Projeto ALI rural do Sebrae contribui para aumentar o faturamento e a produtividade de pequenos negócios rurais no Leste Maranhense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/sustinere.2024.86089

Palavras-chave:

Agricultura familiar, inovação, empreendedorismo, aculturamento, sustentabilidade

Resumo

A agricultura familiar é crucial para a economia brasileira, mas enfrenta desafios no Maranhão, como baixa produtividade e falta de assistência técnica. Este artigo avalia os efeitos do projeto ALI rural no faturamento e inovação de pequenos negócios rurais em Chapadinha, Maranhão. No primeiro ciclo do projeto, 15 produtores de cinco municípios foram acompanhados por sete meses em várias cadeias produtivas, como apicultura e fruticultura. A metodologia do ALI rural incluiu dez encontros, registrando o faturamento no início e final e usando a ferramenta Radar da Inovação para avaliar a maturidade em cinco dimensões. A dimensão de controles gerenciais mostrou a maior evolução: 50% dos produtores começaram a fazer controles financeiros e de produção, e os outros 50% aprimoraram seus processos. Dos 12 produtores acompanhados, dez (83%) tiveram dados para medir o faturamento inicial; 70% deles aumentaram o faturamento em média de 169%. Cerca de 33% lançaram novos produtos, 80% acessaram novos mercados e 58% ampliaram as vendas online. As inovações do projeto ajudaram a superar os desafios da sazonalidade produtiva. Embora a sazonalidade produtiva diminua o faturamento em negócios rurais, as inovações resultantes da aplicação da metodologia que constitui o projeto ALI rural do Sebrae auxiliam na superação desse gargalo.

Biografia do Autor

Paulo Junio Silva Damasceno , Agente de Inovação Local – N4 (ALI rural), Sebrae, Maranhão

Paulo é doutorando em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). Obteve seu mestrado em Ciência Animal (2023) e graduação em Zootecnia (2020) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), atuando como bolsista de iniciação científica pela FAPEMA entre 2016-2020 no Grupo GADLEITE UFMA/CCCH. Suas pesquisas se concentraram em forragicultura e nutrição de bovinos leiteiros. Como líder na empresa júnior AGROPEC JR (2015-2017), desenvolveu habilidades de gestão e liderança. Entre 2021 e 2024 atuou como Agente Local de Inovação Rural do projeto ALI Rural (Sebrae-MA), acompanhando 60 empresários rurais na implantação do processo de inovação de pequenos negócios na microrregião de Chapadinha-MA.Tem afinidade com Nutrição de Ruminantes, Forragicultura e Pastagens, e Administração Rural. Possui experiência prática em pesquisa e gestão da inovação para o agronegócio.

Rosa Amélia Dias Borges, Gerente da Unidade de Negócios do Sebrae em Chapadinha, Maranhão, Brasil

Possui Graduação em Agronomia pela Universidade Estadual do Maranhão-UEMA (1992) e Mestrado (1998) em Agronomia área de concentração Fitotecnia pela Universidade Federal do Ceará- UFC. Tem experiência com a coordenação e capacitação de jovens em projetos do Programa de Capacitação Solidária (1999 a 2001) desenvolvido em várias associações; instrutora do SENAR /MA na área de agronomia(2000 a 2003) ministrou vários cursos de Horticultura, Fruticultura e produção de Mudas para produtores rurais dos municípios do Maranhão. Desde 2005 integra a equipe de colaboradores da empresa SEBRAE /MA, através do cargo de Analista, atuando na gestão de projetos de atendimentos a empresários e empreendedores. Gerenciou a Unidade Regional do SEBRAE Pinheiro-MA durante o período de 2013 a março de 2017. Desde fevereiro de 2018 passou a fazer parte da equipe da Unidade de Políticas Públicas do SEBRAE- MA, atuando como gestora do Projeto Municipalização de Políticas de Desenvolvimento no Maranhão.

Deniz Sousa Costa, Analista na Unidade de Negócios do Sebrae em Chapadinha, Maranhão, Brasil

Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (2014). Especialização em Direito Penal e Processo Penal pela Estácio, atuou como especialista penitenciário jurídico - SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIARIA DO ESTADO DO MARANHAO, atuando na area de execução penal e posterior na area de licitação controle interno, professor do CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE BACABEIRA, nas aras de Direito administrativo e Direito Penal, Atualmente Gestor de Atendimneto no SEBRAE UN Chapadinha, atuando na area de inovação e socio proprietario - Lopes e Costa Advogados Associados.

Débora Araújo de Carvalho, Orientador do Programa de Agente de Inovação Local (ALI rural), Sebrae, Maranhão

Bacharel em Zootecnia pelo Instituto de Ensino Superior Múltiplo - IESM em Timon /MA (2013). Mestre em Zootecnia pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucurí - UFVJM em Diamantina - MG (2016). Realizou doutorado Sanduíche em Universidade de Córdoba, Espanha (2018). Doutora em Ciência Animal pela Universidade Federal do Piauí - UFPI (2020). Atua principalmente na área de Genética e Melhoramento Animal, Biologia Molecular aplicada na conservação de recursos genéticos animais e estatística experimental. Membro oficial da Red CONBIAND (Red Iberoamericana Sobre la Conservación de la Biodiversidad de Animales Domésticos Locales para el Desarrollo Rural Sostenible). Possui experiência na área de Conservação e Utilização de Recurso Genético Animal e capacitação de pequenos produtores da região Semiárida e Meio-Norte do Brasil, quanto a produção de galinhas caipiras da raça Canela-Preta. Também tem experiência pelo projeto "Produtores do Futuro" na transferência de tecnologia, consultorias e análise de adoção e impacto da Produção de galinhas Canela-Preta, porcos e caprinos nativos em escolas Agrícolas nos estados do Piauí e Maranhão. Empreendedora no ramo de criação e venda de galinhas Canela-Preta. Docente do curso de Zootecnia na Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Agente supervisora de Inovação Rural Sebrae - Maranhão

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Publicado

28-08-2024

Como Citar

Damasceno , P. J. S., Borges, R. A. D., Costa, D. S., & Carvalho, D. A. de. (2024). Projeto ALI rural do Sebrae contribui para aumentar o faturamento e a produtividade de pequenos negócios rurais no Leste Maranhense . Revista Sustinere, 12, 92–103. https://doi.org/10.12957/sustinere.2024.86089