DISTOPIA E PÓS-APOCALIPSE EM PAISAGENS THE ELECTRIC STATE, DE SIMON STÅLENHAG
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Resumo
Ganhando considerável fama após a estreia da série Tales from the Loop pela Amazon Prime, o ilustrador sueco Simon Stålenhag, em entrevista para o The Guardian, confessou que escreveu o homônimo livro que inspirou a série devido a um incômodo com o tipo de história que o público projetava em suas pinturas. Para o autor, sua obra era futurista e não distópica, e a grande diferença residiria em que, no futurismo, há chocolate quente esperando por você em casa. A obra, profundamente marcada por um sentimento nostálgico de um narrador memorialista, aliada a uma estética retrofuturista, é capaz de recuperar uma relação com a tecnologia quase esquecida em um tempo de visões cada vez mais distópicas – ou apocalípticas – de qualquer futuro próximo. Dois anos depois do primeiro livro, Stålenhag lança Things from the Flood (2016), uma continuação de Tales from the Loop que, em alguma medida, desfaz parte de olhar nostálgico criado anteriormente. É, no entanto, apenas em 2017, ao lançar The Eletric State que Stålenhag se rende a uma visão distópica do mundo: deslocando sua história para um Estados Unidos alternativo de 1997, o autor nos mostra um país devastado por uma guerra tecnológica e em plenamente abandonado devido a um aparelho de realidade virtual que a permite a todos fugir de suas realidades precárias. Nas ruínas de uma distopia de consumo, se dá a jornada apocalíptica de Michelle e seu pequeno robô, em uma tentativa de fuga de um mundo moribundo. Buscamos, nesse trabalho, analisar de que forma o autor combina narrativa e pintura na construção de uma paisagem ao mesmo tempo distópica, pós-apocalíptica e retrofuturista, assim como refletir sobre a função complexa que a nostalgia estabelece nessa obra.
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Como Citar
SASSE, Pedro. DISTOPIA E PÓS-APOCALIPSE EM PAISAGENS: THE ELECTRIC STATE, DE SIMON STÅLENHAG. Abusões, Rio de Janeiro, v. 22, n. 22, 2023. DOI: 10.12957/abusoes.2023.73192. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/73192. Acesso em: 1 maio. 2025.
Seção
Distopia e Contemporaneidade

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