fazendo nuvens com docentes e estudantes em meio à pandemia
DOI :
https://doi.org/10.12957/childphilo.2024.83771Mots-clés :
cartografia, nuvens, pandemia, escolaRésumé
O presente ensaio apresenta os resultados de uma dissertação de mestrado defendida no programa de pós-graduação em Psicologia Social e Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Realizada entre os anos de 2020 e 2022, em meio à eclosão da pandemia de Covid-19, a pesquisa acompanhou a realização do projeto de extensão Carta ao mundo de que vem, que visou a construção de uma carta coletiva, envolvendo estudantes e docentes de escolas de educação infantil e ensino fundamental do Rio Grande do Sul, Bahia e Portugal. A estratégia de aproximação dos estudantes e instituições se deu de forma remota, sendo a nuvem uma figura importante, a nuvem como repositório digital (armazena-se dados na nuvem) e como habitante do céu (disponível a quem se dispuser a olhar para cima). Este ensaio é situado a partir de duas perguntas: 1) “como pesquisar em tempos de pandemia?”; 2) “como produzir em coletivo com pessoas que não se conhecem?”. Na tentativa de responder a estas questões, busca-se mostrar alguns movimentos cartográficos da pesquisa, resultando em seis pistas anuviadas: 1) o que queremos salvar na nuvem?; 2) qual o sabor de uma nuvem?; 3) o que se passa numa nuvem?; 4) o que você está vendo nesta nuvem?; 5) como era o mundo antes da pandemia?; 6) como foi viver na escola durante a pandemia? Para além das respostas, interessa-nos o potencial de cada uma destas pistas, perguntas que, como nuvens, ainda pairam no ar.
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