AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA DIETA DE ESCOLARES POR SEUS PAIS E/OU RESPONSÁVEIS
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2013.5344Resumo
O objetivo deste trabalho foi caracterizar a avaliação dos pais e responsáveis quanto à qualidade da dieta de crianças matriculadas no 1° ao 5° ano, e sua associação com variáveis socioeconômicas, demográficas e comportamentos relacionados à saúde da criança e do responsável. Trata-se de estudo transversal com alunos da rede municipal de Itajaí, Santa Catarina, realizado de junho a agosto de 2011. O perfil socioeconômico, os hábitos relacionados à saúde e o comportamento alimentar foram avaliados por questionário estruturado e de frequência de consumo alimentar (QFCA). Foram avaliadas 523 crianças (89,9%), com idade média de 8,5 anos (+1,52 anos). Dos responsáveis, 19,3% (IC 95% 15,93; 22,8) avaliaram como negativa a qualidade da dieta dos escolares. Dentre as crianças que tiveram a dieta percebida pelo responsável como de melhor qualidade, observou-se maior frequência de realização do desjejum (6,1 versus 5,2 dias, p<0,001), e de maior número de refeições ao dia (5,5 versus 5,04, p=0,027 (IC 95%: 4,72; 5,37). Após análise ajustada, a realização de refeições habitualmente em frente à televisão, o consumo de frutas e hortaliças, a presença de constipação, o uso de medicamentos e a avaliação desfavorável da saúde infantil pelo responsável permaneceram associados à percepção mais negativa da dieta pelos pais. Neste estudo, os pais caracterizaram a melhor qualidade alimentar como aquela que contemplou mais alimentos de origem vegetal (alimentos protetores) e foi realizada mais vezes ao dia, associada à melhor avaliação da saúde infantil.
DOI 10.12957/demetra.2013.5344
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