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Dossiê Paisagens e Ambientes do novo regime climático: o Antropoceno imaginado pelo sonoro, visível e sensível
Editores convidados:
Marcelo Bergamin Conter (UFRGS)
André Araujo
O Antropoceno como época geológica, proposto inicialmente pela geologia e as ciências do sistema Terra, já contaminou discursivamente diversas outras áreas do saber, em especial as humanidades. Além (ou aquém) dos impactos ambientais que a humanidade causa à superfície e atmosfera terrestre, torna-se urgente sermos capazes de desenvolver modos de pensar, sentir e agir diante da catástrofe. Entra aí a importância de obras artísticas, culturais e comunicacionais que sejam capazes de lidar afetivamente com o Antropoceno, de despertar mudanças de hábito semióticas e perceptivas para nos preparar sensivelmente aos choques que virão. Este dossiê tem como objetivo investigar o conceito de Antropoceno e suas formas de representação e inteligibilidade tal como se expressam nas mídias e tecnologias de comunicação, explorando suas manifestações em imagens, sons e narrativas.
Alguns temas relevantes para o dossiê, mas não limitados a estes, são:
1. O conceito de Antropoceno e os problemas que apresenta para a Comunicação, em especial em sua dimensão visual, sonora e cinematográfica;
2. A discussão acerca dos tipos de regimes de visualidade e sonoridade que podem emergir levando em consideração o ambiente do Antropoceno;
3. A dimensão ecológica que subjaz a materialidade das mídias, os impactos ambientais trazidos pelas tecnologias de comunicação (extração, energia, descarte) e propostas de artistas e cineastas que discutem em suas obras a relação entre mídia e ambiente;
4. As distintas formas de representar ambientes e paisagens a partir de dimensões artísticas, estéticas e semióticas, como paisagens sonoras e visuais tendo em vista as mudanças trazidas pelo Antropoceno;
5. A produtividade de conceitos como ambiente, atmosfera e zona, quando pensados em um contexto comunicacional e suas materializações semióticas, sonoras e visuais;
6. A noção de território, especialmente a partir das ideias de habitabilidade, refúgio e ocupação, no contexto das mudanças climáticas e da crise do espaço;
7. Perspectivas comunicacionais que deslocam a perspectiva ocidental, abrindo a possibilidade de investigar o Antropoceno sob lentes provenientes de distintas cosmovisões, além de perspectivas decoloniais, raciais, feministas, queer;
8. Formas pelas quais diferentes obras culturais se dedicam à questão dos não-humanos, construindo discussões acerca das ideias de tradução, aliança e devir;
9. As questões relacionadas aos discursos negacionistas e distintas problematizações acerca da comunicação pública do Antropoceno;
10. Figurações de futuro em obras visuais ou sonoras, que explorem as potencialidades e limites, utópicos ou distópicos, do Antropoceno.
Os artigos podem tanto propor reflexões de cunho estritamente teórico quanto lidar com objetos comunicacionais e artísticos. Interessa ao dossiê textos que analisem obras culturais (filmes, audiovisuais e peças sonoras) que evocam discussões acerca de diferentes estratégias comunicacionais, semióticas e estéticas para a elaboração de um pensamento para o Antropoceno através de suas produções. Sugere-se operar transversalmente pelas mídias, não limitando-se apenas a um único formato, mas refletindo sobre como um modo de pensamento atravessa mais de um suporte - do cinema às artes conceituais, da poesia à música, do vídeo à pintura.
Cronograma:
Data limite para submissão dos textos: 30 de julho de 2025
Previsão de publicação: 15 de outubro de 2025
Dossiê Enlaces Urbanos
EDITORES CONVIDADOS:
Janice Caiafa (ECO-UFRJ)
Fernando Gonçalves (Uerj)
Jane Maciel (UFMA)
Ao atrair pessoas e ideias, ao fazer circular as coisas num espaço diverso, a cidade pode ser lugar de experimentação com laços de um tipo muito particular. Decerto segue também um desenvolvimento vertical que gera desigualdades, como de moradia, de mobilidade, de renda, de raça e de gênero, e que é estipulado em grande parte pelos imperativos da produção econômica e subjetiva capitalista. Ao mesmo tempo, contudo, a cidade se realiza num movimento horizontal, na medida em que seus espaços heterogêneos são atravessados por fluxos que renovam sem cessar as relações sociais, as subjetividades e a comunicação.
Neste caso, os desconhecidos que ali circulam respiram juntos esses ares de variação e podem cultivar laços que escapam em alguma medida às hierarquias e, menos apertados do que aqueles de grupos familiares e circunscritos, reúnem num espaço de fluidez e liberdade.
Pretendemos, neste dossiê, discutir estas sugestões destacando análises e reflexões sobre práticas que poderiam ser deflagradoras desses enlaces urbanos.
Compreendemos essas práticas em formas diversas e em amplo espectro: sejam provocadas por gestos autorais ou anônimos, individuais e ou coletivos, sejam resultado de encontros fortuitos ou ainda da envergadura de eventos preparados por iniciativas institucionais ou populares.
São, por exemplo, os grafittis, as pichações, cartazes e outras marcas visuais nas ruas, como em postes ou em paredes, que formam palimpsestos, ou outras marcas ainda que mobilizem variados sentidos. Ou, ainda, manifestações culturais e artísticas nos campos da música, da performance, do cinema, da fotografia e dos ativismos nos espaços públicos, relativas aos enlaces urbanos e suas experimentações.
Sugerimos que essas práticas, no meio urbano heterogêneo e em constante movimento, são agregadoras — seja quando reúnem estranhos num mesmo espaço para participar de atividades comuns, seja quando, ao deflagrarem signos produzidos por estranhos no ambiente citadino, nos levando a uma fruição estética, formam um público, um pouco como o jornal teria feito (Gabriel Tarde), no sentido de uma “coletividade espiritual” a distância.
Serão bem-vindos tanto trabalhos empíricos — com foco em uma ou mais cidades, ou em qualquer segmento no contexto urbano, como bairros, ruas, comunidades, nos espaços em movimento dos transportes coletivos ou outros recortes possíveis — quanto textos analíticos de cunho teórico ou ensaístico e ensaios visuais (filme, vídeo, fotografia), que discutam essas potências da cidade, as estéticas visuais, sonoras e táteis, a experimentação subjetiva no meio urbano ou outros aspectos pertinentes.
Cronograma:
Data limite para submissão dos textos: 31 de agosto de 2025
Previsão de publicação: 15 de dezembro de 2025
Fluxo Continuo
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