PROBLEMAS DA LINGUÍSTICA NORMATIVA BRASILEIRA
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Resumo
Este artigo é um exercício de crítica epistemológica a essa abordagem aplicada das ciências da linguagem que chamo de Linguística normativa (LN). Aparentemente, postular a existência de um campo de estudos normativos no interior da Linguística soa como um paradoxo. Estamos acostumados a pensar na Linguística como uma ciência descritiva e que apenas a Gramática Tradicional é normativa. Meu objetivo é questionar a validade dessas classificações e apresentar alguns problemas que a Linguística cria ao tentar se impor como a autoridade legítima em matéria de políticas linguísticas. Tais problemas decorrem de contradições que inundam o campo da LN ao tentar aplicar a racionalidade positivista a problemas que são do âmbito das ciências sociais enquanto objetos de estudo, mas do campo da política quando vistos como práticas sociais. A diferença entre esses domínios é o fio condutor da análise dos problemas da LN, realizada em torno de quatro aspectos: as contradições epistemológicas da LN, as diferenças entre competência linguística e competência comunicativa, as relações entre padronização linguística e poder e os problemas da pedagogia da variação linguística. A problematização desenvolvida ao longo do texto permitiu avançar algumas conclusões relativas aos limites da ciência, que os linguistas normativos têm dificuldade em reconhecer.
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