Jaider Esbell e sua importante colaboração para o pensamento artístico e curatorial no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/intellectus.2025.89781

Palavras-chave:

Jaider Esbell, 34ª Bienal de São Paulo, arte indígena, curadoria contra-colonial

Resumo

Este artigo analisa a influência de Jaider Esbell na 34ª Bienal de São Paulo, destacando seu papel central na inserção da arte indígena nos circuitos institucionais e na reconfiguração das práticas curatoriais. Com base em revisão bibliográfica e análise contextual, discute-se a curadoria contra-colonial como estratégia de resistência e reinvenção no campo da arte contemporânea. Conceitos de Édouard Glissant, como “relação” e “opacidade”, propõem alternativas ao olhar colonial, enquanto Néstor García Canclini contribui para compreender os conflitos entre saberes indígenas e instituições hegemônicas. As reflexões de Ailton Krenak e Naine Terena fortalecem o debate sobre protagonismo indígena. A trajetória de Esbell reafirma a arte indígena como gesto político e coletivo. A Bienal e a exposição Moquém_Surarî ampliam essa reflexão, apontando para curadorias comprometidas com a reconfiguração das instituições de arte e do sistema artístico

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Biografia do Autor

Jean Carlos de Souza dos Santos, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Possui graduação em Artes Visuais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2015) e mestrado em Artes pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2018). Atualmente é curador assistente no Museu de Arte do Rio MAR, Tem experiência nas áreas das artes, nas tramas que interligam curadoria, pesquisa em artes visuais e educação.

Referências

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Publicado

2025-07-10

Como Citar

DE SOUZA DOS SANTOS, Jean Carlos. Jaider Esbell e sua importante colaboração para o pensamento artístico e curatorial no Brasil . Intellèctus, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p. 256–268, 2025. DOI: 10.12957/intellectus.2025.89781. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/intellectus/article/view/89781. Acesso em: 27 jul. 2025.