“AGORA INÊS É MORTA”: MARCAS (QUASE IRREVERSÍVEIS) DE FORMAÇÃO E DE AFETO EM CONTOS ILUSTRADOS PARA CRIANÇAS
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Partindo-se do pressuposto de que os bens culturais direcionados prioritariamente para crianças são instrumentos de socialização por meio dos quais são partilhados símbolos, estruturas comunicativas, comportamentos, crenças e valores, a composição verbo-visual dos textos ilustrados pode ser compreendida como arena propícia à problematização de temas relevantes para a infância e à inculcação de ideias referendadas por um grupo social. Para além do aspecto temático-ideológico, parece igualmente relevante destacar que, no conjunto formado pela palavra e pela imagem, são utilizadas estratégias discursivas especialmente voltadas para a captação do leitor iniciante e para a projeção persuasiva. Assim, neste artigo, pretende-se identificar estratégias verbo-visuais utilizadas para fazer saber, fazer crer e fazer sentir direcionadas à expressão do amor em narrativas cujo leitor preferencial é a criança. Para isso, propõe-se a análise dos contos ilustrados A lenda de Pedro e Inês, de Margarida Almeida e Margarida Lisboa Pina (Kadernu, 2014) e Inês, de Roger Mello e Mariana Massarani (Companhia das Letrinhas, 2015), nos quais se observam estratégias discursivas e poéticas utilizadas para a disseminação de um imaginário sensível. Fundamenta-se esta análise em Teorias da Literatura Infantil (COLOMER, 2017; RAMOS, 2011), na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso (CHARAUDEAU, 2007), na Sociologia da Comunicação (ESTEVES, 2016) e na Semiótica de base peirciana (PEIRCE, 2001; SANTAELLA; NÖTH, 2005).
Downloads
Detalhes do artigo
Ao submeter seus manuscritos para publicação em nossos periódicos, os autores concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento de sua autoria e da publicação inicial neste periódico.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de sua autoria e da publicação inicial neste periódico.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.