DIÁLOGOS SOBRE ESCOLA E DIFERENÇA: UMA PERSPECTIVA INTERSECCIONAL SOBRE O COTIDIANO ESCOLAR
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2017.29531Palavras-chave:
educação, diversidade, gênero, sexualidade, opressãoResumo
O presente trabalho pretende pensar os limites e possibilidades da escola no combate as violências (re)produzidas a partir de noções de diferença. Em meio a violências e resistências, o espaço escolar é colocado como lugar onde a teia do poder cria embaraços e caminhos. Utilizo como local de partida olhares trazidos por professoras que foram alunas do curso Gênero e Diversidade na Escola (GDE/UFRJ - 2014), levantando questões que desejam desafiar os olhares dicotômicos, que hora colocam a escola como espaço de manutenção e reprodução de opressões, hora como espaço de superação dos preconceitos e de possibilidade de construção de uma sociedade mais justa. Proponho que a escola seja tudo isso, em relações que se mostram complexas e contraditórias. Partimos dos relatos dessas professoras para analisar as relações de gênero e sexualidade, em diálogo com conceitos outros que também se debatem sob o guarda chuva da diversidade, tais como raça, classe e local de moradia, buscando compreender de que formas se articulam produzindo formas diversas de exclusão, marginalização, mas também de possibilidades e agências.
Referências
BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação. In: Cadernos Pagu, Campinas, n. 26, 2006, p. 239-276.
CAETANO, Márcio. Movimentos curriculares e a construção da heteronormatividade. In: RODRIGUES, Alexsandro; BARRETO, Maria Aparecida Santos Corrêa (org.). Currículos, gêneros e sexualidades: experiências misturadas e compartilhadas. Vitória, ES : Edufes, 2013, p. 63-82.
CRESHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero”. Em Revista de Estudos Feministas, ano 10, 2002. Florianópolis: UFSC. pg: 171-188.
FRY, Peter. Da hierarquia à igualdade: a construção histórica da homossexualidade no Brasil”. In: Fry, P. Para inglês ver: identidade e política na cultura brasileira. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
GOMES, Nilma Lino. Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
Hooks, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução de Marcelo Brandão de Cipola. – São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.
JESUS, Jaqueline Gomes de. Transfobia e crimes de ódio: Assassinatos de pessoas transgênero como genocídio. In: MARANHÃO Fº, Eduardo Meinberg de Albuquerque (Org.). (In)Visibilidade Trans 2. História Agora, v.16, nº 2, pp.101-123, 2013.
JESUS, Jaqueline Gomes de. Homofobia: identificar e prevenir. Rio de Janeiro: Metanoia Editora, 2015.
LOURO, Guacira Lopes (Org.). O corpo educado. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
____________. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2012.
____________. Pedagogias da sexualidade. In: _____ (org.) O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
OLIVEIRA, Iolanda. A Construção Social e Histórica do Racismo e suas Repercussões na educação Contemporânea (p.257-281). In: Cadernos Penesb – FEUFF. (n.9) (dezembro 2007) Rio de Janeiro/ Niterói – EdUFF/ Quarter, 2007.
PISCITELLI, Adriana. “Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras”.In: Sociedade e cultura, Goiânia, v. 11, n.2, 2008.
SCOTT, Joan. Gênero, uma categoria útil de análise histórica”. In: Educação e Realidade, 16(2). Porto Alegre, Faced, UFRGS, 1989.
VIVEROS, Mara. “La sexualización de la raza y la racialización del sexo en el contexto latinoamericano actual”. In Gloria Careaga (org.) La sexualidad frente a la sociedad. México, D.F., 2008.
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores mantêm os direitos autorais dos seus trabalhos, têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
A aceitação do texto implica na autorização e exclusividade da Revista Interinstitucional Artes de Educar acerca do direito de primeira publicação, os trabalhos publicados estão simultaneamente licenciados com uma licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial 4.0 Internacional