imagens e infância, indiscerníveis territorialidades
DOI:
https://doi.org/10.12957/childphilo.2017.27995Parole chiave:
imagem, infância, filosofia da diferença, imagem-tempo.Abstract
É comum no campo da Educação que as imagens de infância, apresentadas dentro da lógica da representação, estejam subordinadas às dimensões complementares do Mesmo e do Semelhante, do Análogo e do Oposto. Configuram-se em adensamento da relação entre pensamento e imagem em que essa esmaga as potencialidades de as diferenças proliferarem. Parece ser necessário pensar na criação de uma zona em várias formas que não são identificadas; o comum a elas seria a indiscernibilidade. Neste texto, buscaremos outras possibilidades de infância ao tomar como referência imagens fotográficas e de produções fílmicas atentas à importância da modulação conceitual de infância aos acontecimentos e da sua relação com o meio inventivo, de criação. Apresentaremos territorialidades para a infância com imagens – fotografias do Almanaque ‘Eu sei tudo’ e algumas produções fílmicas de Tarkovski e Truffaut - desafiados por conceitos propostos por Gilles Deleuze ao estudar imagens do cinema, da pintura e os processos de singularização. Entre palavras e imagens, trabalhamos o conceito de infância juntamente com outros conceitos, mostrando como eles relacionam-se com todo um processo de produção de transformações. Ao final, o que se coloca como questão em aberto são as potências das imagens da infância como produtoras de um sujeito resultante de experimentações de intensidades.