des-classificar pinóquio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/childphilo.2023.77224

Resumo

As Aventuras de Pinóquio é um dos poucos contos de fadas que não apenas resistiu ao teste do tempo, como também se tornou parte da cultura e, 139 anos depois, continua a ser recriado em versões literárias, cinematográficas, teatrais, plásticas e até mesmo pedagógicas. Neste artigo, tentamos abordar alguns dos silêncios que a Disney impôs a uma parte importante da história, deixando de fora, por exemplo, a questão da pobreza. Atualmente, nos perguntamos se um produto cultural como As Aventuras de Pinóquio pode desencadear conversas e reflexões com as crianças de hoje, e se as escolas podem se apropriar desse material para filosofar não só com os alunos, mas também com os adultos. Por que, em um mundo de malfeitores que roubam, trapaceiam, cozinham, vendem ou enforcam crianças, o olhar de reprovação se volta para uma criança que conta mentiras? Por quais experiências uma criança precisa passar para enxergar a si mesma como “má”? Quais são os riscos da classificação, por outro lado, tão necessária no conhecimento? Embora partamos de uma experiência realizada em uma escola na Cidade do México, a análise apresentada aqui se preocupa principalmente com o vínculo entre a(s) leitura(s) e a reflexão filosófica nessa história.

Biografia do Autor

Esther Charabati, Universidad NAcional Autónoma de México Facultad de filosofía y letras

Profesora investigadora titular de tiempo completo. Escritora

Referências

CALVINO, I. (1982). “Pinocho o las andanzas de un pícaro de madera”. In Correo de la UNESCO, junio 1982, año XXX. p. 12

CHARABATI, E. (2004). Las fantasías de Pinocho. México: Fundación para la Educación Colegio Hebreo Maguen David.

COLLODI, C. (2020). Las aventuras de Pinocho. México: Penguin Random House Editorial.

CHIROUTER, E. (2015). L’enfant, la litterature et la philosophie. Childhood & Philosophy, 11(22) 377-393.

HAZARD, P. (1989). Los libros, los niños y los hombres. La Habana, Cuba: Gente Nueva.

KOHAN, W. O.; WASKMAN, Vera. (2000). Filosofía para niños, Discusiones y propuestas. Brasil: Novedades educativas.

KOHAN, W. O. (2015). Inventar o errar al filosofar con niñas y niños en américa latina: lecciones de una maestra. Revista Internacional de Filosofía Aplicada, (6), 147-160.

LARROSA, J. (2003). Sobre la enseñanza de la filosofía (Elogio y repulsa de la filosofía en tiempos de crisis). Editorial FCE, México. pp. 553-565.

MANGUEL, A. (2003). “Cómo Pinocho aprendió a leer”. In Letras libres, 31 de diciembre de 2003. https://letraslibres.com/revista-espana/como-pinocho-aprendio-a-leer/2

MARTINS, F. (2021). Devir-Pinóquio da Educação. Rio de Janeiro: NEFI.

MEIRIEU, Ph. (2010). Frankenstein educador. Barcelona, España: Editorial Laertes.

MEIRIEU, Ph. (2020). Pedagogía: el deber de resistir (10 años después). Nueva edición revisada y aumentada. Ecuador: UNIPE.

MOMIGLIANO, A. (2022, 12 setimbero). The Politics of “Pinocchio”. The Atlantic. https://www.theatlantic.com/books/archive/2022/09/-pinocchio-carlo-collodi-book-disney-movie/671417/

PEREC, G. (1986). Pensar, clasificar. Trad. Carlos Gardini. Barcelona: Gedisa. pp. 108-126.

PORRAS CASTRO, S. (1992). En el centenario de Carlo Collodi. Pinocho ayer y hoy. Didáctica. Lengua y Literatura, 4, 207-216. RANCIERE. (2023, 20 de enero). Jacques Rancière: “Aucune institution n’émancipe les gens”. Philosophie magazine. https://www.philomag.com/articles/jacques-ranciere-aucune-institution-nemancipe-les-gens

RODARI, G. (2004). La imaginación en la literatura infantil. In Imaginaria, 125. www.imaginaria.com.ar/12/5rodari2.htm

RUBIO, C. (2009). De cuando Pinocho aprende valores. Una lectura de la novela de Collodi a la luz de las teorías de Shalom H. Schwartz y Leonardo Boff. Revista Electrónica Educare, XIII(1), 7-18.. http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=194114416002

SÁNCHEZ, J.A. (2002). Introducción. In Collodi, Carlo. Las aventuras de Pinocho. Madrid, España. Ediciones Akal.

TAYLOR, C. (1994). Le multiculturalisme. Différence et démocratie. France: Flammarion, Aubier.

WEST, R. (2002). The Real Life Adventures of Pinocchio. University of Chicago Magazine, 25(2). www.magazine.uchicago.edu/0212/features/puppet.html

Publicado

2023-10-25

Como Citar

Charabati, E. (2023). des-classificar pinóquio. Childhood & Philosophy, 19. https://doi.org/10.12957/childphilo.2023.77224

Edição

Seção

pesquisas / experiências