Consumo regular de alimentos ricos em compostos bioativos e nutrientes antioxidantes e estado cognitivo de idosos

Autores

  • Joziane Aparecida Zionko
  • Viviane Neusa Scheid
  • Thalia Fernanda Naszeniak
  • Gabriella Aparecida Vieira
  • Carla Zanelatto
  • Eloá Angélica Koehnlein Universidade Federal da Fronteira Sul http://orcid.org/0000-0001-6836-7309

DOI:

https://doi.org/10.12957/demetra.2022.53955

Palavras-chave:

Envelhecimento. Demência. Consumo Alimentar.

Resumo

Introdução: A prevalência das patologias relacionadas ao envelhecimento aumentou consideravelmente, e a nutrição constitui um importante fator de risco modificável. Objetivo: Avaliar o estado cognitivo e a frequência de consumo de alimentos ricos em compostos bioativos e nutrientes antioxidantes em idosos. Métodos: Participaram da pesquisa idosos da região sudoeste do Paraná. Coletaram-se dados sociodemográficos e clínicos. Avaliou-se o estado cognitivo através do Miniexame do Estado Mental (MEEM), e o consumo de frutas, legumes, leguminosas e oleaginosas foi avaliado por meio de um questionário de frequência de consumo alimentar. Analisaram-se os dados utilizando estatística descritiva e regressão logística. Amostra composta por 82 idosos, predominantemente feminina, com baixa escolaridade e renda. A avaliação do estado cognitivo e da independência na realização das atividades diárias demonstrou que 20,7% da amostra apresentou declínio cognitivo e 13,4% possuíam dependência na realização de atividades cotidianas. Resultados: Os idosos avaliados apresentaram baixo consumo regular de frutas (75,6%), hortaliças (65,9%), leguminosas (67,1%) e especialmente oleaginosas (8,5%). No modelo de análise de regressão logística ajustado para sexo, idade, arranjo domiciliar, renda e escolaridade, os idosos que apresentaram consumo irregular de hortaliças possuíram 5,04 vezes mais chances de desenvolver declínio cognitivo, enquanto no modelo que incluiu, além das variáveis supracitas, atividade física e fatores de risco clínicos para declínio cognitivo, eles apresentaram 6,19 vezes mais chances. Conclusão: O presente estudo apontou que a amostra apresentou um percentual importante de declínio cognitivo, baixo consumo regular de alimentos variados dos grupos das frutas, hortaliças, leguminosas e oleaginosas, sendo que o consumo irregular de hortaliças influenciou em maiores chances de os idosos apresentarem comprometimento cognitivo.

Publicado

2022-01-28

Como Citar

Zionko, J. A., Scheid, V. N., Naszeniak, T. F., Vieira, G. A., Zanelatto, C., & Koehnlein, E. A. (2022). Consumo regular de alimentos ricos em compostos bioativos e nutrientes antioxidantes e estado cognitivo de idosos. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 17, e53955. https://doi.org/10.12957/demetra.2022.53955

Edição

Seção

Nutrição Básica e Experimental