DIREITO, ARTE E CINEMA

UMA ABORDAGEM CRÍTICA E SENSÍVEL PARA A FORMAÇÃO JURÍDICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/rfd.2024.73914

Palavras-chave:

Cinesofia, Direito e Arte, Ensino Jurídico, Direito e Cinema, Sensibilidade Jurídica

Resumo

O cinema é uma das formas mais populares de arte e entretenimento no mundo, tendo um grande impacto na cultura popular e na sociedade em geral. Por meio de suas narrativas e imagens, o cinema é capaz de sensibilizar o público e despertar reflexões sobre questões fundamentais do ser humano no contexto social, lançando luz sobre conflitos coletivos ou individuais que refletem a diversidade e complexidade das sociedades em seu processo histórico e multicultural. À vista disso, este artigo explora às possibilidades abertas pela experiência cinematográfica na produção de novas sensibilidades e práticas jurídicas, partindo da hipótese de que de que a imersão nas narrativas cinematográficas pode não apenas enriquecer o entendimento dos profissionais do direito sobre complexas questões éticas e sociais, mas também oferecer uma nova perspectiva crítica e sensível para abordar e repensar conceitos jurídicos tradicionais. Metodologicamente, optou-se por uma imersão cartográfica nos textos de Luis Alberto Warat sobre “cinesofia”, cotejando suas concepções com outras perspectivas e conceitos levantados durante a revisão bibliográfica de modo a corroborar ou refutar a hipótese estatuída. Para tanto, este percurso inicia-se com uma análise crítica acerca da criação das primeiras faculdades de direito no Brasil até o tempo presente, buscando compreender as raízes do pensamento jurídico brasileiro e, a partir disso, traçar novos horizontes. Em seguida, coteja-se a relação entre direito e arte, questionando as potencialidades teóricas e epistemológicas desse encontro. Após isso, propõe-se uma discussão sobre a função disruptiva e sensibilizadora do cinema a partir da perspectiva cinesófica waratiana. Por conseguinte, o artigo aborda o cinema como um dispositivo produtor de novas sensibilidades, destacando como as produções cinematográficas são capazes de retratar e refletir sobre questões sociais e históricas e, com isso, (re)interpretar a realidade a partir de outros cenários e enfoques. Finalmente, conclui-se, por um lado, atestando a potencialidade do cinema para a construção de novas sensibilidades e práticas jurídicas e, por outro, reconhecendo-se as infinitas possibilidades abertas por esse campo, pelo que mais do que indicar um caminho único ou mesmo instrumentalizar esse percurso, trata-se antes de perceber este espaço como algo sempre por fazer, aberto a novas narrativas, atores, sentidos, enfim, a todo um conjunto de sensibilidades que se reproduzem e se renovam a cada frame.

Palavras-chave: Cinesofia. Direito e Arte. Ensino Jurídico. Direito e Cinema. Sensibilidade Jurídica.

Biografia do Autor

Simone Vilk, Centro Universitário Social da Bahia - UNISBA

Graduada em Direito pelo Centro Universitário Social da Bahia/UNISBA. Pesquisadora júnior vinculada ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica/PIBIC. Membro do Grupo de Pesquisa Políticas e Epistemes da Cidadania/GPPEC/UNIFACS/CNPq.

             

Raique Lucas de Jesus Correia, Universidade Salvador - UNIFACS

Doutorando em Desenvolvimento Regional e Urbano pela Universidade Salvador/UNIFACS, na condição de bolsista CAPES. Mestre em Desenvolvimento Regional e Urbano pela UNIFACS. Pós-graduando em Gestão Social e Políticas Públicas do Patrimônio Cultural pela Universidade Federal da Bahia/UFBA. Graduado em Direito pelo Centro Universitário Social da Bahia/UNISBA. Membro do Grupo de Pesquisa Políticas e Epistemes da Cidadania/GPPEC/UNIFACS/CNPq e pesquisador na equipe de investigação do projeto "Dos Direitos Humanos Aplicados no Contexto do Cárcere e da Cidade" vinculado ao Instituto Jurídico Portucalense/IJP/UPT/Porto.

           

Marta Gama

Doutora e Mestre em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília/UnB. Pesquisadora colaboradora no Grupo de Pesquisa Políticas e Epistemes da Cidadania/GPPEC/UNIFACS/CNPq.

         

José Euclimar Xavier de Menezes, Universidade Salvador - UNIFACS

Doutor e Mestre em Filosofia Contemporânea pela Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP. Possui Pós-Doutorado em Filosofia Contemporânea pela Pontificia Università Lateranense/PUL/Roma. Realizou o seu research stay em Filosofia dos Direitos Humanos entre as Universidade Portucalense/UPT/Porto e a Universidad de Salamanca/USAL/Salamanca. Professor permanente dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em "Direito, Governança e Políticas Públicas" e em "Desenvolvimento Regional e Urbano" da Universidade Salvador/UNIFACS. Líder do Grupo de Pesquisa Políticas e Epistemes da Cidadania/GPPEC/UNIFACS/CNPq e coordenador da equipe de investigação do projeto "Dos Direitos Humanos Aplicados no Contexto do Cárcere e da Cidade" vinculado ao Instituto Jurídico Portucalense/IJP/UPT/Porto.

     

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Publicado

2024-03-25

Como Citar

Vilk, S., Correia, R. L. de J., Gama, M., & Menezes, J. E. X. de. (2024). DIREITO, ARTE E CINEMA: UMA ABORDAGEM CRÍTICA E SENSÍVEL PARA A FORMAÇÃO JURÍDICA. Revista Da Faculdade De Direito Da UERJ - RFD, (43), 1–29. https://doi.org/10.12957/rfd.2024.73914