Lendo Triste fim de Policarpo Quaresma e São Bernardo a partir da educação do campo
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2021.55074Palavras-chave:
Educação do Campo, Educação Rural, LiteraturaResumo
O artigo apresenta leituras de dois romances, Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, e São Bernardo, de Graciliano Ramos, conectando-os aos problemas levantados pela Educação do Campo. Mostra-se pertinente tal articulação tendo em vista: o panorama histórico presente na obra de Lima Barreto, fazendo ver a produção da situação agrária no Brasil da Primeira República; os papéis que a educação e a escola apresentam em São Bernardo, por um lado, enquanto dispositivo de adestramento das pessoas que vivem e trabalham no campo, em acordo com a soberania do proprietário, por outro, enquanto meio de desestabilização de um estado de coisas que privilegia à propriedade em detrimento da existência dos povos do campo. O uso que se faz dos romances está em acordo com a perspectiva de que a literatura se apresenta, a um só tempo, como análise do estado de coisas e meio de intervenção no mesmo. Trata-se, aí, como diz Lima Barreto, de literatura militante.
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