AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICs) E OS DESAFIOS DA INCLUSÃO: A CRIAÇÃO DE AULAS SINALIZADAS NO CONTEXTO DO ENSINO SUPERIOR
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2017.28879Palavras-chave:
TICs, acessibilidade, ensino superiorResumo
DOI: 10.12957/periferia.2017.28879
As tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) são, atualmente, um dos maiores facilitadores na inserção de surdos nas Instituições de Ensino Superior (GEDIEL; SOARES; OLIVEIRA, 2016). Porém, construir essas tecnologias permanece um desafio enfrentado pelos profissionais envolvidos nessa tarefa. A unidade de ensino à distância de uma Instituição de Ensino Superior na Zona da Mata Mineira criou um novo conceito de aula visando a ensejar o ensino-aprendizagem de um surdo estudante de ciências exatas, denominada aula sinalizada. O percurso metodológico da construção dessa nova ferramenta foi através de referencial teórico, grupos de estudos e visitas técnicas. O processo de construção desse material consiste em cinco fases. Na primeira, o professor disponibiliza o roteiro e outros materiais da disciplina para a equipe. Na segunda, é construída a glosa (FERREIRA BRITO, 1995) baseada no material. Na terceira, os surdos e intérpretes revisam a glosa e oferecem soluções aos problemas identificados. Na quarta fase, a equipe produz um audioguia e inicia as gravações das aulas sinalizadas. Na quinta e última fase, o material é finalizado e é disponibilizado ao aluno. A construção da aula sinalizada foi um grande desafio para a metodologia de ensino para surdos, pois, como ficou evidenciado, trata-se de um método que, apesar de eficaz, mobiliza vários agentes. O desenvolvimento desses materiais, além de proporcionar ao surdo uma real aprendizagem do conteúdo, proporciona também uma maior proximidade e integração ao cotidiano universitário.
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