NO QUARTO DE VANDA: CINEMA, SOCIEDADE E CONHECIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2022.70990Palavras-chave:
Cinema, Sociedade, ConhecimentoResumo
Este artigo é um recorte da minha dissertação de mestrado que teve por objetivo realizar uma análise do filme “No quarto da Vanda” do cineasta português Pedro Costa. Para isso, realizei a divisão do texto em três seções. A primeira consistiu em entender o que levou o mencionado cineasta a filmar no quarto de Vanda, como e o que ele fez para alcançar este objetivo. Para tanto, o livro “Um Melro Dourado, Um Ramo de Flores, Uma Colher de Prata”, que inclui uma longa entrevista feita a Pedro Costa pelo crítico francês Cyril Neyrat (2013) sobre o filme em questão, funcionou como fonte orientadora. Ao se observar as respostas concedidas por Costa, identificou-se os caminhos escolhidos pelo diretor para obtenção dos resultados do filme. Na segunda seção, dei início a apreciação do filme em suas estruturas técnicas e suas personagens. Por último, realizei uma ponderação sobre o que este filme, por meio de sua estética, nos fez conhecer politicamente. Como considerações finais foi possível perceber que o filme leva o espectador a questionar a noção de progresso, uma vez que o conduz a pensar e a se relacionar com as personagens do filme, possibilitando a entrada do espectador num espaço sem progresso, num espaço em que se conhece a dureza do discurso de poder e a capacidade do mesmo de gerar realidades tão adversas.Referências
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