Consequências diretas da má conservação das estradas com vistas ao consumo de combustível, velocidade média e desgaste dos pneumáticos
DOI:
https://doi.org/10.12957/sustinere.2018.36477Palavras-chave:
Rodovias, Conservação, Anti EconomiaResumo
O Brasil possui uma enorme extensão territorial e, 60% do transporte de suas cargas fluem pelas rodovias federais, estaduais e municipais. Sendo assim, o transporte de carga gira um negócio bilionário em todo o país capaz de promover o desenvolvimento. Contudo, na mesma medida da importância dessa modalidade de transporte está o descaso da classe governante do país com a construção e manutenção das estradas brasileiras. Isso tem promovido um incremento nos custos do transporte e, consequentemente, na cadeia produtiva de vários produtos, impactando diretamente seus preços. Existem poucos estudos sobre o impacto direto da má conservação das estradas na economia e grande parte do que existe é feito pela Confederação Nacional dos Transportes- CNT. Essa falta de dados sobre o setor se deve ora pela dificuldade no controle das variáveis, ora pela complexidade do assunto. O presente estudo teve por objetivo analisar três parâmetros fundamentais que é o consumo de combustível (Km/L), velocidade média (Km/h) e desgaste dos pneumáticos. Para isso, foi realizada a coleta dos dados em 21 viagens, em duas rotas conhecidas, a saber: Patos de Minas-MG a Fortaleza-CE e Patos de Minas-MG a Santa Maria- RS. A primeira possui condições piores de tráfego em mais de 60% do trecho, tais como pista irregular e com buracos, má sinalização, falta de acostamento, dentre outras.. Os resultados demonstram haver diferenças estatísticas entre as rotas para os três parâmetros estudados, sendo que os mais negativos foram encontrados nos trechos onde há piores condições de conservação.Referências
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