perguntas-máquinas

Autores

  • rosana fernandes sardi

Resumo

Deleuze e Guattari afirmam em Mil Platôs que “as perguntas das crianças são mal compreendidas enquanto não se enxerga nelas perguntas-máquinas” (Mil Platôs, 1997, p. 42). Por perguntas-máquinas entende-se, aí, perguntas que se desenrolam em problemas e perseguem uma pergunta fundamental, que não se satisfaz e perdura através de todas as respostas. O que fazer com as perguntas-máquinas que as crianças fazem? Respondê-las? Fazê-las proliferar através de diálogos filosóficos? Como, porém, sair dos diálogos em grupo para experimentar outras possibilidades do pensar? Seria o caso de conduzir os estudantes a um pouco de solidão (como sugere Deleuze na letra “p” como professor do Abecedário), ao invés de promover apenas diálogos? Quem sabe a fala em demasia acabe por impedir o pensamento, ao invés de promovê-lo, já que muitas vezes segue-se falando, sem pausas, sem interrupções, sem o silêncio que convoca algo novo, algo que, enfim, valha à pena ser dito. Como, portanto, garantir, em uma aula de filosofia com crianças, momentos outros que não somente o da conversação, propiciando distintas oportunidades de expressão, de pensamento, de problematização? Palavras-chaves: Filosofia; criança; Gilles Deleuze

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Publicado

2010-04-27

Como Citar

sardi, rosana fernandes. (2010). perguntas-máquinas. Childhood & Philosophy, 3(6), pp. 227–240. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20519

Edição

Seção

artigos