a filosofia da libertação para/com crianças: em busca da libertação e a criação de um povo sem idade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/childphilo.2024.80981

Palavras-chave:

filosofia da libertação, infantilismo, filosofia para/com crianças, libertação, povo

Resumo

Desde sua origem, a filosofia da libertação tem tido um aspecto tanto crítico quanto criativo. O primeiro busca examinar criticamente a dominação, a dependência e os efeitos permanentes da colonização. O segundo busca criar e recriar a libertação dos povos, desenvolvendo e reconstituindo modos de existir, imaginar, pensar e filosofar que superem os modos coloniais de existir, imaginar, pensar e filosofar. Logo, para a filosofia da libertação, a libertação dos povos se distingue das noções de emancipação e liberdade que escondem a realidade sob processos de ideologização. Um exemplo desse último é a noção moderna de emancipação. Neste trabalho, proponho abordar a função crítica e criativa da filosofia da libertação a partir de uma ótica infantilista, que não só considere as vozes das crianças, mas que também supere a visão moderna e adultista de emancipação. Isso será particularmente importante para continuar o legado da filosofia da libertação e sua missão de criticar e criar a partir da participação política e filosófica das vítimas dos processos de ideologização. Desse legado fazem parte as crianças, que, ao se envolverem em práticas pedagógicas de libertação, atuam como um povo, um ator político coletivo sem idade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Allen, A. (2015). Emancipation without Utopia: Subjection, Modernity, and the Normative Claims of Feminist Critical Theory. Hypatia, 30(3), 513–529. https://doi.org/10.1111/hypa.12160

Beorlegui, C. (2010). Historia del pensamiento filosófico latinoamericano: Una búsqueda incesante de la identidad (3rd ed., Vol. 34). Publicaciones de la Universidad de Deusto.

Biswas, T., Wall, J., Warming, H., Zehavi, O., Kennedy, D., Murris, K., Kohan, W., Saal, B., & Rollo, T. (2023). Childism and philosophy: A conceptual co-exploration. Policy Futures in Education, 22(5), 741–759. https://doi.org/10.1177/14782103231185178

De la Garza, M. (2018). Education for Liberation. In M. Laverty & M. Gregory (Eds.), In community of inquiry with Ann Margaret Sharp: childhood, philosophy and education. Routledge.

Dussel, E. D. (1973). Para una ética de la liberación latinoamericana Tomo I. Siglo XXI Argentina Editores S. A.

Dussel, E. D. (1985). Philosophy of Liberation (A. Martinez & C. Morkovsky, Trans.). Orbis Books.

Dussel, E. D. (1993). 1492: El Encubrimiento del Otro: Hacia el origen del mito de la modernidad. Nueva Utopía.

Dussel, E. D. (2008). Twenty theses on politics. Duke University Press.

Dussel, E. D. (2016). Transmodernidad e interculturalidad. Astrágalo. Cultura de La Arquitectura y La Ciudad, 21, 31-54. https://doi.org/10.12795/astragalo.2016.i21.02

Ellacuría, I. (1985). Función liberadora de la filosofía. Estudios Centroamericanos (ECA). 45-64.

Ellacuría, I. (2013). The Liberating Function of Philosophy. In M. E. Lee (Ed.), Ignacio Ellacuría: Essays on History, Liberation, and Salvation (pp. 93–119). Orbis Books.

Freire, P. (2005). Pedagogy of the Oppressed (M. Bergman Ramos, Trans.). Continuum.

Funston, J. (2017). Toward a Critical Philosophy for Children. PSU McNair Scholars Online Journal, 11(1), 1–17. https://doi.org/10.15760/mcnair.2017.05

Kohan, W. O. (2011). Childhood, Education and Philosophy: Notes on Deterritorialisation. Journal of Philosophy of Education, 45(2), 339-357.

Kohan, W. O. (2015). Inventar o errar al filosofar con niñas y niños en América Latina: Lecciones de una maestra. Revista Internacional de Filosofía Aplicada, 6, 147–160.

Kohan, W. O. (2018). Paulo Freire and Philosophy for Children: A Critical Dialogue. Studies in Philosophy and Education, 37(6), 615–629.

Kohan, W. O. (2020). Paulo Freire: otras infancias para la infancia. Praxis & Saber, 11(25), 279–316. https://doi.org/10.19053/22160159.v11.n25.2020.10482

Lipman, M. (1988). Philosophy goes to school. Temple University Press.

Lipman, M., Sharp, A. M., & Oscanyan, F. S. (1980). Philosophy in the classroom. Temple University Press.

Lugones, M. (2008). The Coloniality of Gender. Worlds & Knowledges Otherwise, 1–17.

Mignolo, W. (2010). Desobediencia epistémica. Retórica de la modernidad, lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad. Del Signo.

O’ Gorman, E. (1995). La invención de América. Fondo de cultura económica.

Padilla Rosas, E. J. (2023a). From Neutrality to Intentionality: Notes for a Philosophy of Liberation for/with Children. Analytic Teaching and Philosophical Praxis, 43(1), 15–25. Retrieved from https://journal.viterbo.edu/index.php/atpp/article/view/1226

Padilla Rosas, E. J. (2023b). U.S. Americanization in Puerto Rico’s Public Schools: Proposing Children’s Self-Organization for Decoloniality Through Photovoice and Philosophy for/with Children. Analytic Teaching and Philosophical Praxis, 43(2), 1–11. Retrieved from https://journal.viterbo.edu/index.php/atpp/article/view/1233

Quijano, A. (2000). Coloniality of power and Eurocentrism in Latin America. International Sociology, 15(2). https://doi.org/10.1177/0268580900015002005

Rodríguez, S. (2004). Inventamos o erramos. Monte Ávila Editores Latinoamericana.

Rollo, T. (2020). Child as Other/Stranger. In The SAGE Encyclopedia of Children and Childhood Studies (Vol. 4, pp. 207–208). SAGE Publications, Inc., https://doi.org/10.4135/9781529714388

Sharp, M. A. (2004). And the Children Shall Lead Them. International Journal of Applied Philosophy, 18(2), 177–187.

Silva, G. (2019). Liberation Philosophy. In Latin American and Latinx Philosophy (pp. 137–160). Routledge.

Sofiste, J. G. (2010). Freire e Lipman. Possibilidades e limites de uma aproximação. Revista Ética e Filosofia Política, 12(1), 71–87.

Todorov, T. (1984). The conquest of America: the question of the other. Harper & Row.

Tzul Tzul, G. (2018). Sistemas de gobierno comunal indígena: La organización de la reproducción de la vida. In M. P. Meneses & K. Bidaseca (Eds.), Epistemologías del Sur: epistemologias do Sul (pp. 385–396). CLASCO. https://doi.org/10.2307/j.ctvnp0k5d.19

Wall, J. (2022). From childhood studies to childism: reconstructing the scholarly and social imaginations. Children’s Geographies, 20(3), 257–270. https://doi.org/10.1080/14733285.2019.1668912

Downloads

Publicado

2024-09-30

Como Citar

PADILLA ROSAS, Erick Javier. a filosofia da libertação para/com crianças: em busca da libertação e a criação de um povo sem idade. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 20, p. 01–22, 2024. DOI: 10.12957/childphilo.2024.80981. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/80981. Acesso em: 1 maio. 2025.

Edição

Seção

dossier: "confronting adultcentrism in educational philosophies and institutions"