ORALIDADE E ENSINO DE LÍNGUA MATERNA NO BRASIL E EM PORTUGAL: BREVE PANORAMA / Orality and mother language teaching in Brazil and Portugal: brief overview

Resumo

Por tradição, em contexto de ensino e de aprendizagem da língua materna, tem-se verificado a hegemonia de uma perspectiva grafocêntrica da língua e da sua aprendizagem (SILVA et al. 2011, p. 7). A tomada de palavra, o falar, permite ao indivíduo dar opiniões, criticar, expor factos, discordar, defender-se, entre tantas outras possibilidades. É necessário que a abordagem do oral, em sala de aula, seja uma abordagem que projete o aluno para um perfil autônomo e com a capacidade de usar a língua em todas as situações. Assim, tendo consciência de que a oralidade constitui uma competência determinante para a integração e promoção social dos indivíduos, este artigo assume como objetivo orientador discutir o tratamento dado à oralidade no ensino de língua portuguesa como língua materna nos contextos brasileiro e português, a partir da retomada das documentações oficiais para o ensino obrigatório, de alguns que estejam ligados à elaboração de estratégias didáticas já desenvolvidos nos dois países, à análise de materiais didáticos ou às documentações oficiais para o ensino obrigatório. O foco coloca-se nas questões sobre o que ensinar e como ensinar. Para isso, utilizaremos como base a abordagem textual e discursiva por meio de autores que tratam da oralidade como objeto de estudo (MARCUSCHI, 2001; KOCH; ELIAS, 2006; 2009; AMOR, 2006; FIGUEIREDO, 2011) e metodologicamente utilizaremos uma perspectiva qualitativa bibliográfica, em que exploraremos as pesquisas sobre o tema a fim de efetuarmos um panorama do desenvolvimento deste domínio nos dois países.