“O MOVIMENTO NÃO FOI EM VÃO”
NARRATIVAS DE ESTUDANTES PARTICIPANTES DO MOVIMENTO DE OCUPAÇÕES UNIVERSITÁRIAS DE 2016
DOI:
https://doi.org/10.12957/e-mosaicos.2024.79754Palavras-chave:
Primavera estudantil, Hermenêutica objetiva, Narrativas estudantisResumo
O movimento estudantil brasileiro, tanto no que tange ao secundarista como no universitário, pode ser visto como agente relevante de contestação e de vanguarda em busca de modificações educacionais e sociais. Notadamente, um dos grandes aspectos que mereceu destaque nacional foram os movimentos de ocupação estudantil nas instituições de ensino, escolas secundaristas e universidades, ocorridos nos anos de 2015 e 2016. Assim, o presente manuscrito visa analisar as contribuições do movimento de ocupação estudantil, ocorrido em 2016 na Universidade Federal do Ceará (UFC), para seus partícipes, a partir da visão de seus próprios integrantes. Como método, foi utilizada a narrativa de experiências do vivido, através de análises de entrevistas feitas com ex-alunos participantes das ocupações de 2016. As entrevistas obtidas foram transcritas e submetidas à análise de dados com base na Hermenêutica Objetiva, um método analítico utilizado para a investigação das interações sociais. As reflexões desse estudo indicam que apesar de serem construídas em um mesmo contexto, há uma visão singular e uma experiência única de cada estudante, que se somam a uma proposta de luta coletiva. Os relatos aqui explicitados afirmam o impacto que o movimento obteve sobre a comunidade acadêmica, as instituições ocupadas, os governantes vigentes e, principalmente, na inter-relação entre o individual estudantil e o coletivo do movimento dessas juventudes.
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