Qualidade de vida dos estudantes de 10 a 14 anos de Picada Café, Rio Grande do Sul, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.12957/sustinere.2024.59912Palavras-chave:
Qualidade de vida, Kidscreen-52, Saúde, Crianças, AdolescentesResumo
Resumo: A qualidade de vida pode ser considerada como um fruto de ampla discussão interdisciplinar e multidimensional, está relacionada diretamente com a satisfação do sujeito, influenciada por todos os acontecimentos que permeiam o mesmo. Nesse sentido, buscou-se realizar um estudo descritivo, quantitativo e de corte transversal, com o objetivo de avaliar a qualidade de vida relacionada a saúde de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, aplicando o questionário KIDSCREEN-52 que é caracterizado como de autorrelato aplicável a crianças e adolescentes saudáveis e com doenças crônicas entre os 8 e os 18 anos de idade. De maneira geral nas dimensões de sentimentos, autopercepção, autonomia e tempo livre, família e ambiente familiar, amigos e apoio social, provocação e bullying, apresentaram escores acima de 80, as dimensões de estado emocional, aspectos financeiros, ambiente escolar e escore total ficaram abaixo do escore de 80, chamando a atenção para a dimensão de saúde e atividade física que apontou a menor média dentre as variáveis estudadas. Nota-se que o maior desvio padrão foi encontrado na dimensão de aspectos financeiros, apontando a maior diferença entre os investigados. Em conclusão, a média de escore total representa que a população estudada possui uma boa percepção de qualidade de vida, isso porque quando comparados com a literatura os escores foram elevados.
Referências
AGATHÃO, B. T.; REICHENHEIM, M. E.; MORAES, C. L. Qualidade de vida relacionada à saúde de adolescentes escolares. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 659-668, 2018.
ALMEIDA, M. A. B.; GUTIERREZ, G. L.; MARQUES, R. F. R. Qualidade de vida: definição, conceitos e interfaces com outras áreas de pesquisa. São Paulo: Escola de Artes, Ciências e Humanidades - EACH/USP, 2012.
BEE, H.; BOYD, D. A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
BERLESE, D. B. Obesidade de adolescentes como manifestação social a partir do contexto socioeconômico, cultural e familiar. 2015. Tese (Doutorado em diversidade cultural e inclusão social) - Universidade Feevale, Novo Hamburgo, 2015.
BICA, I. et al. Influência sociodemográfica na qualidade de vida relacionada com a saúde dos adolescentes. Acta Paulista de Enfermagem, v. 33, p. 1-7 2020.
BRASIL. Censo escolar. Brasília: INEP, 2019. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/notas_estatisticas/2018/notas_estatisticas_censo_escolar_2018.pdf. Acesso em: 10 nov. 2020.
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
CARDOSO, F. L. B.; GRAÇA, L. C. C.; AMORIM, M. I. S. P. L. Sentido interno de coerência, qualidade de vida e bullying em adolescentes. Psicologia, Saúde e Doenças, v. 16, n. 3, p. 345-358, 2015.
CARLOS, D. M. et al. “Não tenho, não tive”: vivências de famílias envolvidas na violência contra crianças e adolescentes. Rev. Bras. Enferm., v. 73, supl. 4, e20190195, 2020.
CARNEIRO, C. S. et al. Excesso de peso e fatores associados em adolescentes de uma capital Brasileira. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 20, n. 2, p. 260-273, 2017.
CHENG, L. A. et al. Is the association between sociodemographic variables and physical activity levels in adolescents mediated by social support and self-efficacy? Jornal de Pediatria, v. 96, n.1, p. 46-52, 2020.
D’AVILA, G. L. et al. Associação entre consumo alimentar, atividade física, fatores socioeconômicos e percentual de gordura corporal em escolares. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 4, p. 1071-1081, abr. 2016.
D’AVILA, H. F. et al. Qualidade de vida relacionada à saúde em adolescentes com excesso de peso. Jornal de Pediatria, v. 95, n. 4, p. 495-501, 2019.
FERNANDES, E. C. Saúde do adolescente e do jovem: crescimento e desenvolvimento físico, desenvolvimento psicossocial, imunizações e violência. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2015.
FLORES, H. A. H. História da imigração alemã no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EST, 2004.
GARRIDO, M. O.; MORA, E. C. Uso de las redes sociales como estrategia de promoción de alimentación saludable en adolescentes. Revista Cubana de Informática Médica, v. 11, n. 1, p. 113-124, 2019.
GASPAR, T.; MATOS, M. G. Qualidade de vida em crianças e adolescentes. Versão Portuguesa dos Instrumentos Kidscreen 52. Cruz Quebrada: Aventura Social e Saúde, 2008.
GUEDES, D. et al. Calidad de vida relacionada con la salud de adolescentes latinoamericanos. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 35, n.1, p. 46-52, 2014.
GUEDES, D. P. et al. Aptitud cardiorrespiratoria y calidad de vida relacionada con la salud de adolescentes latinoamericanos. Revista Andaluza de Medicina del Deporte, v. 10, n. 2, p. 47-53, 2017.
HARALDSTAD, K. et al. Associations between self-efficacy, bullying and health-related quality of life in a school sample of adolescents: a cross-sectional study. BMC Public Health, v. 19, n. 1, p. 1-9, 2019.
HIDALGO-RASMUSSEN, C. A. et al. Bullying and health-related quality of life in children and adolescent Mexican students. Ciencia e Saude Coletiva, v. 23, n. 7, p. 2433-2441, 2018.
HIDALGO-RASMUSSEN, C. A. et al. Influence of bullying on the quality of life perception of Chilean students. Revista Medica de Chile, v. 143, n. 6, p. 716-723, 2015.
IBGE. Picada Café Panorama. 2010. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/picada-cafe/panorama. Acesso em: 10 nov. 2020.
MARTINS, P. C.; OLIVEIRA, V. H. Qualidade de vida de crianças em situação de desvantagem socioeconômica e risco familiar: Um estudo exploratório. In: R. MISSIAS-MOREIRA, Z. et al. (Eds.). Qualidade de Vida e Condições de Saúde de Diversas Populações. Curitiba, Brasil: CRV Editora, 2017. p. 193- 212.
MASTORCI, F. et al. The impact of menarche on health-related quality of life in a sample of Italian adolescents: evidence from school-based AVATAR project. European Journal of Pediatrics, v. 179, n. 6, p. 973-978, 2020a.
MASTORCI, F. et al. Adolescent Health: A Framework for Developing an Innovative Personalized Well-Being Index. Frontiers in Pediatrics, v. 8, 2020b.
MENDES, D; PICCOLI, J C J; QUEVEDO, D M. Qualidade de vida relacionada à saúde de escolares do ensino fundamental de Campo Bom, RS. R. bras. Ci. e Mov v. 22, n.4, p. 47-54, 2014.
MINAYO, M. C. S.; HARTZ, Z. M. A.; BUSS, P. M. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. Ciência & Saúde Coletiva, v. 5, n. 1, p. 7-18, 2000.
MOTA, R. S. et al. Situação sociodemográfica e de saúde em adolescentes escolares segundo o sexo. Rev. Bras. Enferm., v. 72, n. 4, p. 1007-1012, 2019.
MOURA, M. F. et al. Aderência da atividade física e lazer em adolescentes. Revista Interdisciplinar de Promoção da Saúde, v. 1, n. 1, p. 46-53, jan. 2018.
MUROS, J. J. et al. Associação entre comportamentos de estilo de vida saudável e a qualidade de vida relacionada à saúde entre adolescentes. Jornal de Pediatria, v. 93, n. 4, p. 406-412, 2017.
NCD RISK FACTOR COLLABORATION (NCD-RISC). Worldwide trends in body-mass index, underweight, overweight, and obesity from 1975 to 2016: a pooled analysis of 2416 population-based measurement studies in 128·9 million children, adolescents, and adults. The Lancet, v. 390, n. 10113, p. 2627-2642, 2017.
NODARI, M. P. M. et al. Os Usos do Tempo Livre entre Jovens de Classes Populares. Psic.: Teor. e Pesq. , v. 32, n. 4, e324215, 2016.
OMS. Salud para los adolescentes del mundo: Una segunda oportunidad en la segunda década. Suiza: Organización Mundial de la Salud, 2014.
PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
PASCUAL, I. R.; MIGUEL, P. B. La violencia, ¿es una realidad persistente de la adolescencia del siglo XXI?. Universitas, n. 32, p. 121-138, 2020.
PEREIRA, É. F.; TEIXEIRA, C. S.; SANTOS, A. Qualidade de vida: abordagens, conceitos e avaliação. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 26, n. 2, p. 241-250, jun. 2012.
PIRES, R. et al. Physical fitness and Health-Related Quality of Life in Brazilian adolescents: A cross-sectional study. Human Movement, v. 19, n. 2, p. 3-10, 2018.
REZENDE, B. A.; LEMOS, S. M. A.; MEDEIROS, A. M. Qualidade de vida e autopercepção de saúde de crianças com mau desempenho escolar. Rev. paul. pediatr., v. 35, n. 4, p. 415-421, 2017.
ROMERO, B. B. B.; OCHOA, M. T. M. Consecuencias psicológicas del bullying en adolescentes. Universidad Cooperativa de Colombia, Facultad de Psicologia, Santa Marta, 2020. Disponível em: https://repository.ucc.edu.co/bitstream/20.500.12494/18304/4/2020_bullying_adolescentes.pdf. Acesso em: 10 nov. 2020.
ROMERO-OLIVA, C. et al. Calidad de vida y competencias sociales: Un estudio comparativo entre adolescentes nativos e inmigrantes de España y Portugal. Universitas Psychologica, v. 16, n. 3, 2017.
SAAD, M. G. et al. Os determinantes da queda da desigualdade de renda nas regiões brasileiras entre 2001 e 2015. Rev. bras. Ci. Soc., v. 35, n. 104, e3510313, 2020.
SEIDL, E. M. F.; ZANNON, C. M. L. C. Qualidade de vida e saúde: aspectos conceituais e metodológicos. Cadernos de Saúde Pública, v. 20, n. 2, p. 580-588, abr. 2004.
SILVA, A. F. et al. Prevalence of body image dissatisfaction and association with teasing behaviors and body weight control in adolescents. Motriz, v. 26, n. 1, 2020.
SILVA, M. A. I.; MELLO, D. F.; CARLOS, D. M. O adolescente enquanto protagonista em atividades de educação em saúde no espaço escolar. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 12, n. 2, p. 287-293, 5 jul. 2010.
SOBRAL, E. M. et al. Avaliação da qualidade de vida de adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 28, n. 4, p. 568-577, 2015.
THE KIDSCREEN GROUP EUROPE. The KIDSCREEN questionnaires - Quality of life questionnaires for children and adolescents. Lengerich, Alemanha: Pabst Science Publishers, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Sustinere

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Revista Sustinere pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Revista SUSTINERE.
Os artigos publicados são de acesso público, de uso gratuito, com atribuição da autoria original obrigatória, de acordo com o modelo de licenciamento Creative Commons 4.0 adotado pela revista.

A Revista Sustinere está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.