VARIAÇÃO CONSTRUCIONAL EM PERSPECTIVA: PREDICAÇÃO VERBAL / Constructional variation in perspective: verbal predication
DOI:
https://doi.org/10.12957/pr.2020.52656Palavras-chave:
Linguística Cognitivo-Funcional, Sociolinguística, Gramática de Construções, predicação, aloconstruções.Resumo
Mobilizam a problematização aqui feita: (i) a relação de associação entre usos de certos predicadores ou predicações verbais, (ii) a necessidade de representação do fenômeno de variação na Gramática de Construções do Português, (iii) a tensão entre iconicidade e arbitrariedade. Para a descrição a ilustrar o ponto de vista aqui em foco, contamos com síntese de resultados de investigações empíricas sobre usos licenciados por certas construções de predicação, alguns dos quais nem sempre perfilados em descrições do Português. Para a discussão que esperamos estimular a partir desta problematização, contamos com conceitos teóricos como: (quase) sinonímia, variação linguística, o problema de condicionamentos/restrições (ligado a preempção estatística), perspectiva, construção. Ilustramos variação recorrendo a três tipos de predicação: predicação de mudança de estado ou propriedade; predicação transitiva com pronome se; predicação de início com verbo suporte. Atributos relativos a contextualidade operam na relação de atração das variantes ficar, virar e tornar-se à proposição predicativa de mudança, na ativação de variantes semânticas em predicações transitivas com pronome clítico se e no acionamento de predicados complexos que expressam, por similaridade, estado de coisas inceptivo. Defendemos a necessidade de um olhar construcionista que considere combinação de construções em construções suprassentenciais ou textuais-discursivas, bem como mapeamento e representação da realidade socio-cognitiva-linguística menos homogeneizante, uma vez que a língua seja perspectivada como diassistema e, então, se (re)configure em inúmeras práticas discursivas em diversas comunidades. Nesse horizonte, ganha relevo a concepção de relação gradiente entre indexicalidade, iconicidade e arbitrariedade.
Mobilizam a problematização aqui feita: (i) a relação de associação entre usos de certos predicadores ou predicações verbais, (ii) a necessidade de representação do fenômeno de variação na Gramática de Construções do Português, (iii) a tensão entre iconicidade e arbitrariedade. Para a descrição a ilustrar o ponto de vista aqui em foco, contamos com síntese de resultados de investigações empíricas sobre usos licenciados por certas construções de predicação, alguns dos quais nem sempre perfilados em descrições do Português. Para a discussão que esperamos estimular a partir desta problematização, contamos com conceitos teóricos como: (quase) sinonímia, variação linguística, o problema de condicionamentos/restrições (ligado a preempção estatística), perspectiva, construção. Ilustramos variação recorrendo a três tipos de predicação: predicação de mudança de estado ou propriedade; predicação transitiva com pronome se; predicação de início com verbo suporte. Atributos relativos a contextualidade operam na relação de atração das variantes ficar, virar e tornar-se à proposição predicativa de mudança, na ativação de variantes semânticas em predicações transitivas com pronome clítico se e no acionamento de predicados complexos que expressam, por similaridade, estado de coisas inceptivo. Defendemos a necessidade de um olhar construcionista que considere combinação de construções em construções suprassentenciais ou textuais-discursivas, bem como mapeamento e representação da realidade socio-cognitiva-linguística menos homogeneizante, uma vez que a língua seja perspectivada como diassistema e, então, se (re)configure em inúmeras práticas discursivas em diversas comunidades. Nesse horizonte, ganha relevo a concepção de relação gradiente entre indexicalidade, iconicidade e arbitrariedade.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais dos artigos publicados Pensares em Revista pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Pensares.
Os artigos publicados são de acesso público, de uso gratuito, com atribuição de autoria obrigatória de acordo com o modelo de licenciamento Creative Commons 4.0 adotado pela revista.
The Copyright of the published articles in Pensares Journal belong to the respective author(s), with the rights of first publication assigned to Pensares.
The published articles are of public access, free of charge, with attribution of obligatory authorship according to the Creative Commons 4.0 licensing model adopted by the journal.
A Pensares em Revista está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Pensares Journal is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License (Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional).