a arte e o afeto na inclusão escolar: potência e o pensamento não representativo
DOI:
https://doi.org/10.12957/childphilo.2018.30164Palavras-chave:
arte, afeto, inclusão escolar, Deleuze.Resumo
Este artigo tem o objetivo principal de investigar a arte e o afeto como possibilidade de potência em um devir deficiente, tendo como referencial teórico, principalmente, o pensamento de Deleuze (1978, 1995, 1997, 2002) e, Deleuze e Guattari (1992). A discussão se inicia pela formação conceitual da noção “afeto” (affectus) e seus outros componentes conceituais que envolvem a potência e o pensamento não representativo. Atualmente a inclusão escolar faz parte do registro de uma lógica representativa que codifica a experiência do sujeito e reduz sua potência afetiva. Nesse prisma, a arte pode ser uma maneira de ampliar a potência em um devir deficiente, uma vez que a experiência estética proporciona que os afetos se mobilizem para um olhar diferenciado na forma de perceber e viver a vida. O artigo aponta que os desafios para trabalhar a experiência estética em um devir deficiente, envolve o reconhecimento das desigualdades sociais, psicológicas entre outras, visto que a diferença tende a ser a concebida como algo que deve ser adaptada as sanções normativas da escola. Como resultado, acreditamos que, embora, a arte amplia o afeto não apenas naqueles sujeitos considerados possuidores de cultura, mas a apreciação depende de uma percepção sensível e, menos de um pensamento representativo.