa da educação online”. Seminário Online, Universidade de Coimbra e PUC-PR. Tema do Seminário: “O que esperar do Ensino e da Aprendizagem pós-Covid-19?”.
- WebSeminário do FORTEC/UNEB. Tema da Mesa: “Tecnologias Digitais, Games e Multiletramentos". Tema da fala: “Avaliação formativa em educação online”.
- Roda de conversa sobre “Educação Online e Docência Colaborativa!”. Mediador: professor dr. Carloney (UFAL). Palestrantes: Edmea Santos (UFRRJ) e Leonel Tractenberg (UERJ).
- Live do Curso de extensão “Práticas pedagógicas na cibercultura”. Ministrado por Simone Lucena e coletivo na UFS. Tema da conferência “Educação Online para além da EAD”.
Referências
ALMEIDA, Wallace; SANTOS, autora. De memes a fake News. Desafios de uma pesquisa-formação na cibercultura. Revista Educação em Foco, abril, 2020.
ALMEIDA, Wallace; SANTOS, Edméa; CARVALHO, Felipe. Autorias Colaborativas via Aplicativos em Rede: APP - Docência em Atos de Currículo. In: CARDOSO, Ariston de Lima; SANTOS, Adilson Gomes dos; SANTO, Eniel do Espírito (org.). Tecnologias e Educação Digital: diálogos contemporâneos. Cruz das Almas, Ba: UFRB, 2018. p. 201-224.
ALVES, N. Decifrando o pergaminho: os cotidianos das escolas nas lógicas das redes cotidianas. In: Oliveira, I.; Alves, N. (Orgs.). Pesquisa nos/dos/com os cotidianos das escolas. Petrópolis: DP et Alii, 2008.
OKADA, Alexandra. SANTOS, Edméa. A construção de ambientes virtuais de aprendizagem: por autorias plurais e gratuitas no ciberespaço. ANPED:GT16, 2000.
PIMENTEL, Mariano; CARVALHO, Felipe da Silva Ponte. Princípios da Educação Online: para sua aula não ficar massiva nem maçante! SBC Horizontes, maio 2020. ISSN 2175-9235.
SANTOS, Edméa. Educação Online: cibercultura e pesquisa- formação na prática docente. 2005. 351 f. Tese (Doutorado) - Curso de Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia, 2005.
SANTOS, Edméa. Pesquisa-Formação na Cibercultura. Santo Tirso, Portugal: Whitebooks, 2015. 204 p. Acesso em: junho. 2020.
SANTOS, Edméa. Pesquisa-formação na Cibercultura. Teresina: EDUFPI, 2019. Acesso gratuito na aba “Livros”
SANTOS, Rosemary; RIBEIRO, Mayra R. F.; CARVALHO, Felipe S. P. Educação Online: aprenderensinar em rede. In: SANTOS, Edméa O.; PIMENTEL, Mariano; SAMPAIO, Fábio F. (org.). Informática na Educação: cultura, sociedade, histórias e políticas. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2019. n. p. (Série Informática na Educação, v.1) .
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Como citar este artigo:
SANTOS, Edméa. EAD, palavra proibida. Educação online, pouca gente sabe o que é. Ensino remoto, o que temos. Notícias, Revista Docência e Cibercultura, agosto de 2020, online. ISSN: 2594-9004. Disponível em: < >. Acesso em: DD mês. AAAA.
Editores/as Seção Notícias: Felipe Carvalho e Mariano Pimentel