A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E INDISCIPLINA: REFLEXÕES DUOETNOGRÁFICAS DE PROFESSORES-PESQUISADORES-FORMADORES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/pr.2025.89513

Palavras-chave:

Formação, Duoethnography, Educação

Resumo

Vivenciando os desafios da prática docente contemporânea, nós, professores-pesquisadores voltamos nossos olhares para os processos de formação docente neste manuscrito. Objetivando um esforço transgressivo de reflexão sobre os processos de formação docente de professores de língua inglesa como língua adicional, este trabalho, escrito por meio de 4 mãos, visa dialogar as impressões de 2 professores-pesquisadores-formadores e suas vivências em uma jornada de formação, intitulada “Formação de Professores de Línguas Adicionais: diferenças e reexistências para o Bem Viver”, ocorrida no ano de 2022, em ambiente virtual com a presença de professores de língua inglesa e atuando em diversas cidades do Brasil. Buscamos registrar reflexões sobre a valiosa experiência vivida, repleta de emoções, dúvidas, pensamentos, alegrias, confusões, revelações e frustrações – nesse espaço formativo de/para professores em serviço. Optamos por uma metodologia duoetnográfica (Breault, 2016; Norris; Sawyer, 2012), tecendo uma escrita que passeia por dentro de vivências, memórias e afetos construídos na jornada de formação investigada. Nossos diálogos autoetnográficos trilham reflexões baseadas em relatos de professores-participantes, que discutem a questão da indisciplina de seus alunos em sala de aula. A escrita dialógica e colaborativa nos permitiu repensar visões e aprender novas lições sobre a complexidade da formação docente no contexto da jornada que experienciamos.

Biografia do Autor

Benyelton Santos, Universidade Federal de Alagoas

Mestre em Linguística (PPGLL-UFAL). Professor de Língua Inglesa e Linguística Aplicada no curso Letras Inglês (FALE-UFAL). Pesquisador do grupo de Pesquisa Letramentos, Educação e Transculturalidade. E-mail: benyelton.santos@fale.ufal.br

Sérgio Ifa, Universidade Federal de Alagoas

Doutor em Linguística Aplicada e estudos da linguagem (LAEL – PUCSP). Professor de Língua Inglesa e
Linguística Aplicada no curso Letras Inglês e do Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura
(PPGLL/FALE/UFAL). Líder do grupo de Pesquisa Letramentos, Educação e Transculturalidade. Email:
sergio@fale.ufal.br

Referências

ACOSTA, A. O Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Autonomia Literária, Elefante, 2016.

ADAMS, T. E.; HOLMAN JONES, S.; ELLIS, C. Autoethnography: understanding qualitative research. Oxford: Oxford University Press, 2015.

AQUINO, J. G. Da (contra)normatividade do cotidiano escolar: problematizando discursos sobre a indisciplina discente. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 41, n. 143, p. 456-484, maio/ago. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v41n143/a07v41n143.pdf.

BREAULT, R. A. Emerging issues in duoethnography. International Journal of Qualitative Studies in Education, Raipur, India, v. 29, n. 6, p. 777-794, 2016. DOI: https://doi.org/10.1080/09518398.2016.1162866.

BROWN, W. Undoing the demos: neoliberalism’s stealth revolution. Zone Books, 2015. ISBN 978-1-935408-53-6.

DUBOC, A. P. Letramento crítico nas brechas da sala de aula de línguas estrangeiras. In: TAKAKI, N. H.; MACIEL, R. F. (org.). Letramentos em terra de Paulo Freire. Campinas: Pontes Editores, 2014. p. 209-230.

ELLIS, C. The ethnographic I. Walnut Creek, CA: AltaMira, 2004.

FREIRE, P. Política e Educação. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2015.

GARCEZ, P. M.; SCHLATTER, M. Professores-autores-formadores: Princípios e experiências para a formação de profissionais de educação linguística. In: ______. Diálogos (im)pertinentes entre formação de professores e aprendizagem de línguas. São Paulo: Blucher, 2017. p. 13-36. ISBN: 9788580392708. DOI: 10.5151/9788580392708-01.

GARCIA, C. M. A formação de professores: novas perspectivas baseadas na investigação sobre o pensamento do professor. In: NÓVOA, António. (Ed.) Os professores e a sua formação. Lisboa: Publicações Don Quixote, Lda, 1992. p. 51-76.

GIROUX, H. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1997.

HILGERS, M. The three anthropological approaches to neoliberalism. International Social Science Journal, v. 61, n. 202, p. 351-364, 2011.

MAMANI, F. H. Buen Vivir/Vivir Bien. Filosofia, políticas, estrategias y experiencias regionales andinas. Lima, Peru: CAOI, 2010.

NORRIS, J.; SAWYER, R. D. Toward a dialogic methodology. In: NORRIS, J.; SAWYER, R. D.; LUND, D. (ed.). Duoethnography: Dialogic Methods for Social, Health, and Educational Research. Walnut Creek: Left Coast Press, 2012. p. 9-39.

NÓVOA, A. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente. Cadernos de Pesquisa, v. 47, n. 166, p. 1106-1133, out./dez. 2017.

SANTOS, A. S. B. O inglês como democracia: um olhar autoetnográfico sobre as práticas de ensino e aprendizagem de língua inglesa na escola pública. 2021. 120 f. Dissertação (Mestrado em Letras e Linguística) – Faculdade de Letras, Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2019.

WESTHEIMER, J. What kind of citizen? The politics of educating for democracy. American Educational Research Journal, v. 41, n. 2, p. 237-269, Summer 2004.

WALSH, C. Lo pedagógico y lo decolonial: entetejiendo sentidos. (p.23-61) In.: Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Querétaro, México: En cortito que’s pa’largo, 2014.

Downloads

Publicado

2025-05-15

Como Citar

Santos, B., & Ifa, S. (2025). A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E INDISCIPLINA: REFLEXÕES DUOETNOGRÁFICAS DE PROFESSORES-PESQUISADORES-FORMADORES. Pensares Em Revista, 33(33), 62–82. https://doi.org/10.12957/pr.2025.89513

Edição

Seção

DOSSIÊ 33: A AUTOETNOGRAFIA NA LINGUÍSTICA APLICADA: RUPTURAS, DESLOCAMENTOS E TRAJETÓRIAS/ DOSSIER 33: AUTOETHNOGRAPHY IN APPLIED LINGUISTICS: RUPTURES, DISPLACEMENTS AND TRAJECTORIES