Prevalência de hipofosfatemia e risco de síndrome de realimentação em idosos internados em uma unidade de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2021.53791Palabras clave:
Síndrome de realimentação. Hipofosfatemia. Unidades de Terapia Intensiva. Idosos. Terapia Nutricional.Resumen
Introdução: A presença de hipofosfatemia é fortemente relacionada à ocorrência de síndrome de realimentação em pacientes críticos, na qual um dos principais grupos de risco é a população idosa. Objetivos: Avaliar a prevalência de hipofosfatemia e o risco de síndrome de realimentação em idosos internados em uma unidade de terapia intensiva. Métodos: Estudo observacional prospectivo, realizado numa unidade de terapia intensiva com pacientes idosos de ambos os sexos e em uso de terapia nutricional enteral. Foram coletados dados demográficos, clínicos e exames bioquímicos, e realizadas triagem e avaliação nutricional. As necessidades nutricionais foram calculadas e adotou-se o ponto de corte de 90% para estabelecer a adequação da oferta calórica. Para avaliar o risco e a ocorrência de síndrome de realimentação, foram utilizados os critérios propostos pelo grupo NICE. A análise estatística foi realizada com o auxílio do programa SPSS 13.0, com um intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: Foram estudados 44 pacientes, dos quais 34,1% estavam em magreza; 86,4% dos pacientes iniciaram a terapia nutricional enteral em até 48 horas, com 43,2% de adequação calórica em até 72 horas. A hipofosfatemia foi encontrada em 9,1% dos pacientes na admissão e em 29,5% após o início da dieta. Com isso, 88,6% dos pacientes apresentaram algum risco para desenvolver síndrome de realimentação e 40,9% deles manifestaram a síndrome. Conclusão: Foi identificada elevada prevalência de hipofosfatemia após o início da terapia nutricional. Além disso, o risco de desenvolver síndrome de realimentação foi elevado e sua manifestação se assemelha aos dados encontrados na literatura.
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