Edições anteriores
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Dossiê "Amor da cabeça aos pés": imagens flamejantes, comunicações incorporadas.
v. 31 n. 1 (2024)A gente mira no amor e acerta na solidão? Esta contradição é o título do livro da psicanalista
Ana Suy (2022). Ela também nos lembra que “o amor de alguém nos funda na vida. É sempre por
amor que vivemos, mesmo que seja um amor meio torto, e com frequência o é. Portanto, no início
era o amor... e depois também”. Estamos sacodidas. Balançadas. Tocadas pelo amor, miramo-los e
ficamos de ponta-cabeça. Estas garotas que vos escrevem, sentaram-se em um bar e foram fabular.
Fãs de Ana Cristina Cesar, devotas da fina ironia de Caio Fernando Abreu e matriculadas na escola
de más maneiras de Cassandra Rios e Néstor Perlongher. Uma amizade adolescente, completando
12 anos, rebelde como essa fase exige ser. O palco era a Socine de São Paulo, 2012, daí a cada ano
sempre um bar, dois, três. Karaokês, para deixar aquele climinha Jia Zhangke, porque elas também
são do cinema. Colaram velcro em Foz do Iguaçu e assim se fez o dossiê. -
Espessuras temporais da Comunicação: transformações, resistências, arcaísmos, lutas
v. 28 n. 3 (2021)A Comunicação é frequentemente caracterizada, e por vezes criticada, por apresentar uma abordagem predominantemente presentista dos fenômenos que analisa. Na contramão desse diagnóstico, diferentes pesquisadoras e pesquisadores assumem perspectivas que refletem sobre a multiplicidade de dimensões temporais do contemporâneo, as histórias e historicidades dos processos comunicacionais, os processos de transformação cultural e de descolonialidade, entre outros. Essas perspectivas dão relevo aos movimentos de criatividade e resistência política e cultural aos modos hegemônicos de fazer/saber da Comunicação, abordados não raro em seus arcaísmos, contradições e/ou fissuras. -
Corpos, performances e autenticidade na cultura digital e visual
v. 28 n. 2 (2021)O dossiê tem como objetivo promover uma discussão sobre modos de construção de subjetividades em ambientes midiatizados contemporâneos, a partir dos campos da
cultura digital e visual. Nesse sentido, buscamos contribuições que se atentem para as dimensões performáticas da apresentação de si dos sujeitos, a noção de arte-vida e sua
relação com autobiografias, bem como possíveis rupturas e reparações em tais dinâmicas. O dossiê empreende esforços para a importância dos entrelaçamentos entre corpos, racialidades, gêneros, sexualidades e tensionamentos em relação a valores de autenticidade na performatização de si. Almejamos aportes analíticos que dialoguem com a proposta do número e suas elaborações teóricas e metodológicas para o campo da Comunicação e dos estudos visuais. -
LOGOS 54
v. 27 n. 2 (2020)Edição estruturada a partir dos artigos submetidos para o Fluxo Contínuo/Temas Livres. -
COMUNICAÇÃO, TERRITÓRIOS E RE-EXISTÊNCIAS
v. 25 n. 1 (2018)Nos últimos anos observamos e participamos da emergência de ocupações e resistências nos espaços urbanos – dos movimentos internacionais que tomaram praças e ruas às micropolíticas de corpos dissidentes que ocupam casas e becos, as formas de comunicar, estar presente nos espaços físicos, transgredir e resistir se desdobraram em pluralidades intensas. As relações de poder, marcadas em verticalidades, as políticas públicas e os discursos conservadores, todas essas estratégias são invertidas e subvertidas, ameaçadas – a fragilidade do regime que demarca os lugares e/ou territórios é tornada visível e novas e outras articulações são propostas.
De acordo com Haesbaert, “a noção de multiterritorialidade (Haesbaert, 1997, 2001a, 2002a, 2004) aparece como resposta ao processo identificado por muitos como “desterritorialização”: mais do que a perda ou o desaparecimento dos territórios, propomos discutir a complexidade dos processos de (re)territorialização em que estamos envolvidos, construindo territórios muito mais múltiplos ou, de forma mais adequada, tornando muito mais complexa nossa multiterritorialidade.”[1]
A Logos, inspirada pela aula inaugural do PPGCOM da UERJ de 2018, realizada pelo professor Rogério Haesbaert, abre as chamadas para envio de artigos para o primeiro número de 2018 nessa chave: pensar as narrativas dos multiterritórios e dos lugares, os novos atores e sujeitos que surgem e figuram nas (des)organizações urbanas do capitalismo tardio; quais corpos podem transitar e quais são impedidos? Quais imagens são produzidas e quais são descartáveis? Como as mídias tradicionais e alternativas se posicionam sobre esses eventos?
A aula está disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=KuwHwiFhZUo
As cidades, os territórios, os lugares, os corpos e as subjetividades encontram-se, no final da segunda década do século XXI, tomados por outras tensões que, não raramente, espelham ou duplicam – e expandem – questões já observadas por pensadores do início do século XX, como Benjamin, Simmel, Kracauer e Bergson. Reativadas por outras sensibilidades políticas e urgências do espaço, observamos como a arquitetura dialoga com os corpos, acolhendo ou expulsando; pichações, mensagens, lambes e cartazes constituem outros cenários e ambientes para e nas cidades. Nesses registros múltiplos e interdisciplinares, a Logos convida ao envio de artigos, ensaios, entrevistas e resenhas cujos temas estejam em sintonia com essas questões.
[1] Trecho do artigo ‘Dos múltiplos territórios á multiterritorialidade’, de Rogério Haesbeart, disponível em http://www.ufrgs.br/petgea/Artigo/rh.pdf
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LOGOS 47 - Comunicação e Contemporaneidades
v. 24 n. 2 (2017)A presente edição da revista Logos, Comunicação e Contemporaneidades, atenta para os gestos e movimentos de expansão das contribuições críticas e teóricas nos estudos da Comunicação Social. A pluralidade dos temas privilegia a oferta de diferentes ângulos e pontos de vista sobre diversos assuntos, cujas urgências se verificam na contemporaneidade e atualidade dos artigos. O conjunto de textos aqui reunidos se ocupa em articular múltiplos desdobramentos das pesquisas em Comunicação e em áreas afins, oferecendo aos leitores uma instigante cartografia: das questões éticas, políticas e de consumo suscitadas pela Copa de 2014 aos pensamentos críticos sobre as práticas de jornalismo contemporâneo; das mudanças de sociabilidades alavancas por novas tecnologias de comunicação aos usos renovados que a imagem opera nos discursos audiovisuais contemporâneos – aqui, especificamente na análise do filme documentário O Prefeito Está Chegando (que, por sua vez ilumina visões da metrópole à luz dos grandes eventos internacionais de esporte em anos recentes).
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Mídia, Esporte e Cultura
v. 23 n. 1 (2016)“Experiência e cotidiano”, tema deste dossiê, configuram duas categorias conceituais que vieram responder a um lugar epistemológico alternativo à objetividade das ciências positivas, ao permitirem um compromisso com a pluralidade de pontos de vista e ao encherem de vitalidade e esperança os estudos em Comunicação. Como definiu Agnes Heller, a vida cotidiana traz a perspectiva do homem-inteiro, no seu habitat espaço-temporal, onde homens e mulheres experimentam a integralidade da experiência, por mais diversa e plural sejam seus modos viver e de produzir sentido sobre o mundo. -
Cotidiano e Experiência
v. 22 n. 2 (2015)“Experiência e cotidiano”, tema deste dossiê, configuram duas categorias conceituais que vieram responder a um lugar epistemológico alternativo à objetividade das ciências positivas, ao permitirem um compromisso com a pluralidade de pontos de vista e ao encherem de vitalidade e esperança os estudos em Comunicação. Como definiu Agnes Heller, a vida cotidiana traz a perspectiva do homem-inteiro, no seu habitat espaço-temporal, onde homens e mulheres experimentam a integralidade da experiência, por mais diversa e plural sejam seus modos viver e de produzir sentido sobre o mundo. -
Dossiê Ética e Autoria
v. 20 n. 2 (2013)As tecnologias digitais, na sequência das anteriores tecnologias eletrônicas,elas mesmas filhas indiretas da revolução industrial e da invençãogutenberguiana, afetam diversas categorias que anteriormente organizavamnão apenas o campo da comunicação mas o conjunto da sociedade. Dessemodo, por exemplo, as duas categorias que dão nome à presente edição seencontram hoje bastante desestabilizadas. -
Dossiê “Realidade e ficção”
v. 20 n. 1 (2013)A revista Logos apresenta o dossiê "Realidade e Ficção" como contribuição ao desenvolvimento de pesquisas empíricas e reflexões sobre fronteiras e hibridismos entre realidade e ficção nas narrativas midiáticas. Ainda que, em alguns trabalhos, o tema não desponte na linha de frente, suas implicações podem ser desveladas nas marcas das textualidades que compõem lógicas próprias e peculiares de suas abordagens. O conjunto de artigos, entretanto, permite visualizar soluções comuns encontradas pelos autores para o enfrentamento da questão, presente nos processos, métodos e linguagens que conduzem ao entendimento de conceitos-chave como representação, imaginário e identidade. Do ponto de vista dos objetos empíricos analisados, o dossiê, além de contemplar o campo jornalístico, abre também espaço para o cinema e a televisão, ora situando o debate na intercessão entre tais veículos, ora explorando as especificidades de cada um.
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A Cientificidade da Comunicação: Epistemologias, Teorias e Políticas
v. 19 n. 2 (2012)O dossiê da Logos 37 tem como tema central a cientificidade da comunicação, propondo reunir reflexões sobre a epistemologia, as políticas e as teorias que, em dinâmicas contínuas, nos ajudam a pensar a natureza do campo no qual boa parte de nós atuamos como pesquisadores. Curiosamente, e a bem da verdade, o presente dossiê foi o que menos suscitou interesse na comunidade acadêmica nos últimos anos da história da Logos. Essa resposta tímida dos nossos pares já poderia ser, em si, um indicativo de algo perturbador: a reflexão sobre as fronteiras, ou sobre o caráter científico e epistemológico da comunicação não interessa tanto, hoje em dia, ao Brasil. Um paralelo dessa sintomática poderia ser feito ao olharmos para os grupos e núcleos de trabalhos relacionados à epistemologia da comunicação da Compós e da Intercom – dois dos mais importantes congressos em comunicação no país – quando identificamos, do mesmo modo, pouca procura por parte do grupo de pesquisadores e pouca renovação dos seus membros.