O MOVIMENTO DAS ONDAS COMO FIGURA TEMPORAL DA ORIGEM
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2024.84557Resumo
O presente artigo busca estabelecer uma conexão entre o fluxo narrativo das vozes das crianças que aparecem na primeira parte do livro As ondas, de Virgínia Woolf, e as elaborações conceituais em torno do tempo e da história de Walter Benjamin, privilegiando o conceito de Origem [Ursprung]. Ao percorrer os escritos do filósofo berlinense, entrevemos a montagem de uma ciência do tempo oportuno, e é por uma coleção de imagens oferecida pela infância e pela literatura que podemos investigar as espessuras de um tempo intensivo. A partir dessas conexões, articulamos uma concepção política de infância, capaz de desmontar o mito da eficiência do tempo linear e cronológico e operar novas montagens para o pensamento e a linguagem, afinal, é pela linguagem que essas revelações podem ser operadas. Através da convergência entre literatura e infância, flagramos as imagens narrativas do tempo originário, no ritmo das ondas, como essa dialética entre presença e ausência
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Copyright (c) 2024 Marina Harter Pamplona

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