A gestão da saúde à luz da instabilidade de financiamento e das propostas de governo

um estudo de caso sobre Campos dos Goytacazes-RJ, 2009 a 2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/cdf.2024.87352

Palavras-chave:

Sistema Único de Saúde, Gestão municipal de saúde, Campos dos Goytacazes, Royalties, Políticas públicas

Resumo

Os serviços de saúde de Campos dos Goytacazes são marcados por uma série de dificuldades e problemas de gestão para alcançar a desejada condição de saúde e bem-estar da população. Este artigo tem por objetivo analisar os possíveis efeitos da redução dos recursos petrolíferos e dos diferentes modelos de gestão propostos nos programas de governo dos prefeitos sobre as políticas públicas de saúde no referido município, entre 2009 e 2020. A pesquisa é de natureza descritiva e adota instrumentos quantitativos e qualitativos, respectivamente para compreender as relações entre financiamento da saúde e as diferentes propostas de gestão para a saúde campista em 2012 e 2016. A pesquisa constatou que, entre 2009 e 2020, o financiamento da saúde do município foi impactado diretamente pelas flutuações, ora de alta, ora de baixa, das rendas de indenizações petrolíferas. Adicionalmente, verificou-se que as propostas de gestão da saúde para a cidade variaram principalmente em relação à ênfase à atenção primária. A redução das receitas extraordinárias, que foram mais significativas em 2016, e a alternância administrativa por meio do voto influenciaram a complexa rede de serviços prestados para a população pelo Sistema Único de Saúde, evidenciando que o financiamento e as propostas de gestão municipal são dois dos principais fatores que influenciam a saúde e o bem-estar da população.

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Biografia do Autor

Samuel Martins, Universidade Candido Mendes - Campos

Doutorando em Saúde Pública pela UCES - Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales - Argentina. Mestre em Planejamento Regional e Gestão da Cidade pela UCAM - Universidade Cândido Mendes. Bacharel em Administração de Empresas, Direito, Ciências Contábeis e em Administração Pública. Graduado em Gestão Hospitalar, Segurança no Trabalho, Gestão Logística, Gestão de Recursos Humanos e em Gestão Ambiental. Licenciatura em Pedagogia, História, Geografia, Ciências Biológicas e em Filosofia. Possui especializações lato-sensu na área de Saúde, Direito, Educação e Gestão. Trabalha a 24 anos na indústria de Petróleo, gás e energia, sendo 16 anos como funcionário de uma grande estatal, no qual ocupou função gerencial. Atuou também como Professor e Coordenador acadêmico de Graduação e Pós-Graduação

Lia Hasenclever, Universidade Candido Mendes - Campos

Graduado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1977), mestrado em Economia Industrial pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e doutorado em Programa de Pós Graduação Em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997). Atualmente é Coordenadora do Programa de pós Graduação em Planejamento Regional e Gestão da Cidade da Universidade Candido Mendes e Pesquisadora Associada da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Caroline Miranda, Universidade Candido Mendes - Campos

Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2016). Mestra em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2020). Doutora em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2023).

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Publicado

2024-12-23 — Atualizado em 2025-02-25

Como Citar

MARTINS, Samuel; HASENCLEVER, Lia; MIRANDA, Caroline. A gestão da saúde à luz da instabilidade de financiamento e das propostas de governo: um estudo de caso sobre Campos dos Goytacazes-RJ, 2009 a 2020. Cadernos do Desenvolvimento Fluminense, Rio de Janeiro, n. 27, 2025. DOI: 10.12957/cdf.2024.87352. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/cdf/article/view/87352. Acesso em: 16 mar. 2025.

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