Ato, Lógica e Sexuação: Considerações sobre a Política da Psicanálise e o Inconsciente
DOI:
https://doi.org/10.12957/epp.2025.83770Palavras-chave:
sexuação, ato, lógica, psicanálise, políticaResumo
O presente artigo procura retomar o aforismo lacaniano "o inconsciente é a política"a partir do enodamento entre os conceitos de inconsciente, política e ato, ao qual procuramos encadear um quarto elemento, a sexuação - e a consequente introdução de uma oposição de duas lógicas, a do todo-fálico e a do não-todo. Compreender a sexuação para além da via dos semblantes e da significação fálica, voltando-se para o furo e à impossibilidade de um dizer tudo sobre o sexo, é o que nos permite pensar a operação de redução lógica que produz o inconsciente em sua dimensão fundamental de indeterminação, apontando para a potência de uma lógica do não-todo que resiste mesmo a qualquer tentativa de fechamento imaginário, identitário ou mesmo ontológico do sujeito. A radicalidade da experiência psicanalítica reside, enfim, nessa dimensão de não realização ontológica, de recusa à completude que, ao operar com à abertura ao impossível, à indeterminação e à falta, promove rupturas na alienação significante inerente à política do Um.
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