“los dientes afilados de la vida prefieren la carne en la primera infancia”: etno-cartografiar con ojos de bestia

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.12957/childphilo.2020.48116

Palabras clave:

infancia, cine, etno-cartografía de pantalla, bestias.

Resumen

En este artículo, estamos dispuestos a ejercer una etno-cartografía de pantalla en agencia con la película Beasts of the southern wild (2012) dirigida por Benh Zeitlin. Nos embarcamos en un experimento cinematográfico que condujo a una escritura para artistar e infantilar (nuestras) formas de vida. Apostamos por el cine y la infancia como posibilidades de ensayar un tartamudeo del lenguaje para la creación de nuevos mundos y formas de vivir. Las imágenes del cine menos como representación y más como arte que propone la incompletitud, la fisura, un hueco en las apariencias. La infancia como ejercicio de diferenciación y resistencia a las narrativas dominantes en un contexto dado. La infancia como experiencia límite del/en el lenguaje, exponiendo incansablemente la condición humana frente al mundo. Así, acompañando al protagonista de la trama, la pequeña Hushpuppy, una niña de seis años residente de la 'Isla Charles Doucet', tratada todo el tiempo como “la Bañera”, nos estremecen las formas de vida allí presentes, consideradas bestiales y no reconocidas por los hombres de la ciudad. Hushpuppy, su padre y amigos se resisten a los intentos de destruir su existencia por parte de fuerzas estatales que intentan domesticarlos, imbuidos de la lógica en que los primitivos deben venir para la civilización, así como los niños deben convertirse en adultos.

Biografía del autor/a

marcos ribeiro de melo, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Doutor em Sociologia (PPGS / UFS), professor do Departamento de Psicologia (DPS / UFS) e do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Cinema (PPGCINE / UFS).

michele de freitas faria de vasconcelos, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Doutora em Educação (PPGEDU / UFRGS), professora do Departamento de Psicologia (DPS / UFS) e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI / UFS).

edson augusto de souza neto, Universidade Federal de Sergipe

Graduando em Psicologia (UFS) e aluno de iniciação científica (PICVOL / COPES / UFS)

Citas

AGAMBEN, Giorgio. Infância e história: destruição da experiência e origem da história. Belo. Horizonte: Editora UFMG; 2005.

BALESTRIN, Patrícia; SOARES, Rosângela “Etnografia de tela”: uma proposta metodológica. In: MEYER, Dagmar Estermann; PARAÍSO, Marlucy Alves (org.). Metodologias de pesquisas pós-críticas na educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2012, p. 87-110.

BALESTRIN, Patrícia. Le fate ignoranti: a sexualidade levada a sério. Bagoas-Estudos gays: gêneros e sexualidades, v. 4, n. 10, 2013. Disponível em: <https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/5376 >. Acesso em: 13 jan. 2019.

BAPTISTA, Luis Antonio dos Santos. Ética e barbárie de um gesto: a fragilidade servil da infância. In: RODRIGUES, Alessandro (org.). Crianças em dissidências: narrativas desobedientes da infância. Salvador: Editora Devires, 2018, p. 167-184.

BEASTS OF THE SOUTHERN WILD. Diretor: Benh Zeitlin. 2012. Fox Pictures. DVD (93 minutos).

CORAZZA, Sandra Mara. Des-ilusão tem futuro?: artistagem da infância.. In: COLOQUIO DO LEPSI IP/FE-USP, 4., 2002, São Paulo. Anais eletrônicos... Disponível em:<http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032002000400036&lng=pt&nrm=iso >. Acesso em: 27 jan. 2020.

___. Artistagens: filosofia da diferença e educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

DELEUZE, Gilles. Cinema 2: a imagem-tempo. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 2005.

DELEUZE, Gilles.; GUATARRI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Ed. 34, 1997.

ELIAS, Norbert. A Solidão dos Moribundos: seguido de Envelhecer e Morrer. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

FERNANDES, Cleudemar. Discurso e produção de subjetividade em Michel Foucault. LEDIF, v. 2, n. 1, p. 1-19, 2011. Disponível em: <http://pablo.deassis.net.br/wp-content/uploads/61106619-Discurso-e-producao-de-subjetividade-em-Michel-Foucault.pdf > . Acesso em: 12 de fev. de 2018.

HARAWAY, Donna J. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: HARAWAY, Donna J.; KUNZRU, Hari; SILVA, Tomás Tadeu (org.). Antropologia do ciborgue: as vertingens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p. 33-118.

JARDS MACALÉ. Pacto de sangue. Besta fera. Disponível em: <https://open.spotify.com/album/0fKrTiEu3rfpvmjduYvyE0?highlight=spotify:track:2eXhEkBSTzKkpJpPNf0fDd>. Acesso em: 13 de jul. de 2019.

KASTRUP, Virgínia et al. O funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo. Psicologia & sociedade, v. 19, n. 1, p. 15-22, 2007.

KASTRUP, Virgínia. O devir-criança e a cognição contemporânea. Psicologia: reflexão e crítica, v. 13, n. 3, p. 373-382, 2000.

KOHAN, Walter. Infância, estrangeiridade e ignorância: ensaios de filosofia e educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

LARROSA, Jorge. O enigma da infância. In: ___. Pegadogia Profana: danças, piruetas e mascarados. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p. 183-198.

LEMINSKI, Paulo. Toda poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

LOBO, Lilia Ferreira. Os infames da história: pobres, escravos e deficientes no Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, 2015.

NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. Editora Companhia das Letras, 1883/2011.

NIEZTSCHE, Friedrich. Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro. Porto Alegre: L&PM, 1886/2008.

OKINAWA. Diretor: Leigh Jason. 1952. Columbia Pictures. DVD. (63 minutos).

PELBART, Peter Pál. Vida e morte em contexto de dominação biopolítica. Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. São Paulo: IEA, 2008. Disponível em: <http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos/pelbartdominacaobiopolitica.pdf>. Acesso em: 13 de jun. de 2019.

RIAL, Carmem. Antropologia e mídia: breve panorama das teorias de comunicação. Revista Antropologia em primeira mão. Florianópolis: Programa de Pós Graduação em Antropologia Social, 2004.

ROLNIK, Suely. A hora da micropolítica (série Pandemia). São Paulo: Edições n-1, 2016.

SOUZA NETO, Edson Augusto; SANTOS, Anna Paula Silva; SANTOS, Geovanna Pirillo Canevalle dos; VASCONCELOS, Michele de Freitas Faria de. Balbuciando infâncias por meio da etnocartografia de tela. In: SILVA, Renato Izidoro da; NOGUEIRA, Adriana Dantas; FRANÇA, Lilian Cristina Monteiro (orgs.). Cinema e interdisciplinaridade: convergências, gêneros, discursos. 1. ed., vol. 3. Aracaju: Criação Editora, 2019. cap. 10, pp. 197-220.

VASCONCELOS, Michele de Freitas Faria de; MELO, Marcos Ribeiro de; OLIVEIRA, Roselusia Teresa de Morais. Imagens, narrativas, culturas infantis em “Abril despedaçado”: tateando um modo de olhar. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 21, p. 67-76, 2017. Disponível em: <https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/6333>. Acesso em 10 de dez. de 2019.

VASCONCELOS, Michele de Freitas Faria ; MELO, Marcos Ribeiro; SOUZA NETO, Edson Augusto. Etnocartografar com olhos rebeldes: infantilando imagens com “A Culpa é do Fidel”. Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, v. 29, n. 0, 2018. Disponível em: <https://seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/article/view/9633>. Acesso em: 13 jan. 2019.

VICENTE, Bruna Gabriela Correia; SILVA, Débora Cristina Santos e. A cartografia de Deleuze e Guattari como metodologia de pesquisa. IN: IV Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEG. 2018, Anápolis. Anais. Disponível em:< https://www.anais.ueg.br/ >. Acesso em 13 jan. 2019.

Publicado

2020-11-18

Cómo citar

melo, marcos ribeiro de, vasconcelos, michele de freitas faria de, & souza neto, edson augusto de. (2020). “los dientes afilados de la vida prefieren la carne en la primera infancia”: etno-cartografiar con ojos de bestia. Childhood & Philosophy, 16(36), 01–28. https://doi.org/10.12957/childphilo.2020.48116

Número

Sección

Dossier: Estudos da Infância: politizações e estesias