O covid-19 e a (nova) possibilidade de leitura social a partir da desnudez do sistema capitalista financeiro
DOI:
https://doi.org/10.12957/rqi.2021.51104Palavras-chave:
sociologia jurídica, desigualdade, biopoder, subcidadania, covid-19.Resumo
O ano de 2020 começou em estado alarmante proporcionado pela pandemia do Covid-19, levando sistemas de saúde ao colapso. No Brasil, foi declarado estado de calamidade, e algumas medidas foram tomadas na tentativa de conter a disseminação do vírus, especialmente o isolamento social, como forma de achatar a curva de contágio. Ocorre que a sociedade brasileira tem índices de desigualdade alarmantes, o que dificulta no combate à pandemia. Ademais, medidas governamentais acabam por não traduzir efeitos desejados e empurram-se diversas brasileiras e brasileiros à condição de subcidadania, sem que tenham, ao menos, a possibilidade de medidas básicas de saneamento, moradia, alimentação e saúde. Sob o referencial teórico de Michel Foucault, retrata-se verdadeiro controle sobre a vida pelo poder político, de forma a produzir-se um racismo de estado, condenando à marginalidade grupos vulneráveis, que se encontram mais expostos ao contágio do vírus. Por meio do método dedutivo, em consultas bibliográficas, artigos científicos e reportagens jornalísticas, busca-se apresentar, a partir do contexto ora retratado, tendo como referência Jessé Souza e Boaventura de Sousa Santos, uma alternativa de reestruturação do sistema capitalista, com reestabelecimento da cidadania e da igualdade material, no intuito de salvaguardar a dignidade humana, fundamento do Estado Democrático de Direito.Downloads
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