CONSTRUÇÃO DE SUJEITOS CORPORAIS E PRÁTICAS ANTIRRACISTAS NA ESCOLA LIVRE DE DANÇA DA MARÉ

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/riae.2020.45780

Palavras-chave:

Dança, Corpo, Racismo, Educação.

Resumo

 Este artigo busca refletir sobre a constituição de sujeitos corporais a partir de relatos de um professor e de estudantes da Escola Livre de Dança da Maré — ELDM sobre suas interações com as forças de segurança pública do Estado. Apoia-se nos pressupostos de Kilomba (2019) e de Fanon (2008) para o reconhecimento das marcas infligidas pelo racismo cotidiano na formação do esquema corporal de indivíduos negros no território da Maré, no Rio de Janeiro. Constata-se que a criação de espaços para a reflexão sobre questões como o racismo e a violência, nos processos pedagógicos da ELDM, têm sido estratégias efetivas de educação antirracista para a formação corporal de indivíduos mais conscientes e críticos em relação às questões raciais e sociais às quais estão submetidos.

Biografia do Autor

Silvia Camara Soter da Silveira, Faculdade de Educação - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professora adjunta da Faculdade de Educação/ Departamento de Didática e do Programa de Pós graduação em Dança da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Gabriel Ramon Ferreira Lima, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mestrando em Dança pela UFRJ - PPGDAN. Licenciado em Dança pela mesma instituição. Professor e coordenador da Escola Livre de Dança da Maré

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Publicado

31-01-2020

Como Citar

SOTER DA SILVEIRA, Silvia Camara; FERREIRA LIMA, Gabriel Ramon. CONSTRUÇÃO DE SUJEITOS CORPORAIS E PRÁTICAS ANTIRRACISTAS NA ESCOLA LIVRE DE DANÇA DA MARÉ. Revista Interinstitucional Artes de Educar, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 72–91, 2020. DOI: 10.12957/riae.2020.45780. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/riae/article/view/45780. Acesso em: 26 abr. 2024.