A violência na Amazônia

uma governamentalidade baseada no fracasso

Autores/as

Palabras clave:

Amazônia, violência extrema, governamentalidade

Resumen

https://doi.org/10.1590/2179-8966/2024/86352 

A Amazônia brasileira é uma região de desenvolvimento precário e altos índices de violência.
A maioria dos especialistas em segurança e defesa aponta a falta de desenvolvimento e o
abandono do poder público como a causa principal dos conflitos que assolam a região desde
a primeira metade do século XX até o avanço contemporâneo das facções criminais de
narcotraficantes. Neste texto pretendo demonstrar as limitações da aplicação dessa tese de
caráter negativo a que chamo de discurso da ausência. Do ponto de vista da soberania
brasileira jamais houve abandono normativo da Amazônia; bem ao contrário disso, o
controle jurídico e político sobre a região sempre foi inflexível ao renegar sistematicamente
autonomia a seus povos e comunidades. Minhas conclusões, com o suporte da analítica
relacional do poder de Michel Foucault, apontam que a violência não é o excedente
indesejável de relações naturais de poder, dadas as condições locais. Em contrário, ela é o
efeito positivo da produção normativamente orientada de ilegalismos que mantém a
complexidade amazônica sob o regime de uma governamentalidade colonial baseada no
fracasso e na constante fragilização de seus melhores potenciais internos.

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Biografía del autor/a

Rodolfo Jacarandá, Universidade Federal de Rondônia

Professor Adjunto do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Rondônia.

Publicado

2024-12-11

Cómo citar

Jacarandá, R. (2024). A violência na Amazônia: uma governamentalidade baseada no fracasso. Direito E Práxis, 15(4), 1–25. Recuperado a partir de https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaceaju/article/view/86352