GRAMÁTICA NA SALA DE AULA: PERCEPÇÃO DOCENTE E PERSPECTIVAS PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA
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Resumo
Contemplamos, neste artigo, a percepção de professores de língua portuguesa quanto à abordagem de tópicos gramaticais no livro didático (LD) e em sua prática pedagógica. Objetivamos analisar essa percepção e discutir perspectivas para a prática docente assentada em premissas funcionalistas associadas às orientações curriculares oficiais. Fundamentamo-nos na vertente norte-americana da Linguística Funcional (GIVÓN, 1995; FURTADO DA CUNHA; BISPO, 2013) e em sua interface com as diretrizes oficiais para o ensino de língua portuguesa no Brasil (BISPO; CORDEIRO; LUCENA, 2022). Desenvolvemos uma pesquisa quali-quantitativa e descritivo-interpretativista. Os resultados mostram, por um lado, que a maioria dos professores avalia positivamente o modo como o LD explora o conteúdo gramatical, mas vê como tradicional sua prática profissional; por outro lado, esses professores entendem a necessidade de mudanças tanto em sua atuação docente quanto no LD. Em termos da proposta funcionalista, demonstramos que o ensino de qualquer categoria gramatical deve tomar por referência o texto, considerá-lo como peça de interação e, nesse sentido, explorar todos os fatores que contingenciam sua produção e recepção. Além disso, devem ser examinadas, primeiramente, as propriedades funcionais da categoria focalizada e, em seguida, suas formas de manifestação linguística. Tais propriedades devem ser relacionadas ao conteúdo do texto, à construção de sentidos e ao(s) propósito(s) comunicativo(s) envolvido(s). A ideia é, portanto, estudar o fenômeno linguístico em seu funcionamento em texto(s) autêntico(s).
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