Felicidade e religião em Freud: uma leitura crítica
DOI:
https://doi.org/10.12957/epp.2018.38818Palavras-chave:
Freud, religião, felicidadeResumo
O presente trabalho visa discutir a relação estabelecida por Freud entre religião e felicidade. Para tanto, utilizaremos como principal referência o ensaio O mal-estar na cultura, publicado em 1930. Neste ensaio, a partir do questionamento a respeito do "sentimento oceânico", assim nomeado por Romain Rolland, Freud insiste que a suposta felicidade disponível ao crente é resultado de um processo delirante de submissão. Em troca de algum alívio para seu sofrimento, o homem religioso se mantém numa eterna posição de infantilismo. Como possibilidade de superação de tal neurose infantil, Freud sugere um tipo de "educação para a realidade", na qual aprenderíamos a utilizar nossas energias na vida terrena, tornando a convivência humana mais suportável e, consequentemente, menos opressoras as regulações da cultura. Ao final, abordaremos a aposta religiosa como um recurso de felicidade, na medida em que ela, tal como a ciência defendida por Freud, é oriunda dos desejos do crente. Nesse sentido, discutiremos a plausibilidade da proposta freudiana de educação, e também se a religião, de fato, merece ser rechaçada ao modo escolhido pelo pai da psicanálise.Publicado
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