Evolução temporal de exames bioquímicos em mulheres privadas de liberdade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/demetra.2020.44290

Palavras-chave:

Dislipidemias. Diabetes Mellitus. Prisões. Saúde da mulher. Nutrição de grupos de risco.

Resumo

Objetivo: Investigar a evolução de parâmetros bioquímicos em mulheres privadas de liberdade. Métodos: Estudo observacional, prospectivo, envolvendo a totalidade da população feminina encarcerada em regime fechado de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Foram comparados exames bioquímicos (glicemia de jejum, colesterol total, triglicerídeos, LDL-c, HDL-c, não-HDL-c), realizados nos anos de 2012 (n=180) e 2015 (n=89), por meio dos testes de Mann-Whitney, Wilcoxon e Qui-quadrado. Resultados: Verificou-se elevada prevalência de HDL-c baixo, de Não HDL-c elevado e de hipertrigliceridemia isolada em ambos os anos do estudo. Após três anos de encarceramento, a coorte de detentas apresentou elevação nas concentrações da glicemia de jejum (62,2mg/dL para 87,9mg/dL, p<0,001), colesterol total (163,3mg/dL para 184,9mg/dL, p=0,007), não-HDL-c (120,8mg/dL para 138,2mg/dL, p=0,023), triglicerídeos (96,7mg/dL para 150,2mg/dL, p=0,024) e HDL-c (42,5mg/dL para 46,7mg/dL, p=0,012). Conclusão: Durante o encarceramento, ocorreram importantes alterações bioquímicas que podem favorecer o desenvolvimento e agravamento de doenças crônicas não transmissíveis, evidenciando a necessidade de intensificar as ações de saúde no ambiente prisional.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Publicado

2020-03-30

Como Citar

1.
Viana Bagni U, Pires Martins YG, Silva de Lima AK, Oliveira Medeiros N, Dias Inocêncio Barbosa AP, Pereira Soares Silva N. Evolução temporal de exames bioquímicos em mulheres privadas de liberdade. DEMETRA [Internet]. 30º de março de 2020 [citado 1º de maio de 2025];15:e44290. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/demetra/article/view/44290

Edição

Seção

Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva