Violência obstétrica: uma revisão integrativa [Obstetric violence: integrative review] [Violencia obstétrica: una revisión integradora]

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/reuerj.2019.45746

Palavras-chave:

Violência contra a mulher, Parto humanizado, Trabalho de parto, Enfermagem obstétrica

Resumo

Objetivo: revisar pesquisas brasileiras, identificando os tipos de violência obstétrica, possíveis causas observadas e o papel do enfermeiro nesse cenário. Método: revisão integrativa realizada em 2018, com artigos brasileiros selecionados na Biblioteca Virtual em Saúde. Resultados: revisados 16 artigos publicados entre 2004 e 2018. A violência obstétrica pode ser associada a: ofensa verbal e psicológica, expropriação do corpo feminino, privação de acompanhante, falta de informações, privação dos movimentos, banalização da dor e falta de privacidade. Possíveis causas: despreparo institucional e profissional, autoritarismo/hierarquização profissional, medicalização da assistência, nível socioeconômico e escolaridade das mulheres, e negação ou não reconhecimento da violência obstétrica. Conclusão: a enfermeira obstétrica pode contribuir para a redução dessa violência. São necessários mais investimentos na formação dessas profissionais e proporcionar assistência de qualidade no pré-natal e parto.

ABSTRACT

Objective: review Brazilian researches, identifying the types of obstetric violence, possible causes observed and the role of nurses in this scenario. Method: integrative review realized in 2018, with Brazilian articles selected from the Virtual Health Library. Results: obstetric violence can be associated with: verbal and psychological offense, expropriation of the female body, deprivation of companion, lack of information, deprivation of movement, trivialization of pain, and lack of privacy. Possible causes: institutional and professional unpreparedness, authoritarianism/professional hierarchy, medicalization of care, women’s socioeconomic status and education, and denial or non-recognition of obstetric violence. Conclusion: the obstetric nurse can contribute to the reduction of this violence. More investments are needed in the formation of these professionals and provide quality assistance in prenatal and delivery obstetric.

RESUMEN

Objetivo: revisar las investigaciones brasileñas, identificando los tipos de violencia obstétrica, las posibles causas observadas y el papel del enfermero en este escenario. Método: revisión integradora realizada en 2018, con artículos brasileños seleccionados de la Biblioteca Virtual en Salud. Resultados: la violencia obstétrica puede estar asociada con: ofensa verbal y psicológica, expropiación del cuerpo femenino, privación de compañero, falta de información, privación de movimiento, trivialización del dolor y falta de privacidad. Posibles causas: falta de preparación institucional y profesional, autoritarismo / jerarquía profesional, medicalización de la asistencia, nivel socioeconómico y escolaridad de las mujeres y negación o no reconocimiento de la violencia obstétrica. Conclusión: la enfermera obstétrica puede contribuir para la reducción de esta violencia. Se necesitan mas inversiones  en la formación de estas profesionales y proporcionar una asistencia de calidad en prenatal y parto.

Biografia do Autor

Ana Clara Alves Tomé de Souza, Escola de Enfermagem Universidade Federal de Minas Gerais

Enfermeira. Graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG (2016). Residente do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica – Modalidade Residência, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG

Pedro Henrique Campolina Silva Lucas, Escola de Enfermagem Universidade Federal de Minas Gerais

Enfermeiro. Graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG (2016).

Tahbatha Costa Lana, Escola de Enfermagem Universidade Federal de Minas Gerais

Enfermeira, graduada pelo Centro Universitário Una (2015). Especialista em Enfermagem obstétrica. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG

Sheila Rubia Lindner, Universidade Federal de Santa Catarina.

Enfermeira. Doutora. Professora adjunta. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil.

Torcata Amorim, Escola de Enfermagem Universidade Federal de Minas Gerais

Enfermeira. Doutora. Especialista em Enfermagem Obstétrica. Professora adjunta. Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública, Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Mariana Santos Felisbino-Mendes, Escola de Enfermagem Universidade Federal de Minas Gerais

Enfermeira, graduada pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (2007), bacharelado e licenciatura. Mestre em Saúde e Enfermagem pela UFMG (2009). Doutora em Enfermagem pela UFMG (2013) com período sanduíche na Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan. Atualmente, Professora Adjunta da Escola de Enfermagem da UFMG, no Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública e docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (nível Mestrado). Vice líder do grupo de pesquisa NIEPE - Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Epidemiologia da EEUFMG/CNPq, pesquisadora do centro colaborador do VIGITEL e colaboradora da rede internacional e nacional de pesquisadores do Estudo Global Burden of Disease (GBD). Atua na Secreteraria Executiva da BVS Enfermagem e no curso internacional de treinamento em pesquisa na área da Saúde Sexual e Reprodutiva da GFMER/WHO. Tem experiência em Saúde da Mulher, Saúde Reprodutiva, Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Saúde Coletiva e Epidemiologia, com ênfase em análise de dados com amostras complexas (tipo DHS).

Publicado

03.04.2020

Como Citar

Alves Tomé de Souza, A. C., Campolina Silva Lucas, P. H., Costa Lana, T., Rubia Lindner, S., Amorim, T., & Felisbino-Mendes, M. S. (2020). Violência obstétrica: uma revisão integrativa [Obstetric violence: integrative review] [Violencia obstétrica: una revisión integradora]. Revista Enfermagem UERJ, 27, e45746. https://doi.org/10.12957/reuerj.2019.45746

Edição

Seção

Artigos de Revisão