Corpos negros na educação brasileira: racializando a Educação do Sensível
DOI:
https://doi.org/10.12957/intellectus.2025.89452Palavras-chave:
educação do sensível, relações raciais, teoria social, sensibilidade, subjetividadeResumo
O presente artigo é fruto de uma pesquisa-dissertação de caráter teórico que objetivou compreender como a educação sensível pode ser integrada à educação das relações raciais, tendo como base epistêmica o pensamento afrodiaspórico brasileiro. A partir de Sueli Carneiro e Nilma Gomes pudemos expor o processo de perpetuação de uma educação moderna-colonial, criticando-a através das experiências negras no mundo. Dessa maneira, pesquisa espera ter contribuído para construção da Educação do Sensível a partir da caracterização e problematização dos fenômenos estudados, levando em consideração marcadores de colonialidade e de descolonialidade. Buscou-se apresentar a Educação do Sensível como alternativa à (re)construção de subjetividades afrodiaspóricas. Concluímos que as autoras e o pensamento afrodiaspórico brasileiro, possuem vasta contribuição que possibilitam alimentar os campos de pesquisa das relações raciais e da Educação do Sensível.
Downloads
Referências
BENTO, Cida (2022). Pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras.
CARDOSO, Lourenço (2010). Branquitude acrítica e crítica: a supremacia racial e o branco anti-racista. Revista Latinoamericana de Ciências Sociais, Niñez y Juventud, vol. 8, pp. 607-630.
CARNEIRO, Sueli (2019). Escritos de uma vida. São Paulo: Pólen Livros.
CARNEIRO, Sueli (2023). Dispositivo de racialidade: a construção do outro como não-ser como fundamento do ser. São Paulo: Zahar.
DUARTE JUNIOR, João Francisco (2001). O sentido dos sentidos: a educação do sensível. Curitiba: Edições Criar. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo.
FANON, Frantz (2005). Os condenados da Terra. Juiz de Fora: Editora UFJF.
FERREIRA, Gilmar Leite (2017). Corpo e poesia: para uma educação do sensível. Curitiba: Appris.
GOMES, Nilma Lino (2017). O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes.
GOMES, Nilma Lino ([2002]2019). Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica.
KILOMBA, Grada (2019). Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Tradução de Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó.
MALDONADO-TORRES, Nelson (2008). A topologia do ser e a geopolítica do conhecimento. Modernidade, império e colonialidade. Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, n. 80, pp. 1-38. Disponível em: < http://journals.openedition.org/rccs/695> . Acesso em: 27 nov. 2023.
MALDONADO-TORRES, Nelson (2019). Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón (Orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, pp. 25-47.
MBEMBE, Achille (2018). Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. São Paulo: n-1 Edições.
MERLEAU-PONTY, Maurice (1999). Fenomenologia da percepção. Tradução de Carlos Alberto Ribeiro de Moura. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes.
MILLS, Charles (2023). O contrato racial. Tradução de Daniel Cara. Rio de Janeiro: Zahar. [Original de 1997: The Racial Contract. Cornell University Press.]
NASCIMENTO, Abdias (2019). O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista. 3. ed. São Paulo: Perspectiva; Rio de Janeiro: IPEAFRO.
RODRIGUES, Marília Renata Félix (2021). Educar e ressensibilizar: reflexões teóricas acerca de uma Educação do Sensível. In: Anais do Colóquio Latino-americano sobre Insurgências Decoloniais, Psicologia e os Povos Tradicionais. Sobral (CE): Faculdade Luciano Feijão. Disponível em: < https://www.even3.com.br/anais/coloquiolapovostradicionais/371980-EDUCAR-E-RESSENSIBILIZAR--REFLEXOES-TEORICAS-ACERCA-DE-UMA-EDUCACAO-DO-SENSIVEL> . Acesso em: 19 out. 2023.
RUFINO, Luiz (2019). Pedagogia das encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula.
SANTOS JÚNIOR, Amilton dos (2011). Identidade, discriminação e saúde mental em estudantes universitários. Campinas, SP: [s.n.].
SANTOS, Milton (1996). Por uma geografia cidadã: por uma epistemologia da existência. Boletim Gaúcho de Geografia, Porto Alegre, n. 21, pp. 72-88, ago.
SIMAS, Luiz; RUFINO, Luiz (2020). Encantamento (sobre política de vida). Rio de Janeiro: Mórula.
SOUZA, Neusa Santos (2021). Tornar-se negro: as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Edições Graal.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Marília Rodrigues

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista Intellèctus o direito de publicação, sob uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, a qual permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os dados e conceitos abordados são da exclusiva responsabilidade do autor.
A revista Intellèctus está licenciada com uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional