educando a si mesmos em uma era viciada em tecnologia.
DOI:
https://doi.org/10.12957/childphilo.2022.67647Palavras-chave:
educação e autodesenvolvimento, dimensionalidade crescente, diálogo e autodesenvolvimento, vício em tecnologia.Resumo
Neste artigo, argumentamos que, se é verdade que o autodesenvolvimento máximo é melhor tanto para os indivíduos quanto para a sociedade, e se é verdade que esse autodesenvolvimento está sendo seriamente restringido por forças tecnológicas ambientais ubíquas, então, claramente, os sistemas educacionais, uma vez que eles são os guardiões do “desenvolvimento” dos jovens, têm um imperativo moral de resistir às forças que diminuem o eu. Por outro lado, se não é verdade que “mais eu é sempre melhor”, que talvez a “bondade do ajuste” (goodness of fit) entre o eu e a sociedade seja ótima, então os sistemas educacionais são justificados em continuar a prestar pouca atenção às forças do autodesenvolvimento (ou falta dele). Em consonância com o argumento de Sherry Turkle (2011) de que as forças tecnológicas estão diminuindo o tipo de raciocínio reflexivo necessário para o autodesenvolvimento, argumentamos que, uma vez que trocas comunicativas são necessárias para o autodesenvolvimento, e um eu em constante desenvolvimento é necessário para um desenvolvimento cada vez mais profundo e um diálogo mais significativo (portanto, formando uma dialética), o fato de que a mídia social e outras formas de conexão tecnológica impedem um intercâmbio profundo e significativo tem sérias implicações. Especificamente, argumentamos que, na sociedade contemporânea de alta tecnologia (o que estamos chamando de Sociedade 2.0), a dialética entre eu (self) e comunicação está indo para o lado “errado”; que o diálogo genuíno está se tornando cada vez mais raro, o que, por sua vez, está resultando em “eus diminuídos”, o que, por sua vez, está resultando em cada vez mais complacência diante do intercâmbio comunicativo totalmente superficial. Começamos com uma visão geral do que queremos dizer com um “eu diminuído” e, em seguida, observamos como as mídias sociais, o vácuo de leitura, o robotismo, a comunicação coletiva e a diminuição do capital social estão resultando em "eus diminuídos". Como isso está resultando em uma sociedade “diminuída”, refletiremos se essas iniciativas educativas dialógicas que promovem o autodesenvolvimento estão, de fato, fazendo dodôs, ou seja, tornando os jovens inaptos para o meio em que se encontram. Em última análise, argumentamos que, se os educadores escolherem lutar contra as forças que diminuem o eu da Sociedade 2.0, eles precisam levar os eus (selves) a sério e envolver ativamente os jovens no diálogo com aqueles com pontos de vista opostos. Em última análise, os jovens na Sociedade 2.0 precisarão de toda a assistência que os educadores puderem reunir para combater as forças viciantes e literalmente entorpecentes de estar “felizmente” “sozinhos” e, em vez disso, escolher a opção mais arriscada e muitas vezes infeliz de mergulhar noprocesso de busca da verdade com várias coalizões de disposições.
Downloads
Referências
Adorno, Theodore. (1966). Education After Auschwitz. https://josswinn.org/wp-content/uploads/2014/12/AdornoEducation.pdf
Bernays, Edward. (2005). Propaganda. New York: Brooklyn.
Buber, Martin. (1958). I and Thou. 2nd ed. New York: Charles Scribner’s Sons.
Connell, Ryann. (2004). Rent-A-Doll Blows Hooker Market Wide Open. Mainichi Daily News, December 16. Available at: http://mdn.mainichi.co.jp/waiwai/0412/1216dool.html.
Dewey, John. (2007). Democracy and Education. Teddington, Eng.: Echo Library.
Dostoyevsky, Fyodor. (1912). The Brothers Karamazov. Trans. Constance Garnett. New York: Macmillan.
Dostoyevsky, Fyodor. (2001). The Grand Inquisitor. Existential Literature: An Introduction. Linda E. Patrik (ed). Belmont, CA: Wadsworth.
Frankfurt, Harry. (1971). Freedom of the Will and the Concept of a Person. The Journal of Philosophy. 68.1: 5–20. https://doi.org/10.2307/2024717
Frankl, Viktor E. (1985). Man’s Search for Meaning. New York: Pocket Books.
Gallup, Gordon G. (1977). Self-Recognition in Primates: A Comparative Approach to the Bidirectional Properties of Consciousness. American Psychologist, May, vol. 32, pp. 329-338.
Gardner, S. T. (1981). A Person's Concept of Person: A Developmental Model of Self. PhD thesis, Concordia University. Retrieved on December 12, 2021. Available at https://spectrum.library.concordia.ca/id/eprint/4607/1/NK49614.pdf
Gardner, Susan T. (1998). Philosophy for Children really works! A Report on a Two-Year Empirical Study. Critical and Creative Thinking. 6-1. pp. 1-11.
Gardner, Susan T. (2011). Taking Selves Seriously. Cultural Politics and Identity. Eds. B. Weber, H Karfriedrich, E. Marsal, T. Dobashi, P Schweitzer. Berlin: Lit Verlag, pp. 79-89.
Ginsberg, Herbert and Sylvia Opper. (1969). Piaget’s Theory of Intellectual Development: An Introduction. Inglewood Cliffs: Prentice Hall.
Huxley, Aldous. (1998). Brave New World. New York: Perennial Classics.
Lipman, M. (1991). Thinking in Education. New York. Cambridge University Press.
Le Bon, Gustave. (1894/2002). The Crowd: A Study of the Popular Mind. New York: Dover.
Levy, David. (2007). Love and Sex with Robots. New York: HarperCollins.
Oaklander, L. Nathan (ed.). (1996). Existential Philosophy: An Introduction. 2nd ed. Ed. L. Nathan Oaklander. Upper Saddle River, New Jersey: Prentice Hall.
Marcuse, Herbert. (1969). One-Dimensional Man. Boston: Beacon Press.
Maslow, A. H. (1943). "A theory of human motivation". Psychological Review. 50 (4): 370–96.
Mead. George H. (1934). On Social Psychology. Strauss, A. (ed.). Chicago: University of Chicago Press.
Mill, John Stuart. (1962). Utilitarianism and Other Writings. New York: New American Library.
Patrik, Linda E. (2001). Existential Literature: An Introduction. Belmont, CA: Wadsworth.
Peters, Tom. (2007). The Brand Called You. Fast Company, 31 Aug.
Available at http:// fastcompany.com/magazine/10/brandyou.html.
Piaget, J. (1969). The Mental Development of the Child, in J. Piaget, Six Psychological Studies. New York: Random House.
Putnam, Robert D. (2000). Bowling Alone: The Collapse and Revival of American Community. Simon & Schuster.
Riesman David, Nathan Glazer, and Reuel Denney. (1950). The Lonely Crowd. New Haven: Yale University Press.
Rogers, Kristen. (2019). US teens use screens more than seven hours a day on average -- and that's not including schoolwork. CNN, October 29. Available at https://www.cnn.com/2019/10/29/health/common-sense-kids-media-use-report-wellness/index.html
Turkle, Sherry. (2011). Alone Together: Why We Expect More from Technology and Less From Each Other. New York: Basic Books.
Wolf, Maryanne. (2018). Reader, Come Hone: The reading Brain in a Digital World. New York: Harper.