O MOVIMENTO DAS ONDAS COMO FIGURA TEMPORAL DA ORIGEM

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/riae.2024.84557

Resumo

O presente artigo busca estabelecer uma conexão entre o fluxo narrativo das vozes das crianças que aparecem na primeira parte do livro As ondas, de Virgínia Woolf, e as elaborações conceituais em torno do tempo e da história de Walter Benjamin, privilegiando o conceito de Origem [Ursprung]. Ao percorrer os escritos do filósofo berlinense, entrevemos a montagem de uma ciência do tempo oportuno, e é por uma coleção de imagens oferecida pela infância e pela literatura que podemos investigar as espessuras de um tempo intensivo. A partir dessas conexões, articulamos uma concepção política de infância, capaz de desmontar o mito da eficiência do tempo linear e cronológico e operar novas montagens para o pensamento e a linguagem, afinal, é pela linguagem que essas revelações podem ser operadas. Através da convergência entre literatura e infância, flagramos as imagens narrativas do tempo originário, no ritmo das ondas, como essa dialética entre presença e ausência

Biografia do Autor

Marina Harter Pamplona, Universidade Federal Fluminense

Psicóloga, mestra e doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense

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Publicado

17-12-2024

Como Citar

PAMPLONA, Marina Harter. O MOVIMENTO DAS ONDAS COMO FIGURA TEMPORAL DA ORIGEM. Revista Interinstitucional Artes de Educar, [S. l.], v. 10, n. 3, p. 149–164, 2024. DOI: 10.12957/riae.2024.84557. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/riae/article/view/84557. Acesso em: 17 mar. 2025.

Edição

Seção

DOSSIÊ: PENSAMENTO POÉTICO: EPISTEMOLOGIAS, METODOLOGIAS E NARRATIVAS ARTÍSTICAS NA PESQUISA E NO ENSINO