Trabalhadores Descartáveis? Condição de Terceirizado e Mal-Estar no Trabalho

Autores

  • Camila Costa Torres Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
  • Mário César Ferreira Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
  • Rodrigo Rezende Ferreira Universidade de Brasília – UnB

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2016.31446

Palavras-chave:

trabalho, terceirização, qualidade de vida no trabalho

Resumo

Investigar os impactos sobre os trabalhadores do processo de terceirização, que se opera no mundo corporativo, tem sido um desafio importante para as ciências do trabalho e da saúde, especialmente para as organizações. Nesse sentido, objetivou-se nesta pesquisa investigar as fontes de mal-estar no trabalho entre terceirizados em uma Instituição de Ensino Superior brasileira. Considerou-se válidas as respostas de 189 trabalhadores à uma questão aberta do Inventário de Avaliação de Qualidade de Vida no Trabalho (IA_QVT), aplicado por meio de um survey virtual. Utilizou-se o aplicativo IRaMuTeQ, de análise de conteúdo, para o tratamento dos dados e identificou-se os núcleos temáticos estruturadores do discurso dos participantes. Nos resultados, as principais fontes de mal-estar percebidas pelos respondentes foram: (a) tratamento desrespeitoso por parte das outras pessoas e baixo salário; (b) distância casa-trabalho e duração da jornada; e (c) condições de trabalho precárias. A situação é crítica para os terceirizados, que revelam dificuldade de mobilização do coletivo para modificar a realidade. Os achados da pesquisa apontam para a necessidade de intervenção nas causas organizacionais geradoras do mal-estar no trabalho, por meio da formulação de política e de programa de QVT. Eles também fornecem pistas para novos estudos.

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Publicado

15-03-2018

Como Citar

Torres, C. C., Ferreira, M. C., & Ferreira, R. R. (2018). Trabalhadores Descartáveis? Condição de Terceirizado e Mal-Estar no Trabalho. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 16(3), 715–735. https://doi.org/10.12957/epp.2016.31446

Edição

Seção

Psicologia Social