PROFESSORA HACKER:O PERCURSO AUTOETNOGRÁFICO DE CRIAÇÃO DE UM APLICATIVO DE REALIDADE AUMENTADA PARA O ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA
DOI:
https://doi.org/10.12957/pr.2025.88903Palavras-chave:
Autoetografia, Professora hacker, Aplicativo de realidade aumentada, Língua espanholaResumo
Neste estudo a autoetnografia é compreendida como recurso metodológico para que o professor forje soluções para os desafios que emergem do trabalho com as tecnologias digitais em seu contexto de ensino. Para tanto, apoiamo-nos num recorte dos dados do estudo autoetnográfico realizado por uma professora-pesquisadora de língua espanhola (Krewer, 2024), primeira autora deste artigo, que intuitivamente assume uma atitude condizente com o que entendemos por cultura hacker (Himanen, 2001), ao se lançar na construção de um aplicativo de realidade aumentada para o ensino de vocabulário em espanhol. Tal atitude hacker alinha-se a valores característicos da cultura digital (Miller, 2011) com a qual a escola tem sido chamada a se relacionar. O percurso autoetnográfico empreendido pela referida professora-pesquisadora acerca do processo de construção do aplicativo de realidade aumentada, ao revelar como agências (Vianini, 2014) foram mobilizadas de forma estratégica e reflexiva, permitindo o enfrentamento de desafios técnicos, emocionais e pedagógicos, nos leva a defender a experimentação e a intervenção, vistas no escopo deste trabalho como um “jeito hacker de ser” (Pretto, 2017), para propor a formação de professores na era do digital.
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