CONTOS DO LOOP E A RESISTÊNCIA À DISTOPIA CONTEMPORÂNEA
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Produções recentes como as séries Black Mirror (Netflix), Eletric Dreams (Amazon Prime) e Years and Years (BBC One) vêm alimentando o imaginário contemporâneo com visões distópicas da sociedade, nas quais ganham relevo discussões sobre a alienação, reificação, controle e vigilância potencializados pela tecnologia. Na contramão dessa forte tendência da ficção científica contemporânea, surge Contos do Loop, taxada pela mídia de anti-Black Mirror por sua abordagem humanizada, sensível e majoritariamente otimista da relação entre o homem e a tecnologia. Outro aspecto importante que opõe essa série a seus pares é a escolha da época em que se passa a narrativa: não no futuro, mas no passado, sendo, assim, um representante contemporâneo da vertente da ficção científica conhecida como retrofuturismo. Através de uma análise tanto da série quanto do livro que lhe serve de inspiração, Ur Varselklotet, de Simon Stålenhag, pretendemos mostrar como o retrofuturismo surge do mesmo contexto de crise que alimenta o imaginário distópico, projetando num passado nostálgico – mas crítico – visões de futuro que não mais encontram paridade com as expectativas contemporâneas.
Downloads
Não há dados estatísticos.
Detalhes do artigo
Como Citar
SASSE, Pedro; BOMFIM, Julliana. CONTOS DO LOOP E A RESISTÊNCIA À DISTOPIA CONTEMPORÂNEA. Abusões, Rio de Janeiro, v. 16, n. 16, 2021. DOI: 10.12957/abusoes.2021.56167. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/56167. Acesso em: 1 maio. 2025.
Seção
Gótico, Fantástico e Ficção Científica: séries cinematográficas, televisivas e de streamings

Os conteúdos da Revista Abusões estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.