Desafios da prática do autocuidado do idoso portador de diabetes mellitus tipo 2
DOI:
https://doi.org/10.12957/sustinere.2017.26483Palavras-chave:
Diabetes Mellitus, Promoção da Saúde, Autocuidado, Saúde do IdosoResumo
O Diabetes Mellitus tem se tornado um grande desafio para a saúde pública e está associada à adoção de estilo de vida inadequado, especialmente da má alimentação e o sedentarismo. Objetivou-se identificar os desafios da prática do autocuidado do idoso portador de Diabetes Mellitus tipo 2. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado com 14 idosos de uma Unidade Básica de Saúde do norte do Estado de Minas Gerais. Os dados foram coletados entre março e abril de 2016 por meio de um questionário. Os resultados revelaram que a maioria era do sexo feminino (57,0%), com idade de 60 a 80 anos (86,0%), analfabetos (50,0%), pardos (57%), casados ou viúvos (86,0%), residem com companheiros (50,0%), aposentados (100,0%) com renda de até 01 salário mínimo (50,0%). Evidenciou-se que 100,0% dos idosos realizam tratamento medicamentoso e 79,0% a monitorização da glicemia como práticas de autocuidado. Os participantes não são tabagistas nem etilistas, porém somente 21,0% aderem à prática regular de atividade física. Observou-se que, dentre às dificuldades apontadas para a prática do autocuidado, a dificuldade de leitura (71,0%), alto custo dos medicamentos prescritos pelo médico (43,0%) e dificuldade de locomoção até a Unidade de Saúde (43,0%). Conclui-se ser necessária conscientização dos idosos e profissionais de saúde a respeito dos benefícios da atividade física. A criação de grupos de convivência de idosos para atividades afins e oferta de espaço físico próprio para atividades físicas, podem ser estratégias motivadoras para este público e devem ser planejadas e viabilizadas pelos serviços de saúde. As visitas domiciliares, responsabilização da família com o tratamento do idoso e as ações de educação em saúde podem colaborar positivamente para adoção do autocuidado, e devem ser estratégias de promoção da saúde, considerando as vulnerabilidades do idoso diabético.Referências
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