SÓ PODIA SER COISA DE PRETA! REFLEXÕES INTERSECCIONAIS DE UMA EDUCOMUNICADORA
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2022.70983Palavras-chave:
mulheres negras, interseccionalidade, diálogos transculturais e educomunicativosResumo
O artigo objetiva contribuir para com a compreensão do conceito interseccionalidade (CRENSHAW, 2009), como conhecimento também produzido por mulheres negras intelectuais brasileiras. Para tanto, como estratégia metodológica, a narrativa apresenta as interfaces da História, Comunicação e Educação e, a despeito dos diferentes tempos históricos estabelece diálogos reflexivos, transculturais e educomunicativos (MALACHIAS, 2018), identificados como “Ação educativa de combate ao racismo” - terceiro princípio das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Étnico-racial Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (BRASIL, 2004). Como resultado, identifica o protagonismo das mulheres negras na criação de uma agenda política interseccional, na perspectiva de classe, raça-etnia e gênero. Entretanto, embora seja inegável, a participação ativa das Mulheres Negras nem sempre é conhecida e/ou desvelada.
Referências
ALMEIDA, Viritiana Aparecida de SOUZA, Nelson Rosário de. Trajetória dos argumentos sobre as ações afirmativas: da marcha Zumbi dos Palmares à conferência de Durban. In: v. 1, n. 2, ago. 2013 - ARTIGOS. https://revistas.ufpr.br/sclplr/article/viewFile/64772/37699 Acesso: 13 de setembro de 2021.
BAIRROS, Luiza. Lembrando Lélia Gonzalez. Revista Afro-Ásia, n. 23, p. 1-21, 2000. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/20990/13591 Acesso em 05 de janeiro de 2020.
BAIRROS, Luiza. Nossos Feminismos Revisitados - In: Estudos Feministas No. 2. 1995. https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/16462/15034 - Acesso: 20/08/2021.
BALBINO, Teresa Cristina Santos. O cinema educativo da Baixada Fluminense: Análise da trajetória da videomaker Lu Brasil e o cineclube Xuxu ComXis. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Pedagogia (Orientadora: Rosangela Malachias) - Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, 2020.
BRASIL – CNE. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília, DF, outubro de 2005.
CARMICHAEL, S.; HAMILTON, C. Black Power: The Politics of Liberation in America. New York: Vintage, 1967.
CARNEIRO, Sueli. A Batalha de Durban – Revista Estudos Feministas, 2000ª. Disponível: https://www.scielo.br/j/ref/a/m7m9gHtbZrMc4VxnBTKMXxS/?format=pdf&lang=pt
CERQUEIRA, Daniel. Atlas da Violência 2021 / Daniel Cerqueira et al., — São Paulo: FBSP, 2021. Inclui Bibliografia. 1. Violência. 2. Segurança Pública. 3. Políticas Públicas. 4. Brasil. https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/1375-atlasdaviolencia2021completo.pdf – Acesso: 10 de setembro de 2021.
CRENSHAW, Kimberle. A primer on Intersectionality - African American Policy Forum at Columbia University and Vassar College and the Global Affirmative Action Praxis Project (GAAPP), a project that was born at UCLA School of Law through the leadership of Prof. Kimberle Crenshaw, 2010.
COLLINS, Patricia Hill. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro, Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, 2016, p. 99-127].
COLLINS, Patricia Hill. Pensamento Feminista Negro. São Paulo, Boitempo, 2016.
CONCEIÇÃO EVARISTO. “A escrevivência serve também para as pessoas pensarem”. Entrevista feita por Tayrini Santana e Alecsandra Zapparolli. In: Itaú Cultural - Polo de Desenvolvimento Educacional - 9 de novembro de 2020. https://www.itausocial.org.br/noticias/conceicao-evaristo-a-escrevivencia-serve-tambem-para-as-pessoas-pensarem/ - Acesso: 10/11/2020
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Transdisciplinaridade. São Paulo, Palas Athena, 1997.
DÁVILA, Jerry. Diploma de Brancura. Política Social e Racial no Brasil 1917-1945. São Paulo, Editora Unesp, 2006.
DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. Tradução do original em inglês Women, Race & Class (Nova York, Random House, 1981; Vintage, 1983). São Paulo, Boitempo, 2016.
DOMINGUES, Petrônio; REIS, Ruan Levy Andrade. Bardos, Penas e Armas: A Produção Literária na Imprensa Afro-Brasileira. In: LITERATURA E SOCIEDADE, nº 32, p. 148-170, JUL/DEZ 2020. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i32p148-170 Acesso: 22 de outubro de 2021.
FERRAZ, Daniel de Melo; TOMAZI, Micheline Mattedi; SESSA, Ariel. As mortes de Matheusa em uma notícia do Estadão: estudos interseccionais sobre preconceito, discriminação e violência física em relação à diversidade de gêneros. In: Rev. Bras. Linguíst. Apl., v. 19, n. 4, p. 927-958, 2019. https://www.scielo.br/j/rbla/a/SwT6mnZjYLn7zTXKdMWfJck/?lang=pt&format=pdf - Acesso: 15 de outubro de 2021.
GONZALEZ, Lélia. Cultura, etnicidade e trabalho: Efeitos linguísticos e políticos da exploração da mulher. In: Racismo, etnia e lutas de classes no debate marxista [livro eletrônico] / organização Danilo Enrico Martuscelli, Jair Batista da Silva. -- Chapecó, SC: Ed. dos Autores, 2021. -- (Coleção marxismo21) PDF.
GONZALEZ, Lélia; HASENBALG, Carlos A. Lugar de Negro, Rio de Janeiro, Editora Marco Zero, 1982.
HALL, Stuart. A identidade na pós-modernidade; tradução Tomaz Tadeu da Silva, Guaciara Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A, 2006
hooks, bell. O feminismo é para todo mundo [recurso eletrônico]: políticas arrebatadoras - tradução Ana Luiza Libânio. – 1. ed. - Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.
IMPRENSA NEGRA. Biografias – Jayme Aguiar. In: CEDAP, Unesp, Assis, 2008 - http://www2.assis.unesp.br/cedap/cat_imprensa_negra/biografias/jayme_aguiar.html - Acesso: 13 de outubro de 2021.
LANDES, Ruth. A Cidade das Mulheres. Tradução de Maria Lúcia do Eirado Silva. Revisão e Notas de Édison Carneiro. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, Editora UFRJ, 1967, 2a edição.
LEITE, José Correia. E disse o velho militante José Correia Leite: depoimentos e artigos. Organizado por Cuti. São Paulo: Secretaria Municipal da Cultura, 1992.
MALACHIAS, Rosangela; LAUDINO, Laudilea Aparecida de Lourdes and BALBINO, Teresa Cristina dos Santos - Black Women Leading Education for Social Justice in the Region of Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, Brazil. PERSPECTIVE article - Front. Educ., 23 July 2020 | https://doi.org/10.3389/feduc.2020.00085
MALACHIAS, Rosangela. Coisa de Preta. Relato de Pesquisa. In: Direitos humanos e a pesquisa em jornalismo / organizado por Monica Martinez, Claudia Lago, Laura Storch. São José do Rio Preto, SP: Balão Editorial, 2018.
MALACHIAS, Rosangela. Diálogos pedagógicos: Práticas educomunicativas e uma epistemologia afrobrasileira na formação docente e gestora no município de São Paulo. Revista FSA, Teresina, v.11, n.4/art.3, p.39-64, out/dez. 2014 Disponível em: http://www4.fsanet.com.br/revista/index.php/fsa/article/view/623/373 Acesso em:10/09/2021
MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. São Paulo, SP: n-1 edições, 2016.
ORTIZ, Renato. Cultura Brasileira e Identidade Nacional. São Paulo, Brasiliense, 1995.
OSBORNE, Linda Barret. Women of Civil Rights Movement - Pomegranate Communications, Incorporated – Library of Congress, 2006.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires, CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2005. http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf – Acesso: 01/08/2021.
SERVIAT, Pedro. El problema negro en Cuba y su solución definitiva. La Habana, Editora Política, 1986.
SILVA, Miriam Conceição Carvalho da. Educação Não Formal: o protagonismo de mulheres jovens negras no Youtube. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Pedagogia (Orientadora: Rosangela Malachias) apresentado à Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores mantêm os direitos autorais dos seus trabalhos, têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
A aceitação do texto implica na autorização e exclusividade da Revista Interinstitucional Artes de Educar acerca do direito de primeira publicação, os trabalhos publicados estão simultaneamente licenciados com uma licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial 4.0 Internacional